sábado, 30 de junho de 2007

A VIDA COMO ELA DEVERIA SER

Sonhei com um sujeito simples, casado, com filhos, torcedor do time da cidade. Sonhei que, todos os dias, ele fazia tudo sempre igual: acordava cedo, deixava as crianças na escola e seguia para o emprego. Final de semana, com os amigos, tomava umas "cervas" geladas. A vida era como deveria ser: prazerosa.
Ele havia programado a compra de uma casa. Recebia, mensalmente, um salário mínimo, mais do que suficiente para defrutar de uma vida digna, pois, o governo garantia a saúde de toda a sua familia, a educação dos seus filhos, entre outras necessidades básicas, como determinava a Constituição. E, viver não era tão arriscado, pois, a segurança pública era uma das obrigações que o Estado melhor executava. As escolas públicas formavam cidadãos conscientes dos seus direitos e deveres. No que se refere à Saúde, todos os serviços eram executados com perfeição.
Sua esposa, certa vez, necessitou de uma cirurgia em carácter de urgência. Sem problema. Nada de fila ou guia para isso ou aquilo. Chegou, foi examinada, detectou-se a necessidade da intervenção cirurgíca e pronto, foi curada. Dava gosto assumir-se cidadão daquela pátria.
Ele, como trabalhador, fazia tudo sempre igual e não se estressava tanto. Os custos com a sobrevivência eram reduzidos; responsabilidade apenas com artigos de uso pessoal e alguns mimos para os seus entes queridos. O lazer também era da sua obrigação. O dinheiro era suficiente, pois sobrava. Cesta básica, fornecimento de água, energia, educação, saúde e segurança eram obrigações do Estado que, associado a algumas empresas privadas, exercia as suas funções muito bem. Afinal, necessidade básica não pode ser cortada. Prejudica o funcionamento o Estado, do País, da máquina econômica.
A preocupação do Governo baseava-se nos argumentos mais simples: cidadão que não tem saúde, não vota. Sem educação, não vota. Sem segurança, não sai de casa para votar. Este assunto preocupava os governantes de todos os países. Os políticos sabiam que se não fossem oferecidas, aos cidadãos, as condições básicas para viver com dignidade, o Estado perderia o controle sobre a população. Correria-se o risco de enfrentar uma revolução organizada por ignorantes embrutecidos por anos de maus tratos. Já imaginou, que pesadelo?

- "Gustavo Magno" -

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