quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

QUERIDO CHÃO

Adhemar de Barros era candidato do PSP a governador de São Paulo, em 1962, e antes do comício foi homenageado num concorrido churrasco numa cidadezinha da região da Alta Araraquarense.
Ele se excedeu no uísque e chegou ao comício num estado – digamos – em que inspirava cuidados.
Subiu a escadinha do palanque com vagar, mas não pôde evitar: caiu de forma tão espetacular que o seu rosto bateu no chão.
Um eleitor de Jânio Quadros registrou, com um grito imediato:
- O Adhemar está bêbado!
Ele se levantou com alguma dificuldade, pegou o microfone e arrasou:
- Beijo o chão desta terra, para reverenciar os seus desbravadores...
Fez sucesso.

PARA MARCAR A CONSULTA

Um paciente telefona pro gabinete do medico Expedito Pereira para marcar uma consulta.
A sua atendente indaga:
- Qual o seu nome?
Paciente:
- Iracy...
Como a ligação estava muito ruim, a atendente insistiu:
- Sexo...
Do outro lado da linha, a resposta confusa:
- Umas quatro vezes por semana...
A atendente, já encabulada, com um diálogo tão estranho:
- Não, eu quero saber se é homem ou mulher, por favor...
O paciente, engrossando a voz:
- Homem e mulher e, algumas vezes, uma jumentinha também...

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

O MAIOR ADVERSÁRIO

O marechal Henrique Teixeira Lott foi, ele próprio, o seu maior adversário na disputa presidencial de 1960.
Certa vez na tv, perguntaram de quem era culpa pela inflação.
Sua resposta:
- A mulher!
- Por que? – espantou-se o entrevistador.
- A mulher coloca o feijão no fogo e vai tagarelar com a vizinha. O marido diz que está precisando de cueca. Ela vai ao armarinho da esquina e o turco a convence a levar uma dúzia. A mulher compra e a inflação sobe. É o caso de perguntar: para que um operário precisa de doze cuecas?

PEDINDO UM CAFEZINHO

Após a transmissão do jogo entre o Botafogo e Nacional, em Patos, o jornalista Petrônio Torres foi fazer um lanche para retornar a João Pessoa.
Terminado o rancho, Petrônio resolveu tomar um cafezinho e indagou à garçonete:
- Tem um expresso?
A jovem:
- Tem não, senhor.
Petrônio, já baixando o espírito do Professor União:
- Mas, tem um café normal?
A jovem, balançando a cabeça:
- Também não...
Petrônio:
- Oxente, não tem café, de jeito nenhum?
Ela:
- Café tem, mas só café Aurora...

SEM VOTO, NEM PAPO

Delfim Netto lutava para que o general Ernesto Geisel o nomeasse governador de São Paulo, em 1978.
O ministro Petrônio Portela, articulador político do governo, chamou Delfim para uma conversa:
- É decisão tomada: você não pode ser o governador de São Paulo.
- Mas isso é uma violência. Tenho sete anos de serviços prestados à revolução. Não posso aceitar este veto.
- Muito mais serviços à revolução, mais do que você ou eu, prestou o Carlos Lacerda. E foi tirado de campo.
- Encerrou Portela.

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

A MULHER ABUSADA DO VEREADOR

O vereador Cazuza chega em casa e já vai ordenando:
- Margarida, me traz a minha cachacinha, antes que comece...
Margarida traz. Mas ela nem respira e Cazuza pede de novo:
- Aproveite e traz uma castanhinha daquela que eu comprei no Junco, antes que comece...
A mulher, já enviesada, atende ao pedido.
Cazuza volta á carga:
- Margarida, traz um torresminho, antes que comece...
A mulher perde a calma:
- Você está pensando que eu sou sua empregada, é?
Cazuza, tomando mais uma:
- Está vendo, Margarida? Já começou...

EM PÉ OU DEITADO

O general Ernesto Geisel baixou o Pacote de Abril de 1977, que instituiu a Lei Falcão e o senador biônico.
Na Câmara amordaçada, o deputado Francisco Studart, do MDB, encontrou conversando os colegas Marco Maciel, que era presidente da Câmara e não impôs qualquer resistência ao ato de força, e Célio Borja, ex-presidente da Casa.
Studart provocou:
- Tínhamos o Célio, um presidente de um metro e meio, mas de pé. Hoje temos Marco Maciel, um presidente de um metro e oitenta, mas deitado...

FOI LOGO CONFESSANDO

Zé Peba Pereira foi sapateiro, em Campina, nos anos 60, e se tornou uma liderança comunista, posto que lhe rendez várias prisões, torturas e muitos hematomas.
Naquela noite, Peba aguardava, ao lado de um artista homossexual, pra ser mais uma vez interrogado, quando um tenente berrou na sala:
- Quem são o comuna e o pederasta?
Peba olhou para um lado e para o outro, se levantou rápido, ergueu o dedo de sapateiro cheirando a cola, e disse:
- Bem, seu tenente, só pra esclarecer, eu sou o comunista...

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

SEM DOCUMENTO

Presidente da Infraero, o brigadeiro Adyr Vasconcelos era figura importante na Republica, por isso seu aniversário foi muito concorrido naquele ano de 1994.
Na entrada, atentas recepcionistas conferiam a lista de convidados. Com um presente nas mãos, António Carlos Magalhães chegou e entrou.
- O senhor precisa se identificar – disse uma delas, alcançando-o já no salão.
- A senhora é que precisa ler a historia! – respondeu António Carlos Magalhães, dando-lhe as costas.

CINCO DOSES DE DURAÇÃO

O falecido senador Fábio Lucena, do Amazonas, tinha o hábito de passar o tempo, nos aviões, com um copo de uísque nas mãos – talvez para disfarçar o medo de voar.
Quando Tancredo Neves percorria o País, em 1984, para legitimar a sua campanha presidencial, Lucena viajava para um comício em Belém (PA) quando um repórter perguntou:
- Senador, quantas horas são mesmo de avião entre Brasília e Manaus?
- Quantas horas, eu não sei. Só sei que são cinco doses de uísque.

O REMEDIO CASEIRO

Aquele deputado vai pro médico, que indaga:
- Bebe? Fuma?
O deputado:
- Só socialmente.
O médico:
- Pare de vez. Fuma?
O deputado:
- Só ns votações.
O medico:
- Pois, tem que parar.
O medico prossegue:
- Faz sexo regularmente?
O deputado:
- Um pouco
O Médico:
- Você precisa intensificar. Faz bem pra saúde.
O deputado chega a casa e narra tudo pra esposa. Em seguida, vai pro quarto, toma banho, donde sai vestido e perfumado.
A mulher se espanta:
- Oxente, bem, vai sir?
O deputado:
- Sim
Ela:
- Eu já estava preparada para você. Lembre do que o medico recomendou...
O deputado:
- Lá vem você com esta mania de remédio caseiro...

A BATALHA DE ITARÉ

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ainda se diverte quando hembra o dia em que destacou o embaixador Júlio César Gomes dos Santos, aquele do escândalo Sivan, para atuar como mediador da crise Peru-Equador. “Engalanado e investido de poderes plenipotenciários” – recordou-se Fernando Henrique Cardoso, divertido, papeando com amigo – ele não pôde cumprir a missão: acabou protagonizando uma autentica Batalha de Itaré:
- Aquela que não houve.
Ao desembarcar, foi acometido de uma diarréia que durou cinco dias.

ENTENDENDO MAL

O deputado Ricardo Rique fazia campanha pelos rincões do Semi-Arido, num dia de sol quente e terminou parando Numa barraca à beira da estrada.
Sedento e doido pra tomar nem que fosse um refrigerante, Ricardo se dirige ao dono da barraca, naquele seu conhecido sotaque:
- Tem algo aqui pra gente beber, pô?
O proprietário olha pro deputado, sua comitiva e então arremata:
- Doutor, aqui por estas bandas nós usa o aico é pra fazer fogo. Nós bebe mesmo é cachaça...

NOVO CABARÉ PARA ITAPORANGA

O Prefeito Abraão Diniz contratou, nos anos 50, um carpinteiro para construir um novo cabaré em itaporanga.
O carpinteiro indagou:
- Como o senhor quer o cabaré?
O Prefeito:
- Um cabaré como qualquer outro, com qurtos, janelas e salão de baile.
O carpinteiro:
- E o tamanho do salão?
O Prefeito:
- Que seja suficiente para Praxedes Pitanga e Balduino de Carvalho (ferrenhos adversários) poderem freqüentar sem trocar tiros...
O carpinteiro:
- E a largura do corredor?
O Prefeito, já aborrecido com tanta pergunta:
- Faça da largura que passe dois homens trocando balas, ora...

PUDOR SEM PODER

Geraldo Alckmin sempre foi um discreto vice-governador de Mário Covas. Tão discreto que era desconhecido nas repartições. Certa vez, no final da primeira gestão de Covas, ao chegar á Secretaria Estadual de Esportes, ele teve que preencher formulário, na portaria, e ganhar chachá de “visitante” para entrar no prédio.
No elevador, uma funcionária mais observadora fez-lhe um ligeiro aceno com a cabeça.
Ele logo se animou:
- Muito prazer, sou Geraldo Alckimin.
- Conheço o senhor de algum lugar... – disse ela, puxando pela memória.

VOTOS À DISTANCIA

Nas eleições de 2000, em Nova Olinda (Vale do Pianço), o candidato a Vereador, Manuel Raimundo tinha a certeza de ser reeleito. Mas, não foi.
Decepcionado, Manuel Raimundo foi para a calçada de Chico Pinto, ponto de encontro tradicional, na cidade, para criticar os traidores.
Estava nas lamentações, quando foi interrompido por um gaiato, conhecido como Parada, que disse:
“Fique triste, não, compadre. Eu estava agorinha escutando a rádio de Cajazeiras e o locutor disse que ainda tinha muitos votos para serem apurados lá. Então, quem sabe se ainda não vai dá pra tu...”
Ninguém se conteve.

FUGA SEM DESTINO

O Governador Ildo Meneghetti dormia, na madrugada de 31 de Março de 1964, quando eclodiu o golpe militar.
Acordou assustado com a multidão que ocupava o Palácio Piratini, convocada por Leonel Brizola. Meteu-se no carro e saiu da cidade em disparada.
Cansado, acabou dormindo novamente. A certa altura, foi despertado pelo motorista.
- Chegamos aonde? – perguntou Meneghetti, esfregando os olhos.
- Em Passo Fundo, Governador, como o senhor mandou.
- Você se enganou, rapaz. Eu disse “pise fundo”!

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

UM BURRO NA PLATEIA

Contam na Bahia que foi animada a eleição para Presidente da Câmara Municipal de Bom Jesus da Lapa, em janeiro de 2001.
Indicado pelo Prefeito, o Vereador Valdivino Borges fazia o seu discurso quando alguém o interrompeu para se referir à sua condição de semi-analfabeto:
- Sai daí, seu burro!
Valdivino olhou para o agressor e respondeu na lata:
- Eu sou burro e sou Presidente da Câmara, e você, que não é, está ai me dando coice!...

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

SÓ FALTAVAM AS PROVAS

O sargento Zé Lira era delegado em Patos, quando desembarcou uma confusão na delegacia, por causa do roubo das vacas de Darcílio Wanderley.
O suspeito era um larapio muito conhecido na região.
Zé Lira convocou três testemunhas. Indagou à primeira:
- O senhor viu ele roubando?
A testemunha:
- Vi, não, doutor, mas que foi ele, foi!
A segunda também respondeu:
- Não vi, mas foi como se visse. Foi ele!
A terceira também disse:
- Ver, eu não vi, mas pode prender que foi ele.
Zé Lira se voltou para o suspeito:
- Tenho a certeza que foi você, mas como não tenho provas, pode ir embora.
Já plenamente solto... O larapio:
- Quer dizer, doutor, que as vacas são minhas a partir de agora?!

PREGUNTA IDIOTA, RESPOSTA À ALTURA

Um jornalista carioca vem a João Pessoa, Paraíba, e aluga um carro para ir conferir os festejos juninos no interior do Estado.
Lá pelas tantas, pára o carro pra comprar uma espiga de milho.
Olha para o vendedor já de idade e resolve tirar uma graça:
- Tio, pra onde eu estou indo (sem dizer pra onde era) é longe?
O velho olha para o jornalista, passa a espiga de milho, recebe o dinheiro, dá o troco e respira.
Finalmente, o velho diz:
- Depende... Se for pro quinto dos infernos, até já passou. Se for pra pu... que o pariu é bem pertinho. Agora se for pra tomar no c... é aqui mesmo!...

O DONO DA GRANA

Nos anos 50, uma CPi investigava a ligaçao entre o governo Getúlio Vargas e o jornal Última Hora, de Samuel Wainer.
O Conde Francisco Matarazzo era interrogado pelo deputado Carlos Lacerda, ferrenho opositor de Gétulio:
- Senhor Matarazzo, o senhor deu dinheiro ao Samuel Wainer?
- Dei, sim – respondeu o rico empresário, sem pestanejar.
- E porque? – inquiriu Lacerda, desafiador.
- Ué! Dei porque o dinheiro é meu e faço dele o que em quiser.
E encerrou a discussão.

MINISTRO DAS RELAÇÕES PUBLICAS

Bem humorado e paciente, o ministro José Múcio (Relações Institucionais) visita dois ministérios diáriamente, garimpando meios de atender aos pedidos dos parlamentares da base aliada, a fim de dar sossego ao Presidente Lula, garantindo a aprovação de projetos de interesse do governo.
Há dias, ao ser recebido por Marina Silva (Meio Ambiente), que pilotava um setor sempre resistente a mudanças, ele foi logo fazendo graça:
- Ministra, eu sou ministro do Bom Ambiente...
Conseguiu o que queria!

sábado, 19 de janeiro de 2008

SEMPRE ALERTA

Benedito Valadares, que já fora interventor em Minas, recebia a visita do ex-senador Gilberto Marinho e seu colega, Victor Freire, para tratar de um assunto polemico. Ou melhor, para ouvir: apenas Valadares falava.
Os convidados ouviam compenetrados. De repente, o anfitrião parou de falar.
- O que foi, Benedito? – perguntou Marinho.
- Parou de falar sem mais nem menos. Continue, por favor! – Pediu Freire.
Desconfiado, Valadares mudou de assunto:
- Não vou falar mais não. Vocês estão prestando muita atenção...

IGUALZINHO A ELA…

O cara está no bar, caindo de bêbado, quando olha para a única mulher que; se encontra no estabelecimento, ali sentada, tomando uma cerveja.
Cambaleando, ele vai até lá, põe a mão sobre a perna dela e tenta levantar-lhe a saia. Imediatamente a mulher manda um tapa na cara dele, que se defende:
- Desculpe moça. Eu pensei que fosse a minha mulher. Você é igualzinha à minha mulher.
- sai daqui, seu bêbado safado, nojento, desgraçado! – protesta indignada, a mulher.
E o bêbado, se afastando:
- Eu não disse? Você também fala igualzinho a ela...

CAÇOTE E OS PICOLÉS

Matuto da região Picos, Chico Caçote se elegeu vereador nos finais dos anos 50, e decidiu ir logo a Fortaleza. Lá, que mais lhe impressionou foram picolés, que não havia em Picos.
Tão impressionado ficou, que, de uma vez, chupou uma dúzia deles.
Na hora de retornar, resolveu comprar outro tanto para levar... para sua esposa Fia e os filhos.
Pegou o trem e seguiu viagem. Quando chegou a Picos, assim que pegou na bagagem, os picolés tinham sumido.
Ele ficou furioso:
- Cabras safados, esses que andam no trem. Além de chupar os meus picolés ainda ‘mijaram’ na minha bagagem!

ROLANDO O LERO

Interventor de Pernambuco, Agameron Magalhães sabia do vazio entre as orelhas de um jovem parente, que fria vestibular na Faculdade de Direto. A seu pedido, o professor responsável fez-lhe uma pergunta idiota:
- Qual é o rio que banha o Uruguai e cujo nome batizou o país?
O rapaz no soube responder e o professor resolveu ajudar ainda mais:
- Vou lhe dar uma dica: é o rio U-ru...
- Urubu! – respondeu o triunfante tolo.
O professor não se conteve:
- Vou aprová-lo por causa do doutor Agamenon, mas urubu é a mãe!...

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

CASSAÇÕES EM SÉRIE

Prefeito e vice-prefeito de Campo Florido (MG), Otaliba Junior de Melo e Sivaldo Flores, ambos do PSDB, foram cassados pelo Tribunal regional Eleitoral mineiro porque distribuíram carne, pão e chopp para eleitores durante comício em 2004.
Estão tentando reverter no TSE, mas lá, no mês passado o ministro Carlos Ayres Britto, o mesmo que vai relatar os processos de cassação do Governador da Paraíba, já negou liminar ao ex-prefeito, que pedia para retornar ao cargo.
Pois é, se distribuição de sanduíche e chopp em campanha dá cassação, o que se pode dizer da distribuição de 35 mil cheques?

TANCREDO E A PNEUMONIA

A Câmara discutia em 1974 a cassação do deputado Francisco Pinto (MDB-BA), por suas criticas ao ditador Augusto Pinochet.
Ernesto Geisel mandou o caso ao Supremo Tribunal Federal, que condenou Chico Pinto e a mesa da Câmara o cassou, num episodio vergonhoso. Tancredo Neves ouviu um deputado da Arena argumentar que não foi o AI – 5, mas o STF que o cassou.
Tancredo contou uma história ocorrida em sua São João Del Rey:
- Morreu um vizinho de um compadre meu. Um homem bom, trabalhador, honrado. Morreu de pneumonia, coitado.
De madrugada, um parente dele chegou de viagem e perguntou à viúva:
- Ele morreu de pneumonia simples ou dupla, Mariazinha?
- Simples, respondeu ela chorando.
E ele:
- Ah! Ainda bem!

O PEDIDO DO PRATO

Quando Manuel do Bar se elegeu Prefeito do Lastro, decidiu viajar a João Pessoa com seus vereadores, mas, antes, procurou o secretario Inaldo Leitão para saber onde comer uma boa peixada.
Inaldo recomendou o Badionaldo, na Pria do Poço:
- Peça uma peixada de cioba ou dourado, viu?
Ao chegar no Bardionaldo, o Prefeito chama o garçom e indaga:
- Tem cioba?
O garçom:
- Não.
Ele:
- E dourado?
O garçom:
- Também não.
Ele já impaciente:
- Então, me traz uma tilápia mesmo!
O garçom:
- Aqui só servimos peixe de água salgada. O senhor quer comer cavala!
O Prefeito:
- Meu rapaz, nós somos acostumados nas jumentas. Cavala não vai dar certo não!

MENTIRAS DE PESCADOR

Em Novo Airão (AM), a turma se diverte contando mentiras de pescador.
Certo dia, o Prefeito Wilton Santos inaugurou a peleja, numa mesa de bar:
- Uma vez eu matei um jacaré de quatro metros e meio...
- Besteira. Eu já matei um de cinco metros – tripudiou Denílson, seu vice.
Lourinho, pescador e conversador profissional, contou a lorota vencedora:
- Pois eu conheço um jacaré de sete metros. Vou para o outro lado do rio, levo muitos peixes, empanturro o bicho, ele fica meio paradão, boto uma corda no seu pescoço e ele me leva para onde eu quiser...

O DIALOGO NO SAMBA

Em suas andanças pelo interior, fazendo política, o Prefeito Zé Cavalcanti, de Patos, ouvia muitas historias.
Como aquela do seu correligionário, que caiu num samba, em Catingueira, no maior arrocho com uma cabocla e, lá pelas tantas, os dois muito suados, ela comenta:
- Mas, como você sua, em...
O correligionário, na maior paixão, responde com bafo de cachaça:
- E eu também não vou ser seu, filha?

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

SINAL DE PODER

Eleito Governador de Minas Gerais, Tancredo Neves lembrou que precisava arrumar um cargo importante para um amigo de todas as horas, Feliciano Libânio da Silveira, o Sanico, hoteleiro em Alfenas. Procurou-o:
- O que você deseja no meu governo, Sanico?
- Só uma coisa, Tancredo: quando você for anunciar o secretariado, sala lotada de jornalistas e de políticos, me chame na frente de todo o mundo e cochiche qualquer coisa no meu ouvido...
Sanico sabia que os sinais podiam ser mais importantes que os cargos.

A DROGA DA CONFUSAO

O vereador Chico Bocão estava em campanha, lutando pela reeleição. Era uma disputa acirrada, porque havia surgido vários candidatos em seus redutos.
Terminada a eleição, no final da tarde, Chico Bocão ficou de urna em urna, acompanhando a apuração dos votos, na maior apreensão, roendo as unhas.
Um amigo, vendo Chico Bocão, com toda aquela apreensão, indagou:
- Como vai a adrenalina, Chico?
Chico Bocão:
- Epa, meu amigo. Esse negócio de droga não é comigo, não. Eu sou é contra!

O MENTIROSO OFICIAL

Pedro Rattes era Perfecito de Manacapuru (AM) quando encontrou arquímedes, mentiroso oficial da cidade, e resolveu jogar conversa fora:
- Conta uma mentira aí, Arquimedes...
- Posso não, seu Pedro – esquivou-se – Hoje eu estou triste, vou ao enterro do seu Arnaldo, dono da mercearia.
Rattes ficou envergonhado, pediu desculpas. Mas não demorou a descobrir que o comerciante estava vivo e saudável.
Pediu explicações a Arquimedes:
- Mas, que sacanagem, você disse que seu Arnaldo havia morrido...
- Ué, o senhor não pediu para eu contar uma mentira?

A FAMA CHEGOU LONGE

O Governador João Agripino tinha fama de tratar alguns adversários mais renhidos com ferocidade.
Certo dia, ele desembarcou no Rio de Janeiro, para uma audiência.
No aeroporto, o carregador de bagagem indagou:
- O senhor é o Governador João Agripino
João Agripino:
- Você me conheceu?
O carregador:
- Falam muito do senhor...
João Agripino:
- Falam de bem ou de mal?
O carregador:
- Bem doutor, é misturado...

PAPO DE BEBADO

Sebastiao Paes de Almeida viajava em campanha para o governo de Minas Gerais, quando, Numa cidade, teve uma conversa com o presidente da Liga Contra o Álcool:
- Dr. Sebastião, precisamos que o senhor nos compre cinco veículos, para podermos ensinar o povo a deixar de beber.
Conhecido mão-de-vaca, Sebastião devolveu na bucha:
- Meu amigo, você só pode estar bêbado...

RECEITA PARA NÃO PAGAR CONTA

Luciano de Leovigildo formava com o vereador Gerson Gomes e Wolgrand Medeiros uma trica de ouro em farras fenomenais pelas madrugadas.
Mas, naquela noite, já cansado de pagar as contas, Luciano avisou:
- Quem paga a conta desta vez é você, Wolgrand.
Wolgrand concordou na hora e caíram numa animada festa dos anos 70.
Ai, no clímax da festa, a banda parou e alguém anunciou:
- Atenção, atenção para este aviso. Eu, Wolgrand Medeiros, acabo de perder a minha carteira com dinheiro e documentos! Quem a encontrar fineza devolver aqui, ao pessoal do som. Obrigado!
Luciano:
- Putz grila, vou ter de pagar a conta de novo!

AMIGO SOLIDARIO

Morador de Petrópolis, António Carlos Portela avalizava empréstimos para as despesas de campanha de amigos.
Numa das eleições, deu seu aval para um deputado que perdeu a disputa, ficou sem dinheiro e não pôde honrar as dividas.
O gerente do banco pressionou o avalista:
- Sr. Portela, o titulo está vencido...
- Eu sei.
- ... e preciso que o senhor pague. Como avalista, o senhor é solidário.
- Realmente. Sou muito solidário mesmo. E se ele não pagou, é porque tem lá os seus motivos. Então, solidário a ele, eu também não pago.

CABRAS DA PESTE

Coronel Jerônimo Ribeiro certa vez passou por Cajazeiras (PB) debaixo de um sol inclemente. Parou num bar e pediu cerveja para espantar a sede. Mas o dono do lugar demorava muito e ele se impacientou:
- Essa cerveja vem ou não? Êta terra de cabra ruim!
Dois homens sentados diante de uma quantidade enorme de garrafas vazias de cerveja resolveram tomar as dores da cidade:
- Repita o que você disse!
- Sobre a nossa terra. Repita agora, desgraçado! – completou o outro.
Jerônimo arranjou uma explicação na hora:
- Com esse solo todo, cabra daqui é tão ruim, mas tão ruim, que não dá nem meio litro de leite...
- Ah, bom... – conformou-se o paraibano.

UM ATO DE DESESPERO

Reinava uma briga acirrada em Bananeiras, entre Mozart Bezerra e Orlando Cavalcanti, na disputa pela prefeitura. Era uma eleição para se decidir por poucos votos de margem.
Então, no comício de encerramento, aliados de Orlando contrataram um conhecido homossexual da cidade, para subir no palanque de Mozart, um homem muito sério, e tentar queimar a sua candidatura.
O jovem subiu, furou a segurança, pegou no microfone e gritou para delicio da assistência:
- Meu colega Mozart!
O tempo fechou.

A MÃO DA PONTE

Após longa negociação sobre o papel de cada um no prometo, Brasil e Guiana (antiga Guiana Inglesa) chegaram a um acordo para a construção de uma ponte ligando os dois países.
Neudo Campos, Governador de Roraima, Estado que faz fronteira com a Guiana, foi convidado para o encontro que reuniu em Brasília o Presidente Fernando Henrique Cardoso e a Presidenta Janet Jagan, em Maio de 1999.
O clima era de festa, emoldurado pelo sorriso de satisfação dos diplomatas.
De repente o Governador teve um estalo:
- Mas, Presidente, e a mão?
A pergunta suou como uma ducha fria. A mão de direção, na Guiana, é Inglesa, o contrário da brasileira. Qual será a que vale?
O silencio foi quebrado pela gargalhada de Fernando Henrique Cardoso, que passou a bola para o Itamaraty.
O impasse permanece sem solução.

O BALAIO E A SERRA

O Prefeito Fábio Mariz gostava, como muitas lideranças paraibanas, de proteger doido. Gostava de ouvir o que os doidos diziam.
Entre eles, circulava Severino de Noé, que não era exatamente doido, mas tinha umas tiradas surpreendentes.
O Prefeito se divertia.
Certo dia, o Prefeito passava pela serra de Brejo do Cruz, quando indagou:
- Severino? Quantos balaios de terra essa serra enche?
Severino calculou e respondeu:
Depende, né? Se o balaio for do tamanho da serra, basta um...

LIÇÃO DE ETIQUETA

A antipatia do Presidente Lula pelo Senador Aloizio Mercadante (PT-SP) ficou ainda mais clara certa vez, ao final de um almoço com os principais lideres aliados ao governo no Congresso. Como manda etiqueta, todos colocaram os talheres lado a lado, no prato, como sinal de que haviam terminado a refeição.
Exceto Mercadante, cujos talheres permaneceram “olhando” um para o outro.
Lula no se conteve, entre irônico e irritado:
- Você, que é filho de general, não aprendeu nem a comer? Não vê que o garçom está esperando para recolher o seu prato?!
O Senador enrubesceu, arrumou os talheres e foi embora sem dizer palavra.

TELEFONEMA AMEAÇADOR

A jovem do cartão MasterCard telefona pro Professor União:
- A sua duplicata venceu!
União:
- Foi mesmo? Em qual modalidade, profissional ou sub-17?
A jovem aborrecida:
- O senhor não brinque com coisas serias. Nossa conversa está sendo gravada!
União:
- Eu acho bom.
Ela:
- O senhor deixe de gracinhas, viu? Fique sabendo que o seu nome está chegando hoje à Serasa!
União:
- É mesmo? Me diga a hora, que eu quero ir lá recepcioná-lo...
Ela desligou.

O TOQUE DE BRIZOLA

Leonel Brizola emocionava as pessoas.
Na disputa presidencial de 1989, acabava de fazer o discurso de encerramento da campanha, na Baixada Fluminense, quando subitamente um homem se agarrou a ele.
Com os reflexos apurados, Brizola segurou-o pelo pescoço e, com a outra mão, desferiu-lhe um soco rápido e certeiro.
Era só um militante entusiasmado.
Mesmo com marcas no pescoço e no rosto, o brizolista apenas gritava:
- Ele me tocou, ele me tocou!
E como...

MILITAR CUMPRE ORDENS

Na campanha presidencial de 1950, o ex-ditador Getúlio Vargas acabaria eleito. O País estava intranqüilo e prosperavam os boatos sobre a insatisfação do militares com o seu retorno ao poder.
Filha e assessora de Getulio, Alzirinha Vargas estava preocupada e quis saber sobre o futuro de tudo aquilo:
- papai, o que farão as Forças Armadas?
- Farão continência, minha filha, farão continência.

COMO USAR O SUPOSITÓRIO

Um cidadão chega acompanhado da esposa e de uma filha pequena no consultório do medico Expedito Pereira, que realiza os exames e decide receitar uns supositórios.
Então, ele pega algumas amostras grátis e entrega para o paciente, que olha sem entender e pergunta:
- Doutor, como é que eu uso isto?
Constrangido com a presença da mulher e da filha pequena, o médico recomenda:
- O senhor pega o bicho, bota na nuca e vai descendo pelo espinhaço. Quando chegar no fim, é só colocar, viu?

ELE ERA DO CONTRA

Presidente do Corinthians, Vicente Matheus usava as ligações com o poder, no regime militar. Teve um problema com terrenos na praia do Guarujá, em São Paulo, e um oficial da Marinha o ajudou.
Ficou tão grato que lhe ofereceu uma festa. Orgulhoso, apresentava-o assim:
- Este é o meu amigo Almirante!
O oficial nada dizia, até que perdeu a paciência:
- Eu não sou Almirante. Eu sou contra-almirante.
O Presidente do Corinthians não contou conversa:
- Você é contra almirante? Pois eu também sou. São todos uns vigaristas.

PRONOMES TROCADOS

Benedito Valadares era Governador de Minas quando foi a uma exposição agropecuária em Curvelo. No discurso de abertura, jurou:
- Determinei à Caixa Econômica e aos bancos do Estado a concessão de empréstimos agrícolas a prazos curtos e juros longos.
Um assessor corrigiu, em voz alta:
- É o contrario, Governador.
Ele respondeu:
- Desde que o dinheiro venha, os pronomes no têm importância.

PARA COMPRAR O VIAGRA

Logo que o Viagra foi lançado, algumas pessoas tinham vergonha de procurar o produto nas farmácias.
Aquele Deputado Paraibano, por exemplo, chegou numa farmácia, puxou uma nota de cem reais e pediu:
- Me dê um Melhoral!
O farmacêutico:
- Com uma nota de cem reais? Não tenho troco...
O deputado, olhando lá pro outro lado da rua:
- Então, amigo, me dê o troco de Viagra mesmo...

CANDIDATO BOM DE LÁBIA

O Vereador Zé de Inácio, de Olivedo, quando era candidato, visitava todas as casas da zona rural, cabalando votos.
Mas, depois de eleito, passou quatro anos sem visitar os eleitores como a família de Zé de Chico.
Quando chegou mova eleição, com perigo de não se reeleger, teve de encará-los de novo.
Ao chegar á casa de Zé de Chico, a esposa o enfrentou:
- O senhor ainda tem coragem de voltar aqui, depois de quatro anos? Depois que Zé morreu?
Ele, já soluçando:
- Hoje, eu tenho. Mas, faz quatro anos que fico imaginando como voltar aqui, com o peito apertado, com a morte desse grande homem...
Todos caíram no choro.

A CASA NAO É SUA

Discutia-se, em 1988, a inclusão de um artigo na Constituição que afinal não pegou:
- A limitação das taxas de juros bancários.
O Deputado e usineiro José Igreja (PTB_SP) era um dos entusiastas dessa limitação, por isso recebeu um telefonema irritado de um banqueiro, velho amigo da família:
- Logo você, um industrial, um homem que é da intimidade da minha casa, votar a favor dessa emenda absurda!
A resposta foi imediata:
- Pois é, há 25 anos que eu quero sair de sua casa e não consigo!

O TRABALHO PELO BAIRRO

Quando era candidato a Vereador, em Patos, Chico Bocão fixou as suas ações no Bairro de Belo Horizonte.
Depois que foi eleito, Chico Bocão voltou ao bairro para fazer o sei discurso de agradecimento. E começou assim:
- Quando eu conheci o Belo Horizonte, era apenas um barrinho...
E completou:
- Depois que eu comecei a trabalhar pelo Belo Horizonte, o que era um barinho se transformou nesse barrão...

SOBRINHO FARRISTA

Governador do Ceara, Parsifal Barroso nomeou o sobrinho predileto para a chefia do gabinete.
O garotão era chegado numa farra e, certo dia, foi detido por uma blitz no carro oficial do Governador, com duas mulheres que conheceu numa boate.
Deu a carteirada, gritando de dentro do automóvel:
- Sou o Governador, no quero ninguém aqui!
Persifal foi informado do incidente e cobrou explicações:
- Mas o que eu podia fazer, naquela situação? – indagou o sobrinho.
- Poderia se identificar como sendo o Menezes Pimentel, que é viúvo.
Naquela época em que o Viagra era um sonho ainda distante, o Senador Menezes Pimentel tinha 90 anos.

PIMENTA NA CABEÇA

Se a política fosse a arte da memória, Paulo Maluf seria campeão e André Franco Montoro lanterninha.
Ao contrario do líder do PTB, capaz de recordar nomes e datas com impressionante precisão, Franco Montoro, fundador do PSDB, sempre errava datas, trocava as bolas, misturava nomes e colecionava antipatias.
Uma delas foi a do ex-Ministro das Comunicações Pimenta da Veiga, no Governo Fernando Henrique Cardoso.
Ele ficou uma arara quando, certa vez, Montoro o saudou:
- Meu caro Deputado Pimenta do Reino...

TRAIDO PELA MEMORIA

Adhemar de Barros trocava nomes com uma freqüência que somente seria superada, anos mais tarde, pelo ex-Governador Franco Montoro. Mas não se incomodava com isso.
Certa vez, candidato a Governador, num comício em Batatais, ele trocou as bolas ao saudar a platéia:
- Povo de Bebedouro!...
Um assessor sussurrou o equivoco, mas Adhemar seguiu adiante:
- Eu sei que estou em Batatais. O que eu digo é: povo e Bebedouro que visita Batatais...

A CONSULTA NO SANDU

Um rapaz entra muito abatido no consultório do Doutor Leite, no Sandu de Campina Grande.
O medico pede que se sente, e começa a fazer a consulta.
Após verificar a pressão, avaliar as pálpebras e reparar na sua falta de cor.
O paciente:
- Ei, eu no bebo, não doutor!
O medico:
- Então, pare logo de fumar. O fumo está lhe matando!
- O paciente:
- Ei, eu no fumo, não!
O medico:
- Mas você come batatas?
O paciente:
- Ai eu como...
O medico:
- Então, é batata que está lhe ofendendo!

BATALHA SEM FIM

As sucessivas batalhas judiciais (o TRE adiou mais uma vez o julgamento) que Lucio Matos trava para cassar o Prefeito Salomão Gadelha (Sousa) tem rendido até folclore.
Há alguns dias, Lucio estava com um comerciante quando foi abordado por um de seus eleitores:
- E, ai, doutor Lucio, quando toma posse?
Lucio:
- Dessa segunda-feira não passa!
O eleitor: - Ô douto Lúcio, me responda uma coisa: é verdade que dona Elzira, a senhora sua tia, já fez dezenove vestidos para a sua posse na Prefeitura?

RADIOS MENTIROSOS

No Vale do Apodi (RN), Lucas Pinto chefiava a campanha de Eduardo Gomes (UDN) à presidência da Republica. Mas o Brigadeiro perdeu e Pedro Fernandes, líder udenista em Mossoró e exportador do algodão que Pinto produzia, chamou o parceiro para uma conversa.
- O que houve no Apodi? O Brigadeiro no podia perder lá. Não gostei. Agora não sei como ficam os nossos negócios.
Lucas Pinto culpou a ultima palavra da tecnologia, na época:
- Depois que inventaram esses radiosinhos pequenos, que mentem mais do que os grandes, o povo perdeu a cabeça...

PINTANDO O FUTURO

Do alto da Praia de Pipa, o filosofo, poeta e pintor Fernando Pereira perscrutava as águas do Atlântico, como se buscasse as areias da África, quando foi interrompido em seu devaneio.
Era o Deputado Quinto:
- Filosofo, faça ai um desenho dessa princesa etíope que está em nossa mesa.
Pereira pegou lápis e papel e começou o trabalho.
Minutos após entrega a obra para apreciação pública.
A princesa, que é também top model, não se reconheceu no rabisco:
- Não sou assim tão feia!
O filosofo Pereira só comentou:
- Hoje, ainda não. Mas daqui a uns 10 anos será com certeza...

ATAQUES AO PASTOR

Naquele dia, enquanto tomava uma cervejinha, Chico de Josias desancava o Pastor da igreja de Santa Cruz:
- Soube que é um ladrão e está enganando o povo!
Um cidadão de quase dois metros, que escutara tudo em silencio, pergunta:
- Meu amigo, lá em Santa Cruz só tem um templo evangélico, s só tem um Pastor...
Chico:
- Pois, é esse mesmo!
O cidadão, se levantando:
- Pois, este Pastor sou eu!
Chico:
- Bem que eu vi que esta historia era mentira. O senhor não tem jeito de ladrão, é um homem de bem.
E sumiu!

PAVIO CURTISSIMO

Adhemar de Barros estava sempre ás voltas com repórteres e suas perguntas nem sempre compreendidas. Na campanha Presidencial de 1960, durante uma coletiva, um jornalista perguntou se a sua candidatura, no fundo, não beneficiaria a de Jânio Quadros (UDN).
Adhemar não suportou a provocação. Arrancou o microfone das mãos do repórter e afirmou:
- Primeiro, não permito que pronuncie o nome do demônio na minha frente. E depois, como médico, posso dizer que o senhor é um débil mental.
E encerrou a entrevista.

TAMANHOS...

Deputado paraibano e esposa contrataram o bugre de um Suiço em Barra de Cunhaú, par fazer o percurso do Chapadão até à Praia de Pipa.
A meio caminho, o Suíço para num bar pra tomar uma cervejinha. Então, ante o espanto de todos, ele tira a bermuda e entra nuzinho no mar em frente.
A esposa, ouriçada com a cerveja, provoca o Deputado:
- Você devia fazer isto também...
Ele:
- Ta doida? Pro pessoal ficar comparando o tamanho?...

MUDANDO DE CAPITAL

Após mais uma sessão de vais ao Presidente Lula, recentemente em Brasília, o Senador tucano, Artur Virgilio ponderou com os seus colegas, em plenário:
- Estou receando que o Presidente queira mudar a Capital do Brasil.
Houve alguns murmúrios, algumas especulações, até que se indagou:
- E que cidade poderia ser a futura Capital do Brasil?
Artur Vergílio:
- Bem, eu suspeito que poderá ser em Tocantins. O Presidente está muito cansado de vaias e precisa de Palmas...

COBRAS Á ESPREITA

Jânio Quadros nunca teve muito apreço por jornalistas. Considerava-os como serpentes.
No final dos anos 89, Prefeito paulistano, ele foi à casa do Deputado estadual Fauze Carlos (PTB) para se encontrar com o Presidente Nacional do Partido, Paiva Muniz.
Deparou-se com dois jornalistas, que, claro logo pediram uma “conversa rápida”.
- ah, são dois?
Os repórteres se animaram, mas só até ele completar, ás gargalhadas:
- ... e não dá para um comer o outro, e ficar um só?

A PRIMEIRA FAZ TAM

Há poucos dias, no celebre vôo da segunda-feira, de Recife a Brasília, quando os Senadores Cícero Lucena, Efraim Morais e Jarbas Vasconcelos entraram no avião, vários passageiros protestaram.
Um deles provocou:
- Viajar num avião carregado desses é preciso uma reza muito forte.
Um outro se dirigiu a Jarbas:
- O senhor vai votar pela CPMF?
Jarbas:
- Vou votar contra, ora...
O passageiro:
- É bom, porque muitos dizem uma coisa aqui, e fazem diferente em Brasília. A palavra não dura um vôo da Tam...

PROPOSTA DE TROCOLLI

Há poucos dias, o Deputado Trócolli Junior encontrou o colega Zé Aldemir e provocou:
- O Deputado Lindolfo Pires está prometendo aquele gabinete equipado que lhe tomou pra quem lhe der um murro na cara!
Zé Aldemir, incrédulo:
- Foi mesmo?
Trocolli:
- Eu tenho uma proposta pra lhe fazer.
Aldemir:
- E qual seria, Deputado Trócolli?
Trocolli:
- Eu finjo que lhe dou o murro, você finge que apanha. Eu recebo o gabinete a gente divide os benefícios. Topa?
Aldemir, receoso:
- Dá certo, não. E se você se empolga, na hora do murro?

ARTES DO SERPENTARIO

O antigo embaixador Antonio Correia do Lago, competente e discreto, jamais usou o sogro Oswaldo Aranha para subir na carreira.
Mas outro genro diplomata de Aranha, Sergio Correia da Costa, fez o sogro pedir a sua promoção ao Presidente Juscelino Kubitscheck naquele final dos anos 50.
- me traz o ato do genro do Oswaldo Aranha – ordenou JK ao diplomata António Azeredo da Silveira, seu assessor.
- Qual deles? – perguntou Silveirinha, matreiro.
- Ora, o Correia – JK, sem saber que ambos tinham Correia no sobrenome, nem que seu assessor detestava Sergio, o real beneficiário.
Assim, Antonio acabou promovido – pelas artes e manhas de Silveirinha.

O ESTILO ERUNDINA

Luiza Irundina tem estilo. Certa vez, quando era Prefeita de São Pulo, um jornal denunciou que um funcionário da administração regional da Lapa utilizara carro oficial em tarefas particulares.
Não se esperava isso de um governo PT, daí a expectativa de uma punição exemplar.
O administrador, Nelson Frateschi, resolveu que o funcionário seria punido, mas não exonerado.
O telefone dele tocou. Era uma irritada militante do PT:
- Vocês são uns bundões!
Era ela mesma, a Prefeita Luiza Erundina.

SANTIAGO, O MENDIGO

O celebre Santiago Dantas era candidato ao governo mineiro e, como tl, ganhou a estrada.
Segundo a lenda, era uma presepada:
- No banco da frente do carro, o motorista fardado, usando quepe, e, ao lado, Hugo Coelho, especialista em Minas Gerais.
No banco de trás, Santiago vestia sua roupa tipo safári, usando luvas e máscara contra poeira. Quando o carro se aproximava de alguma cidade, Coelho avisava:
- Povo à vista!
Ele se livrava da mascara e das luvas, colocava os óculos, abria o sorriso e acenava aos pobres diabos, mendigando votos
.

TURBULENCIAS NO AR

Turbulências marcaram, ontem, o tradicional vôo da segunda-feira de parlamentares da Paraíba a Brasilia.
Na lista de passageiros, constavam os Senadores Zé Maranhão e Cícero Lucena, ao lado dos Deputados Gervásio Maia e Vital Filho.
Enquanto o avião taxiava, Gervázio atendeu um telefonema e informou a Vital:
- O Governador é Bi. Acaba de ser cassado pelo TER.
Vital no se conteve e gritou:
- Maranhão, Cássio foi cassado de novo!
Passageiros de outros Estados ficaram sem entender por que alguns riam, e outros, como Cícero fecharam a cara.

NAO É BEM ASSIM

O ex-Prefeito Branco Mendes reuniu lideranças, Vereadores e Prefeitos para acertar o apoio á sua candidatura a Deputado estadual, no Flat Tambau.
Depois de tudo acertado, com as devidas contrapartidas, um Vereador indagou:
- E seu motorista? Ele vota com você?
Branco, reparando no motorista:
- Sem problema. Ele é da casa. Nem me preocupo...
O motorista, entusiasmado com as negociações que assistira, disparou:
- Epa, Branco, não é em assim, não.
Nós precisamos conversar pra acertar também...

ANEIS DE OURIVES

Ao final de um inflamado discurso, o Vereador de Pedro Ourives requereu ao Presidente da Câmara Municipal de Cáceres (MT), nos idos de 1995:
- Faço questão de registrar o meu posicionamento nos anéis desta casa.
O Vereador José Brandão, colega de bancada, corrigiu:
- Nobre colega, o certo é Anais, no “anéis”.
Recebeu o troco:
- Que seja Anais para você. Para mim, que sou Ourives, a sua observaço de nada vale.

COMO PERDER VOTOS

O Vereador Nei Ferreira fazia campanha pela reeleição, em Conquista (BA), quando foi recebido com festa em um birro d cidade.
- Quero 750 votos aqui- gritou no palanque.
O cabo eleitoral puxou o microfone e exclamou, empolgado:
- Nei, aqui vi ter 1.500 votos!
Microfone aberto, Nei Ferreira foi direto ao ponto:
- Já soube que 1.500 eleitores prometeram votar em mim, aqui no birro, mas como eleitor é um bicho muito safado, aceito a metade.
Sua sinceridade custou-lhe a reeleição.

O FINAL DO ESPINHAÇO

O time de Barras, do Piauí, vinha bem no Brasileiro, com chances de ir pra serie B, mas, de repente, começou a perder e os adversários espalharam que o Prefeito Francisco das Chagas tinha vendido o time. Falaram até num homem da mala rondando pela cidade.
Durante entrevista a uma emissora de TV, um repórter indagou ao Prefeito se a denúncia procedia. O Prefeito contrariado:
- Esta historia de falar da vida alheia é normal no Piauí...
E arrematou:
- Muitas vezes, se fala que um pessoa ta dando o final do espinhaço e, muitas vezes, isto é mentira...

ANALFABETOS FUNCIONAIS

Os parlamentares sobrecarregavam os redatores particulares ou do próprio Congresso para redimir discursos.
O Instituto de Pesquisa e Assessoria dos Congressistas, no final dos anos 80, de tão assoberbados, trocou os textos dos Deputados Jerônimo Santana (RO) e Minoro Massuda (SP).
O Deputado paulista foi o primeiro a usar a tribuna, em tom dramático:
- Senhor Presidente, o problema de conflito de terras em Rondônia...
Interrompeu ao perceber o engano e jogou a toalha:
- Pô, Presidente, eu não sou de Rondônia...
E foi embora, praguejando!

BARRIGA CHEIA

Cezar Schirmer fazia a sua campanha para Vereador de Santa Maria (RS) pelo velho MDB, contando com a solidariedade de vários amigos.
Um deles, Bayard Azevedo, era gordo, imensamente. Mas bom orador, foi escalado para destacar as virtudes de Schirmer. Pegou o microfone e atacou com uma frase de efeito:
- Os ricos estão cada vez mais ricos, os pobres estão cada vez mais pobres! O povo passa fome!
Mal acabara de pronunciar a frase, um provocador gritou:
- Gordo desse jeito, até que te encostas-te bem...

O RANKING DO ALCOOL

Dois Deputados se encontraram na Assembléia e um deles, evangélico, comenta com o outro, que apresentava sinais visíveis de ressaca:
- Vossa excelência está sabendo que o Brasil já é o segundo País do mundo em consumo de álcool?
O ressacado que não queria muita conversa, resmunga:
- É mesmo?
O evangélico:
- Vi na televisão.
O ressacado:
- E você sabe por que não estamos em primeiro?
O evangélico;
- Não?
O Ressacado:
- É por causa de vocês que não bebem...

A NAMORADA DE PIMENTA

Cansado, o então Ministro Pedro Parente tirou uns dias de folga.
Ficou longe de tudo e de todos, principalmente dos jornais e da TV, mas atendeu ao telefonema de sua mulher, jornalista, naquela noite de 20 de Agosto de 2000.
- Pedro, o Pimenta matou a namorada!
O Ministro-Chefe da Casa Civil de Fernando Henrique Cardoso quase teve um enfarte:
- Meu Deus, que desgraça!... E eu nem sabia que ele tinha namorada!
Por um instante ele achou que ela se referia ao Ministro Pimenta da Veiga das Comunicações, cuja namorada, aliás, é a própria mulher, Ana Paula.

SAUDE DAS PESQUISAS

Candidato a Prefeito e São Paulo em 1985, Jânio Quadros enfrentou Fernando Henrique Cardoso, que tinha apoio do Presidente José Sarney, do Governador Franco Montoro e do Prefeito Mario Covas, o engajamento de artistas da Globo e tanta confiança que até posou na cadeira do Perfeito.
O Ibope previu a vitória de FHC e Jânio Quadros chamou as pesquisas de “desonestas”.
O dono do Ibope, Carlos Augusto Monteiro, disse que não o processaria por considerá-lo um doente.
Jânio ironizou:
- Ele deve ser melhor medico do que pesquisador.
Jânio venceu e desinfetou a cadeira usada por Fernando Henrique Cardoso.

O ELOGIO AO SENADOR

Um radalista polemico do Sertão tinha recebido, dias antes, um pequeno adjutório de Ney Suassuna e decidiu convocar o Senador par uma entrevista.
Durante a entrevista, o radialista seguia levantando a bola a Suassuna, então num determinado momento, resolveu fazer um elogio mais eloqüente:
- Senador, o senhor é um trator com dezesseis válvulas desgovernado com a gota...
Ney estranhou:
- Epa, meu amigo, eu aceito ser um trator com essas válvulas todas, mas desgovernado, não...

DEDO ACUSADOR

O Brasil ainda estava sob o regime militar, em 1982, quando o País realizou as suas primeiras eleições livres.
Em um debate na TV Globo, o candidato do PDT em São Paulo, Rogê Ferreira, é sorteado e faz a pergunta a Lula:
- Afinal, você é socialista, comunista ou trabalhista?
Lula arrancou risadas e deixou Ferreira envergonhado dele mesmo:
- Eu sou torneiro mecânico!

OLHO ELETRIFICADO

Coronel Toniquinho Pereira era chefe político em Itapetininga (SP), quando se viu obrigado a receber o Governador – seu adversário – na estação ferroviária de Iperó.
Cheio de má vontade, assim que o trem chegou à estação, Toniquinho foi logo reclamando do chefe da estação:
- Entrou uma fagulha no meu olho...
-Trem é elétrico, Coronel. Não solta fagulha.
- Então foi um quilowqtt!

ENCARANDO UM PROVOCADOR

Há algum tempo o Deputado Branco e o Prefeito de Alhandra, Renato Mendes, promoveram uma partida de futebol, entre jornalistas e Deputados Estaduais, no seu sitio.
Os jornalistas venciam de três a zero quando, no segundo tempo, o juiz mandou parar a partida e se descobriu que o time dos Deputados estava com... treze jogadores.
Foi ai que o jornalista Gutemberg Cardoso indagou o Deputado João Gonçalves:
- Mas, Deputado, até num jogo amistoso de futebol, vocês querem levar vantagem, enrolando?
O jogo acabou quatro a um.

ENCARANDO UM PROVOCADOR

Jânio Quadros, que renunciou à presidência da Republica após sete meses no cargo, fazia campanha par o governo paulista em 1982, quando ouviu gritar um mendigo, com um toco de cigarro pendurado nos lábios:
- Fujão! Fujão! Fujão!
Jânio tentou ignorá-lo, mas, ao descer do palanque, lá estava o provocador:
- Fujaããão!
Jânio olhou-o fixamente e partiu em sua direção, resoluto.
Temia-se uma agressão física do ex-presidente.
Ele parou diante do mendigo, que se calara de repente, paralisado, com medo. Jânio, num golpe rápido, ao invés de um soco, retirou o toco de cigarro dos lábios provocadores, colocou-o na própria boca e foi embora.

O HOMEM E A CACHORRA

O marketeiro Carlos Roberto esteve na Índia e voltou trazendo historias curiosas, como a do homem que se casou com uma cachorra para acalmar o espirilo perturbado.
E narrou que o casamento ocorreu com todo o rito legal:
- O casal foi morar junto, dormiu na mesma cama, inclusive ter relações sexuais. E concluiu: uma coisa horrível, mas natural pra eles.
Então o jornalista que estava ao lado comentou:
- O pior mesmo só deve ser a molecada correndo atrás e jogando pedra para desembaraçar...

CUIDANDO DA SAUDE

Numa mesa, onde estavam vários jornalistas e Deputados, um parlamentar comentou que o Deputado Armando Abílio cuida bem da sua saúde.
O jornalista Heraldo Nóbrega, bem informado, complementou:
- É verdade, já ouvi falar que Armando costuma correr até duas horas por dia.
Ao lado, o ex-Deputado Gilvan Freire arrematou:
- Mas, se for em direção ao palácio da Redenção, ele aumenta bastante a velocidade.

PODER SEM PUDOR

Tricolor e sofredor o então Deputado João Carlos De Carli foi a uma audiência com o Presidente João Figueiredo. Na ante-sala, o ajudante-de-ordens, Major Dias Dourado, transmitiu uma inusitada advertência ao Deputado:
- Entre, mas não ria.
No gabinete presidencial, De Carli se depara com Figueiredo vestindo a camisa do Flamengo.
Diante do espanto do Deputado, o General ameaça:
- Se rir, eu te quebro a cara!
Fluminense doente, Figueiredo estava pagando uma aposta que perdera para Dourado:
- Na véspera, o Flamengo havia encaçapado o Fluminense no Maracanã.

CONVERSINHAS

Aqueles que chegam primeiro às reuniões da Mesa Diretora do Senado sempre gastam o tempo contando historias.
Na ultima, foi a vez do Senador Papaléo Paes (PSDB-AP). Ele contou que, no final da campanha, ao fazer uma caminhada numa cidadezinha, uma moça se aproximou e prometeu ajudar na distribuição de material.
A intenção dela era aprender para, um dia, disputar uma vaga de Vereadora.
Lá pelas tantas, ele pergunta o nome da sua ajudante.
Quando ela respondeu “Leo”, o Senador enrubesceu:
- Você sabe o meu? É Papaleo!
Foi uma risada geral dos Senadores.

FIRME COMO UMA ROCHA

Luiz Viana Filho era Governador da Bahia e fez uma visita a Cosme de Farias, tribuno respeitável e grande amigo do seu pai, falecido cinco décadas antes.
Gentil, o Governador fez um afago no velho Cosme:
- Major, espero que dentro de quatro anos possamos comemorar o seu centenário!
- Não vejo porque não, Governador – respondeu Cosme – o senhor ainda está muito forte...

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

O HOMEM CERTO

O Governador Adhemar de Barros oferecia mais uma das suas sextas-feiras dançantes no Palácio dos Campos Elíseos, em black-tie, quando um sujeito mal vestido enganou a segurança, entrou na festa e suplicou:
- Doutor Adhemar, me ajude: tenho dez filhos e estou desempregado.
- Dez filhos? – impressionou-se o Governador.
- Sim, senhor, dez!
Adhemar, que era um gozador, chamou o chefe da casa Civil, Arthur Audrá:
- Arrume um emprego para ele. Será o reprodutor oficial do Estado!

AJUDA PARA O PARTO

O ex-prefeito Tilon Gurgel, da cidade de Filipe Guerra, no Rio Grande do Norte, foi abordado por uma mulher grávida com uma barriga de sete meses.
Paciente, ele ouviu a mulher pedir uma ajuda, pois, o marido estava em Manaus, há mais de três anos e ela precisava de dinheiro para pagar o parto.
Tilon, muito espirituoso, disse:
- Eu vou ajudar, em homenagem ao tamanho do pinto do seu marido, pois apesar de estar em Manaus, conseguiu lhe engravidar com toda essa distância...

UMA BOMBA NA CAIXA

O ambiente era muito tenso em Recife, no dia seguinte ao golpe militar de 1964.
Um homem simples, carregando uma caixa, dirigia-se à rua do Príncipe, onde ficava o IV Exercito, quando foi interpelado por um soldado armado de fuzil:
- Alto!
Assustado, o homem gritava, enquanto era preso:
- É uma d’água!
Mais tarde, um capitão o interrogou:
- Afinal, o que é “uma d’água”?
- Eu sou encanador e estou levando uma bomba d’água. Se eu dissesse que era uma bomba d’água, o soldado ia me trazer aqui vivo para conversar com o senhor?

ORAÇAO CONTRA BRIGAS

Apesar do líder Ricardo Barbosa não morrer de amores por ele, João Costa é um jornalista perspicaz. Ontem, o Deputado Nivaldo Manuel fez uma compungida oração, pedindo a Deus paz na Assembléia.
Mas, quando Nivaldo acabou de fazer a sua oração, os deputados Gervázio Filho e Rodrigo Soares voltaram a detonar o Governo Cássio.
Então, João não se conteve:
- Eita, a oração nem surtiu efeito...

ELEITOR DE MUITO MAU GOSTO

Em 1962, vinte anos apos a ultima candidatura, Jânio Quadros voltou á política.
O escritor Bernardo Schmitd contou que disputava o governo de São Paulo pelo PTB e retomou velhas amizades e contatos políticos.
Numa pequena cidade do interior, um jovem o abraçou emocionado:
- Meu pai votava no Adhemar, mas eu o convenci a votar no senhor!
Os correligionários que acompanhavam Jânio, orgulhosos, esperavam um agradecimento do ex-presidente.
Mas ele os surpreendeu outra vez:
- Mas que gostinho porco tinha o seu pai!

O APAGAO NA ASSEMBLEIA

Há algum tempo, o Senador Zé Maranhão e o Deputado João Gonçalves se encontraram num vôo de Brasília para João Pessoa.
Após os cumprimentos iniciais, Maranhão indagou:
- João, que apagão é esse que está acontecendo na Assembléia, que não realiza mais sessões?
João Gonçalves:
- Senador, o Presidente Artur tem viajado mundo...
Maranhão, indagando:
- Oxente! E a Assembléia só tem um eletricista?

UM RAMALHETE DE PRESENTE

Durante a comemoração do seu aniversario, o secretario Arlindo Almeida recebeu, dentre os presentes, um ramalhete de flores. Naquele mesmo dia, estava-se realizando, em Campina, uma parada gay.
Após a comemoração, Arlindo vinha pela Rua Maciel Pinheiro, portando os seus presentes com o ramalhete, quando cruzou com um amigo, que o olhou com espanto.
Arlindo quis saber a razão da perplexidade, e o amigo indagou:
- Você está indo ou vindo da parada?

BOM NEGOCIO

Ibrahim Abi-Ackel era Ministro da Justiça de João Figueiredo e tentava fazer a atriz Ruth Escobar desistir de montar peças teatrais em presídios.
Argumentou, segundo conta Gustavo Krause em seu livro; “Poder Humor”:
- Penso em sua segurança. Mesmo que agora não haja problema, dentro de dez anos um desses bandidos, já em liberdade, pode até estuprá-la.
Determinada a levar adiante o projeto, Ruth Escobar ironizou a ameaça:
- Pois, Ministro, um estupro, se for daqui a dez anos, até pode ser um bom negócio...

APENAS PARA REFRIGERAR

O professor União chegou ao restaurante, se sentou e, calmamente, pediu um refrigerante ao garçon:
- Traga uma coca-cola gelada.
O garçom:
- Zero?
União:
- Não. Então traga um guaraná.
O garçon:
- Um guaraná light?
União já olhou atravessado:
- Assim traga uma soda limonada...
O garçon:
- Uma soda diet?
União, perdendo definitivamente a calma, indaga ao garçon:
- Meu amigo, me diga uma coisa. Eu tenho cara de doente, tenho?

NADA A OPOR NO PARECER

Juracy Pedro Gomes foi nomeado procurador no Governo Braga. E, se sentindo meio inseguro, ponderou:
- Não era melhor outro cargo, não? Não tenho muito tempo pra me dedicar...
O Governador:
- Fique tranqüilo. Seus auxiliares é que redigem os pareceres. Você só precisa colocar em baixo:
- Nada a opor, e pronto.
E foi dando certo.
Até que, certo dia, pegou um Juiz mais exigente, que indagou:
- E vossa excelência não se opõe a que?
Juracy:
- Eita! Agora vossa excelência me pegou!

AS CUECAS DO CHÁVEZ

José Genuino (PT-SP) defendia na Câmara o protótipo de ditador Hugo Chavez, quando José Aníbal (PSDB-SP) provocou ACM Neto (DEM-BA):
- Pergunta se o Genoino recebeu uma cueca nova e com bolso para defender tanto o Chávez...
- A cueca nova dele é com bolso grande, igual à do Adhemar de Barros.
- Cueca do Adhemar? – o tucano se surpreende.
- É que o Adhemar sempre colocava calça nova em inaugurações publicas para dizer “neste bolso da cueca nunca entrou dinheiro publico” – diz Neto.
- Só se a cueca nova do Genoino não tiver bolso – disse Aníbal, ás gargalhadas.

O CAUSO DOS TRÊS CABRITOS

O capataz Vavá do Oitao chega à sede da fazenda pra dar as noticias, e encontra o patrão entretido num fabuloso café da manhã:
- Bom dia, Vavá, quais as novas?
Vavá, de olho na nessa farta:
- Sabe aquela cabra que o sinhô comprou já prenha? Pariu três cabritos!
E estic os olhos pros pratos na esperança de ser convidado.
O patroa, sem chamar Vavá pra mesa:
- Que boa noticia, Vavá!
Então a esposa indagou:
- Ô seu Vavá, como é que a cabra vai alimentar três cabritos se ela só tem dois peitos?
Vavá:
- Munto fácil, sinhá dona, munto fácil. Vão ser iguá a nói aqui: dois comendo e um oiando!

SEGREDO DE URNA

Votação secreta tem lá os seus riscos, principalmente quando dela participava Zézinho Bonifácio, Deputado pela Arena mineira.
Em 1976, ele chegou ao interior para organizar a convenção do partido. Local e hora da reunião?
Ouviu o que só Galdino sabia. O melhor nome pra Prefeito? Galdino claro.
- Não precisa de convenção. Galdino é o nome – disse Bonifácio, irritado.
- Não aceito, Deputado. Tem que ter votação, e secreta – reagiu Galdino.
Satisfeita a sua vontade, Galdino teve só três dos 31 votos dos Delegados.
E nunca mais quis saber de votação secreta. Nem de Zezinho Bonifácio.

RENÚNCIA À MESA

Jânio Quadros renunciou à presidência sete meses após a sua posse. Alegou razoes vagas, como “forças terríveis” e interesses estrangeiros.
Em 1962 tentou voltar com um slogan patético, “renuncia é denuncia”, mas foi derrotado por Adhemar de Barros.
Sempre reagia ao assunto com grosseria, como num jantar com Saulo Ramos na casa de Germinal Feijó.
Quando o anfitrião, velho amigo, fez a pergunta proibida, ouviu o que não queria:
- Renunciei porque a comida do Alvorada é ainda pior do que a comida da tua mulher!

DAMIAO E A BOLA DE CRISTAL

O jornalista Sergio Botelho se encontrava com o Deputado Damião Feliciano, que diz:
- Veneziano está muito bem na prefeitura, mas vai perder a eleição.
Sergio:
- Você viu isto na sua bola de cristal?
Damião concordou.
Sergio:
- Com base em que sua bola de cristal diz isto?
Damião:
- Cássio é Governador e vai botar pra quebrar para eleger o seu candidato.
Sergio:
- Mas mesmo Governador, ele perdeu em 2004...
Damião:
- Mas, Governo tem peso.
Sergio:
- Mas tua bola prevê que ele vai estar no mandato até á eleição?
Damião:
- Eita! É isso que ainda preciso de ver...

A REZA CERTA

Reza a lenda que o chefe político de Princesa Isabel (PB), Major Irineu, era Ateu e um incorrigível pão duro.
Não atendia nem a apelo de padre. Mas a elevação do nível do açude provocou pânico.
A água já está no respaldo, gritaram párocos aflitos. Sua mulher não suportou a pressão e pediu dele uma doação à paróquia e uma promessa, até porque a sua fazenda corria o risco de inundação.
Ele pegou os santos que havia em casa e foi para o açude. Lá, colocou-os arrumadinhos, um ao lado do outro, e sentenciou:
- Vocês é que sabem aonde querem ir.
Sabe-se lá por que, deu-se um milagre:
- a água baixou.

EDIVALDO NA CONTRAMAO

Após assumir a Camara Federal, Edivldo Mota tomou uma carraspana das grandes. Esqueceu até que estava com motorista.
Então, pegou as chaves do carro e, como no sabia dirigir em Brasília, tomou uma contramão. Foi parado por um guarda irado:
- Aonde o senhor pensa que vai?
Edivldo:
- Eu ia pra uma festa, seu guarda. Mas, eu acho que já acabou... Esta todo o mundo voltando!

VIVA A SECA

José Américo, Governador da Paraíba na seca de 1950, mandou chamar o Deputado Raimundo Onofre, que pegou um caminhão de sementes para vender a preço de custo, em Várzea Grande, mas as distribuiu de graça:
- Você esta dilapidando os cofres públicos – reclamou.
- Eu ia vender as sementes, mas, logo na primeira cuia, alguém gritou:
- Viva o doutor José Américo! Eu não resisti à emoção, dei tudo de graça.
- fez muito bem- sentenciou José Américo – Viva não é coisa que se ignore. Quantos caminhões quer mais?

O FOLE DE OITO BAIXOS

Quando esteve em Campina Grande, para prestigiar o Rap&Rep, o Ministro Gilberto Gil foi conhecer o Sitio de São João, do Vereador João Dantas.
O Ministro percorreu o local, acompanhado de João, mas só se engraçou mesmo por um fole de oito baixos, pendurado numa das paredes de reboco.
Vivamente interessado, Gil se dirigiu pro instrumento:
- Tai, Vereador, é só o que me falta na minha coleção de instrumentos musicais.
E quando fazia menção de pegar o fole, João se adiantou:
- Só no pode ser este. Que é de estimação, uma coleção particular...
Gil desafinou:
- Tão valioso assim?...

PENSE NUMA MARCHA À RÉ

O Vereador Paulo de Tarso se elegeu pelo PT, de Cozerte Barbosa. Passou para o PMN, de Idácio Souto e, agora, está no PP, de Enivaldo Ribeiro.
Há poucos dias, Paulo fazia um duro pronunciamento na Câmara, constestando a doação de terrenos públicos no antigo shopping center de Campina:
- Quem fez aquelas doações é um imbecil e incompetente!
Foi quando um assessor se apressou em soprar no seu ouvido:
- Vereador, a doação foi feita, à época, pelo então Prefeito Enivaldo Ribeiro...
Paulo, emendando:
- Mas, isto, já passou. Vamos passar pro próximo tema...

MAU POLITICO, BOM PARENTE

Convocado em 1945 para assumir a presidência da Pepublica, após a deposição de Getulio Vargas, o Presidente do Supremo Tribunal Federal, Ministro José Linhares, desatou a nomear parentes.
João Pessoa ironizou:
- Não são Linhares, são milhares.
O Presidente soube e respondeu:
- Eu tive que fazer uma opção. Entre passar 60 dias acusado pelos adversários e passar 60 anos condenado pela minha família, preferi tender à família. Ninguém agüenta uma família pedindo emprego...

TRAIÇAO ABORTADA

Julio Campos (PFL-MT) já não conseguia esconder a predileção por Leonel Brizola, na campanha presidencial de 1989, mas tentava guardar segredo. Não queria ser acusado de trair o candidato do partido Aureliano Chaves.
Mas não contava com uma surpresa:
- No dia da eleição, um locutor da Rádio Industrial de Cuiabá, de sua propriedade, passou a manhã anunciando que Campos votaria na 67ª zona eleitoral.
O então Deputado jogou a tolha:
- Fui obrigado a votar no Aureliano. Já imaginou se na apuração não aparecesse nenhum voto para o homem na 67ª zona?

CAROÇO NA MELANCIA

O pesquisador Francisco Pericê, da ONG Via Sertaneja, estava nos estúdios da Correio FM, e narrou que, num recente encontro técnico, em Sousa, ouvia atentamente uma palestra do Secretário Assis Quintans, quando algo o intrigou.
Quintans anunciava que as Várzeas de Sousa iriam produzir um produto novo, para revolucionar o mercado:
- Vamos exportar a melancia sem caroço!
Pericé ergueu o braço e comentou:
- Não é por nada, não, secretario, mas esta historia de melancia sem caroço é coisa pra boiloco, viu?

QUESTAO DE AUTORIDADE

O Governador Hernán Sátyro tinha o habito de acordar às cinco da manhã e ficar trabalhando. E, muitas vezes, mandava o seu motorista buscar um auxiliar para despachar.
Numa dessas, convocou Manezinho Gaudêncio, chefe da Casa Civil. Manezinho, que tinha passado a noite numa roda de uísque, chegou com uma hora de atraso.
Sátyro:
- Amigo velho, você adquiriu o habito de uma ave noturna, foi?
Manezinho:
- Governador, Churchil ganhou a guerra dormindo de dia e planejando à noite.
Ernani:
- Mas, Churchil era o chefe, amigo velho!

QUESTAO DE AUTORIDADE

O Governador Hernán Sátyro tinha o habito de acordar às cinco da manhã e ficar trabalhando. E, muitas vezes, mandava o seu motorista buscar um auxiliar para despachar.
Numa dessas, convocou Manezinho Gaudêncio, chefe da Casa Civil. Manezinho, que tinha passado a noite numa roda de uísque, chegou com uma hora de atraso.
Sátyro:
- Amigo velho, você adquiriu o habito de uma ave noturna, foi?
Manezinho:
- Governador, Churchil ganhou a guerra dormindo de dia e planejando à noite.
Ernani:
- Mas, Churchil era o chefe, amigo velho!

O TROTE DE FERREIRA

Após a posse de Adhemar de Barros no governo paulista, em 1963, o repórter Ferreira Neto se vingou dos salários atrasados na rádio Difusora.
Ligou para o seu diretor, Edmundo Monteiro, e imitou a voz de Adhemar:
- Estou pensando em você para o Banco do Estado...
Era o sonho de Monteiro, que logo deu entrevistas pra anunciar a boa nova. Só perceberia a brincadeira ao falar com o Governador, mais tarde.
- O que eu faço? – perguntou ele, desolado, com a mão na cabeça.
- Diga que foi convidado e não aceitou – disse Adhemar, ás gargalhadas.

O PREÇO DA COCA-COLA

O empresário Ricardo Rique fazia campanha para Deputado Federal, percorrendo algumas trilhas do interior do Estado.
Após um dia intenso de muito calor, chegou com sua equipe a uma barraca de beira de estrada e pediu coca-cola. O proprietário trouxe.
Quando pediu a conta, se assombrou:
- Pô! É muito caro, Pô! É tão difícil chegar coca-cola por aqui, é?
O proprietário:
- Não. Difícil mesmo é passar um político rico e falando carioca...

LIÇAO DA SECA

José Américo de Almeida era Governador, em 1951, quando a Paraíba enfrentou uma seca dramática.
Certo dia, ele recebeu o Prefeito de uma das cidades mais castigadas.
Tudo o que o Perfeito queria era um caminhão para levar os alimentos que obteve para os munícipes mais crentes.
José Américo respondeu que seria difícil atender o pedido, porque a cidade era muito distante da capital.
O Perfeito perdeu a paciência e deu uma lição que o “velho” jamais esqueceria:
- É longe não, Governador. Fica no mesmo local onde o senhor foi pedir votos para se eleger

JUNIOR E O PATRIMONIO

O Deputado Manuel Junior não perde uma viagem.
Á dias, após tomar conhecimento de que o Juiz corregedor eleitoral Luiz Eduardo Lisboa tinha pedido a cassação do Governador Cássio Cunha Lima, além de uma multa de 100 mil R$, o Deputado não se conteve, e comentou com os colegas:
- Pelo caso FAC, ele já foi multado em 100 mil R$. Agora, mais 100 mil R$, pelo caso do Jornal A União...
E arrematou:
- Nessa pisada, o Governador está perdendo a metade do patrimônio que declarou ao TER...

CARTEIRADA DE CORONEL

Em pleno regime militar, o Juiz Plínio Gomes Barbosa presidia um caso na vara da Fazenda, no interior paulista. O perito era Coronel do Exercito, mas o Juiz não sabia. Acabaram se desentendendo. O Juiz ameaçou:
- Se o senhor continuar falando nesse tom, ponho-o para fora daqui!
O perito se revelou:
- E eu no saio. Sou Coronel do Exercito e exijo respeito!
O Juiz não se fez de rogado:
- Então saio eu, porque sou reservista de 3ª categoria.
E foi embora porque não era besta.

O CACHORRO DO CORONEL

O Coronel Cunha Lima era proprietário de um engenho em Areia e tinha um cachorro, que costumava atacar as pessoas que o visitavam.
Naquele dia, chegou um cidadão, que certa vez votou no seu adversário e, como de habito, o cachorro avançou sobre ele.
Da varanda onde estava, o Coronel apenas disse, calmamente:
- Se preocupe, não, meu amigo. É um cachorro manso, ele não morde, no. Ele só quer mijar na sua cabeça. Se abaixe logo!

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

MAOS NA MASSA COMUNA

O ex-Governador paulista Geraldo Alckmin não perdeu a piada, quando o Presidente do sindicato dos padeiros de São Paulo, Chiquinho Pereira, dirigente do PPS estadual, lhe apresentou a família, isto é, diretoria:
- Este é o meu irmão e vice Geraldo Pereira; este é meu Tesoureiro e irmão, Eduardo Pereira; esta é a minha sobrinha Marcela Pereira, dos Projetos Sociais, este é João Freio, meu primo, da Mobilização dos padeiros...
Alckmin perguntou ao Deputado Bruno Covas, neto do falecido Mário Covas:
- É uma reunião do sindicato dos padeiros ou do partidão?

O PREFEITO RESISTENTE

O Deputado Judivan Cabral dominou, por anos, a política em Aguiar. Em várias ocasiões, elegeu o Prefeito e o Vice, com a combinação de cada um assumir a metade do mandato, e assim agradar a dois aliados de uma vez.
Naquele ano, deu errado. O Prefeito resistiu e não renunciou pró Vice assumir. Judivan, então, levou um papel em branco pra ele assinar.
O Prefeito:
- O que é isso?
Judivan:
- A sua renuncia, ora!
O Prefeito:
- E se eu não assinar?
Judivan:
- Homem, deixe de besteira, que seu Vice é muito violento. Eu lhe quero vivo. Ele já esta andando armado pra todo o canto...
O Prefeito assinou.

A PROCURA DE UMA CASA

O corretor de imóveis Chico de Josias foi procurar por um cliente muito exigente interessado em comprar uma casa. Mas só queria do seu jeito.
Chico começou a procurar. Tanto procurou que encontrou e foi o cliente:
- Encontrei a casa que lhe interessa. Pertenceu ao Perfeito Salomão Gadelha.
O cliente foi conhecer e ficou doido pela casa:
- Qual é o preço?
Chico:
- Espere ai! Eu achei a casa. Essa foi a primeira parte. Agora, vou ver se o convenço a ele a vender!

PERDIA O IRMAO, NAO A PIADA

Socialista era João Mangabeira e não seu irmão Octavio, que por sua vez, não desperdiçava a chance de ironizar o tamanho do Partido Socialista Brasileiro. O PSB foi fundado pelo irmão, notável jurista.
Certa vez, ao vê-lo passar com mais cinco integrantes do partido apertados num automóvel pela Rua Chile, em Salvador, não perdeu a piada, conforme recorda o leitor Raphael B. Portella, de Lauro de Freitas (BA):
- Lá vai o João com a executiva e todos os eleitores do seu partido.

METEDO GETULHISTA

Getulio Vargas formava o seu governo quando pediu a um amigo que conversasse com dias paulistas, Ricardo Jafet e Horacio Láfer, para saber o que um pensava do outro. Seu parecer seria dado dias depois:
- Não se toleram, Presidente. Um deles nem permite que o nome do outro seja pronunciado em sua casa.
Getulio nomeou Láfer Ministro da Fazenda e Jafet Presidente do Banco do Brasil.
O amigo empresário nada entendeu até Getulio explicar:
- Se o Ministro da Fazenda e o Presidente do Banco do Brasil forem amigos, o que o Presidente da Republica ficaria fazendo no Palácio?

O JULGAMENTO DE CABEÇUDO

Zeca era um lavador de carro que tinha apelido de cabeçudo. Ele detestava. Até que, um dia, perdeu a calma e matou um motorista que, há anos, o provocava.
O Advogado Zé Caneado, apiedado de Zeca, fez a sua defesa gratuitamente. E começou dizendo:
- Meritíssimo Juiz, honrado Promotor, dignos membros do júri.
E seguiu repetindo a frase, até que o Juiz não se conteve:
- Seu moleque, irresponsável, está pensando que pode zombar da Justiça? Eu mando-o prender!
Canedo, com toda a calma:
- Se repetir, por algumas vezes, que os senhores são dignos provoca tal reação, Meretissimo, imaginem ser chamado Cabeçudo vida toda...

O BRASIL NO CONTRAGOLPE

O Imperador da Etiopia, Hailê Selassiê, foi deposto pelo próprio filho quando fazia visita oficial ao Brasil, a convite do Presidente Juscelino Kubitscheck, liderando uma comitiva que era uma pequena multidão.
Em conversa com JK, o Imperador pediu dinheiro para voltar, dar um corretivo no filho e retomar o poder.
JK ordenou que o Ministro da Fazenda, Horácio Lafer, desse dinheiro a Selassiê ntes de o Congresso aprovar o empréstimo.
Lafer adverttiu:
- Os parlamentares não vão aprovar isso.
JK respondeu:
- Vão provar, Lafer. Basta mostrar essa comitiva toda como asilada.
Selassiê retomou o poder e se manteve nele por mais quinze anos.

O SUSTO DA NOTICIA

Naquela cidade do interior, a freira procura o medico:
- Tenho tido um ataque de soluços que não me deixa em paz, doutor!
O medico a examina e diagnostica:
- Irmã, a senhora está grávida!
Ela se levanta e sai do consultório.
Uma hora depois, a Madre Superiora telefona pro medico:
- O que o senhor disse pra Irmã Carmem?
O medico:
- Disse que ela esta grávida. Foi só um susto pra ela curar o soluço. Ela curou?
A Madre:
- Ela até parou de soluçar. Mas, coitado do Padre Paulo, se jogou da Torre da Igreja!

FALAR DE...

O Governador do Maranhão, Nunes Freire, tinha ódio de José Sarney, por isso, ao receber um telefonema do general Golbery do Couto e Silva, certa vez, foi logo avisando:
- Se é para tentar conquistar o meu apoio ao nome de Sarney para Governador, não quero nem falar...
Golbery ficou chateado e se queixou a Armando Falcão, Ministro da Justiça, que ligou para Freire:
- Você foi indelicado. E se não era sobre Sarney que ele queria falar?
- Eu sei que era isso – respondeu – Como sei que você só esta me ligando pra falar sobre Sarney. E nele nem Deus me fala, Falcão. Nem Deus!

O CORONEL E O BEBADO

O Coronel Chico Romão, de Serrita, era conhecido mão-de-vaca. Naquele dia, ele entrou na igreja e começou a orar em voz alta:
- Nossa Senhora, faça que dobre meus boi, que eu melhoro seu dizimo...
Foi quando entrou um bêbado na igreja:
- Nossa Senhora faça que apareça uma alma boa pra me dar um dinheirinho pra eu tomar pelo menos um café...
O Coronel meteu a mão no bolso e deu uma nota gorda ao bêbado, fazendo o padre Abdias se espantar:
- Não sabia que o senhor era tão bondoso...
O Coronel:
- Do jeito que ele falou, era capaz de tirar a concentração de Nossa Senhora e ela não atendeu o meu pedido...

COBRINDO O SEPULTAMENTO

Há poucos dias, o assassinato do empresário Lula Magal, em Santa Rita provocou um clima de muita comoção na cidade, em FACE da violência do crime. E Lula era muito querido.
Várias emissoras de rádio cobriram o sepultamento.
O repórter Manuel Ferreira, escalado por Emerson Machado e Samuka, foi ouvir a população.
Em certo momento, bordou um popular:
E, ai, meu amigo, como você viu o assassinato de Lula Magal?
O popular, espantado:
Ei, eu não vi nada, não! Eu nem estava aqui... Batendo em retirada.

OFICINAS NAO VOAM

Afonso Arinos de Melo Franco era Ministro das Relações Exteriores de João Goulart e tinha pavor de avião. Certa vez, ao concluir visita a Portugal, ele se despediu do presidente anfitrião, Américo Tomas, que tocou no assunto:
- O senhor gosta de avião?
- Não muito, excelência...
Ao invés de tranqüilizar o chanceler brasileiro, Tomas fez um comentário que o atormentava durante todo o percurso de volta:
- é, enquanto eles voam lá em cima, as oficinas continuam cá em baixo...
Afonso Arinos morreu falando mal de Américo Tomás.

O IMITADOR DE MICHAEL JACKSON

Ariano Suassuna chegou a Taperoá e foi surpreendido com os boatos da existência de um jovem da cidade que imitava Michael Jackson. Resolveu conhecê-lo.
Mas, qo se deparar com o jovem, Ariano ficou espantado. Ele em nada se parecia com Michael: era moreno, sem nenhuma pinta branca, nariz chaboqueiro, careca, desdentado e não sabia... cantar.
Ariano:
- Oxente, meu amigo, no que é que você imita Michael Jackson?
O jovem:
- Bem, seu Ariano, eu pego as criancinhas, né?!

DEMITINDO O BARULHO

O Embaixador José Aparecido de Oliveira, que faleceu á algum tempo, governava o Distrito Federal, em 1985, e não conseguia trabalhar com o barulho de grevistas, diante do Palácio do Buriti.
- Vou lá! – decidiu, irritado.
Atravessou a rua sozinho e encarou os manifestantes.
Um deles deixou o Governador passar e provocou pelas costas:
- Quanto voce ganha?
Aparecido parou, voltou e disparou, dedo em riste:
- o que você nunca vai ganhar, porque não gosta de trabalhar!
Aparecido ganhou o respeito deles, obtendo o fim da greve e, sobretudo, daquele barulho infernal.

O DOCUMENTO MEIO RASGADO

O Deputado estadual Wilson Santiago foi abordado por um jovem na Assembléia. O jovem portava um documento bem amassado, já se rasgando nas dobras.
Ele disse:
- Deputado, este documento tem quatro autorizações do Presidente Nominando Diniz para a concessão de um beneficio, mas até agora nada foi resolvido.
Santiago:
- É, meu amigo, a situação está difícil...
O jovem, balançando a folha:
- E o que é que eu faço com este papel cheio de autorizações?
Santiago:
- A esperança é a ultima que morre, meu amigo. Mande plastificar.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

O ESCRITORIO DO VEREADOR

Há algum tempo, durante um pronunciamento na Câmara de Patos, o Vereador Zé Mota anunciou ser “o único parlamentar com um escritório pra atender o povo”.
O bordão de Zé Mota motivou revide do seu colega Orlando Xavier:
- Pois eu, sou diferente, nobre colega, eu tenho escritório no Jatobá no Belo Horizonte...
E arrematou, com estardalhaço, para delírio das galerias:
Até no cabaré, onde fui votado, eu tenho um escritório de atendimento...

TAMANCO SERGIPANO

Após o suicídio de Getulio Vargas, em 1954, em meio a denuncias de “mar de lama” formuladas por Carlos Lacerda, uma multidão se reuniu no centro de Aracaju.
O Deputado Francisco Macedo (PTB-SE) discursou:
- Morreu Getulio, nosso líder e nosso pai. Vim aqui para jurar a vocês que continuarei defendendo os interesses dos trabalhadores em qualquer situação! Para isso, sou capz de subir em coqueiro de tamanco!
- Então sobe logo, pra gente ver – provocou um espectador.
Macedo reagiu indignado:
- Estão vendo? Já tem um lacerdista aí, contra nós!
E foi embora.

A REVOLTA COM A CALCINHA

E aquele Perfeito estava-se separando da mulher.
Naquela noite, chegou mais cedo em casa, tomou banho e, quando foi ao guarda-roupa, encontrou uma coleção de calcinhas novas da esposa.
Desconfiado, descobriu que as calcinhas eram todas do tamanho M. revoltado, ele procurou a filha:
Sua mãe mudou muito, esta vendo? Antes, ela usava G, agora é tudo M!
E, ante o olhar espantado da filha, se muniu de uma faca e, enfurecido, destruiu a coleção de calcinhas:
Ela pode até namorar com calcinhas G, mas com tamanho M eu duvido!

DEFINIÇAO DE GOVERNO

Dias antes do suicidio que o fez entrar na historia, Getúlio Vargas teve uma conversa com o seu Ministro da Viação, José Américo de Almeida:
- Impossível governar este País. Os homens de verdadeiro espiriro publico vão escasseando cada vez mais. Desabafou Getúlio
- e o que é que o senhor acha dos homens do seu governo – perguntou Jose Américo.
O ex-ditador observou, desolado:
- A metade no é capaz de nada e a outra metade é capaz de tudo.

O ULTIMO SORRISO

O Coronel Tertuliano tentou, por diversas vezes, ser Vereador em Olivedos. Nunca conseguiu.
Numa das campanhas, andando pela zona rural em busca de votos, ele avistou uma multidão, em frente à casa do aliado Zé Vicente. Aí, descobriu que ele havia falecido e resolveu fazer uam média.
Ao lado do caixão, iniciou um discurso:
- Era um homem bom, dedicado aos amigos...
De repente, a sua dentadura caiu dentro do caixão!
Ele não perdeu a pose:
- Vai, Zé, e leva contigo este meu último sorriso, como prova da minha gratidão pela tua amizade!

GREVE TEATRAL

O Ato institucional nº5, que revogou as liberdades democráticas no Brasil de 1968, levou muitos adversários do regime militar á cadeia.
Entre eles Carlos Lacerda, que resolveu iniciar uma greve de fome no cárcere.
O módico e amigo Antonio Rebello, que monitorava o pulso de Lacerda, começou a ficar preocupado e vivia implorando para que o líder carioca suspendesse a greve.
Um dia fez uma comparação definitiva:
- Você esta tentando fazer Shakespeare no País da Dercy Gonçalves!
Percebendo o ridículo da situação, Lacerda desistiu da greve na hora.

O PASSEIO DE LANCHA

Nascida e criada em Alagoa Nova, Carminha Serafim, no alto dos seus 72 anos, foi ao Rio de Janeiro visitar parentes que moravam em Muriqui, cidadezinha no Litoral Sul.
Lá pelas tantas, o seu primo sugeriu um passeio de lancha. Animada, Carminha topou. Acomodaram-se na embarcação e após meia hora de passeio pelo mar, o primo notou que Carminha estava muito pensativa:
- Prima. Ta preocupada?
Carminha:
- To aqui pensando: se o pneu desse barco furar como a gente vai fazer para trocar o danado com esta água toda?

UM JUIZ FALTOSO

Coronel Joça Maranhão era o chefe político de Alianza, Pernambuco, e queria remover o Juiz de Direito da cidade.
Procurou o Governador, General Cordeiro de Farias, e expôs o seu pedido sem rodeios.
- Esse Juiz tem todas as faltas: bebe muito, é mulherengo, corrupto, venal, desleixado e preguiçoso.
- Tem todas essas faltas, coronel? – insistiu
Farias impressionado.
- Tem tudo o que é falta, General. De falta mesmo só não tem falta de ar.

GREVE TEATRAL

O Ato institucional nº5, que revogou as liberdades democráticas no Brasil de 1968, levou muitos adversários do regime militar á cadeia.
Entre eles Carlos Lacerda, que resolveu iniciar uma greve de fome no cárcere.
O módico e amigo Antonio Rebello, que monitorava o pulso de Lacerda, começou a ficar preocupado e vivia implorando para que o líder carioca suspendesse a greve.
Um dia fez uma comparação definitiva:
- Você esta tentando fazer Shakespeare no País da Dercy Gonçalves!
Percebendo o ridículo da situação, Lacerda desistiu da greve na hora.

O PASSEIO DE LANCHA

Nascida e criada em Alagoa Nova, Carminha Serafim, no alto dos seus 72 anos, foi ao Rio de Janeiro visitar parentes que moravam em Muriqui, cidadezinha no Litoral Sul.
Lá pelas tantas, o seu primo sugeriu um passeio de lancha. Animada, Carminha topou. Acomodaram-se na embarcação e após meia hora de passeio pelo mar, o primo notou que Carminha estava muito pensativa:
- Prima. Ta preocupada?
Carminha:
- To aqui pensando: se o pneu desse barco furar como a gente vai fazer para trocar o danado com esta água toda?

UM JUIZ FALTOSO

Coronel Joça Maranhão era o chefe político de Alianza, Pernambuco, e queria remover o Juiz de Direito da cidade.
Procurou o Governador, General Cordeiro de Farias, e expôs o seu pedido sem rodeios.
- Esse Juiz tem todas as faltas: bebe muito, é mulherengo, corrupto, venal, desleixado e preguiçoso.
- Tem todas essas faltas, coronel? – insistiu
Farias impressionado.
- Tem tudo o que é falta, General. De falta mesmo só não tem falta de ar.

BATENDO NA PORTA DO CEU

Seu Mandurí morreu e foi pro céu.
Quando bateu à porta, apareceu um anjo, que indagou:
- Oxente, Mandurí, que é que você está fazendo aqui?
Seu Mandurí, que ainda não tinha perdido a intolerância:
- Eu estava só de passagem. Eu queria mesmo era ir pró inferno.
Incontinente acabou por se jogar no caldeirão de fogo...

DELICIOSAS PATENTES

Alberto Lira, de 38 anos, dono de uma Lanchonete em Penedos, Alagoas, foi preso á dias por dar nomes de patentes de militares aos seus sanduíches.
O Comandante do destacamento local da Policia Militar, não gostou nem um pouco quando soube que na Mister Burg de Lira, dava pra comer um “sargento” (hambúrguer) por apenas 2 R$.
Na Lanchonete o cliente pode escolher lanches como o “coronel”, com filé e presunto, e o “comandante”, de calabresa.
A Policia Militar diz que os nomes provocaram “chacotas” e “insinuações” contra os policias entre os moradores da cidade, que tem 60 mil habitantes.
O comerciante passou duas horas na cadeia, mas foi libertado pelo Delegado, que não viu motivo para a prisão.
O Advogado de Lira vai processar o Tenente por abuso de autoridade e disse que se fosse pelo argumento do Comandante ninguém mais poderia vender ou comer “brigadeiro”. Nem as crianças...

CARRO DO LULA NAO USA ETANOL, É UM BEBERRÃO

Caso típico de; faça o que digo, não o que faço, o Presidente Lula apresenta-se como defensor do álcool, combustível (ou etanol), inclusive em viagens ao exterior, mas ate os seus carros oficiais são movidos a gasolina.
A coluna pediu ao Palácio do Planalto a confirmação oficial do uso de gasolina nos automóveis presidenciais, mas a sua assessoria alegou razoes de segurança para sonegar até mesmo a marca do seu Chevrolet Omega.
Claro que o Chevrolet Omega, usado pelo Presidente Lula em Brasília, é conhecido como “beberrão”. Não o Presidente, o carro, claro...

RECADOS DAS TREVAS

Carlos Fehlberg chegava à redação do Jornal Zero Hora, de Porto Alegre, onde trabalhava, e encontrou o recado: deveria comparecer imediatamente ao QC do III Exercito.
Como sabia da forte repressão do regime militar, ele se escondeu, enquanto amigos sondavam os militares sobre o que pesava contra ele.
Logo veio o alivio:
Fehlberg não sabia que o comandante do III Exercito, General Emilio Garrastazzu Médici, havia sido escolhido para ser Presidente da Republica e o queria como assessor, em Brasília

O NAMORO DOS ANIMAIS

O Vereador Chico Romao, do Vale do Piancó, levou o seu touro Zumbi para cruzar com a vaca Mimosa, da sua vizinha Terezinha.
Quando os animais estavam em pleno litígio, o Vereador se insinuou:
- Mas Terezinha, dá uma vontade de fazer a mesma coisa, não dá?
Terezinha:
- Fique á vontade, Vereador, o touro é seu mesmo...