quarta-feira, 10 de outubro de 2007

LIÇÃO DE POLITICA

Candidato em oposição a Jânio Quadros, Henrique Teixeira Lott, Ministro da Guerra de Juscelino Kubitschek, visitou o ex-Presidente Eurico Dutra, Marechal como ele.

Conversa vai, conversa vem, Dutra advertiu:

- Você não vai ganhar.

- Porque não?

- Ora, você não sabe falar...

- O senhor também não sabia falar e foi Presidente...

Lembrou Lott.

- É, mas eu não falava mesmo...

BATENDO EM RETIRADA

Contada por Vanderlan Farias.

O clima fechou, á dias, na Assembleia, quando a Deputada Chica Mota decidiu rebater as recentes críticas do líder do Governo Ricardo Barbosa, por ter chamado os seus colegas da oposição de cínicos.

A tempertura ainda estava elevada, quando o Deputado Zenóbio Toscano entrou no plenário:

Virgem, como o clima está tenso na Assembleia!

Então deu meia volta e se retirou murmurando:

Vou embora. Eu não posso ter outro infarto, não!...

O PULO DO GATO

Inimigos, Carlos Lacerda e Juscelino Kubitschek encontraram-se para articular a Frente Ampla, em oposição ao regime militar.

Levaram horas conversando.

A certa altura, Lacerda quis saber um velho segredo:

- Como o Sr. lembra o nome de todo o mundo? Já tentei vários sistemas e nenhum funcionou.

- Eu não lembro - revelou Juscelino Kubitschek - Mas o sujeito não quer que você se lembre, quer pensar que lembrou. Então, eu abraço a pessoa e pergunto baixinho:

Como é mesmo o seu nome inteiro? Ai, termino o abraço e digo bem alto: Como vai, fulano? E todos ficam satisfeitos.

O TESTE PSICOLOGICO

O paraibano Edivardo Costa foi aprovado num concurso da Petrobrás, nos anos 70 e, logo após, convocado para se submeter a um teste psicotécnico em Salvador.

Depois de várias perguntas técnicas, o psiquiatra indagou:

Quando foi a sua iniciação sexual?

Edivardo:

Quando eu tinha 10 anos. Era uma mulher que trabalhava lá em casa...

O psiquiatra:

Teve relação com animais?

Edivardo:

Sim, senhor...

E ante o espanto do psiquiatra, Edivardo emendou:

Mas, só com animais de pequeno porte!

PROMESSA DE POLITICO

Jefferson Brant saiu de Uberlândia (MG) e, em Brasilia, pediu um emprego ao primo Rondon Pacheco, líder do General Emílio Médici na Câmara.

- Claro! É só esperar. Você será agente administrativo da Câmara.

O tempo foi passando, e nada.

O primo só dizia:

Vai sair. E advertia:

Não fale com ninguém, guarde segredo.

Certo dia um jornal informou que 20 mil candidatos disputavam as vagas para agente administrativo na Câmara.

Jefferson jamais esquecerá a desculpa esfarrpada do primo:

- Eu não disse para não falar a ninguém? Vazou.

ARREMATE

Contada por Líliam Morais.

A Saelpa foi a casa de Cecília Miranda, no Bairro chique do Bessa, em João Pessoa, Paraiba, disposta a cortar a luz.

A empresaria foi avisada pela sua empregada.

- Os homens estão aqui - disse

Cecilia:

Distrai eles que já chego, sugeriu.

Cecilia correu para casa, pegou o casal de cachorros (Ginechini e Luma de Oliveira) no quintal e amarou-os no poste.

Depois, dirigiu-se aos funcionários da empresa.

- Podem cortar que não vou pagar.

Ao se depararem com os pitbulls, os homens deram no pé...

domingo, 7 de outubro de 2007

DOADOR SOLICITO

Juarez Távora era candidato a Presidente e foi a São Luiz (MA) com o Governador de São Paulo, Jânio Quadros, que o apoiava.

Momentos antes, Adhemar de Barros, adversário de Jânio, deixava o mesmo hotel que receberia a dupla, quando o abordaram pedindo dinheiro para: "Entidades Beneficentes".

Solicito, Adhemar prometeu uma doação generosa, mas o pedido deveria ser feito á "pessoa certa", prestes a chegar:

É o Dr. Jânio Quadros!

Os pedintes ficaram admirados e Adhemar deu mais uma dica:

- Se ele não quizer dar, insistam. O homem é um tremendo pão-duro.

COMO É QUE SE DIZ

O que é sempre melhor.

Marcus Odilon estava contra Severino Maroja na disputa pela Prefeitura de Santa Rita, e resolveu contratar um locutor para abrir os comícios.

Então, convocou o militante esquerdista Washington Rocha para saudar o povo. Rocha, todo falante, estreou assim:

Severino Martoja, você é um dilapidador do dinheiro público!

Marcos Odilon o interrompeu, impaciente:

- Cavaleiro, falando difícil assim, o povo não entende. Chame ladrão mesmo, viu?!

MULHER DE CÉSAR

Ildo Meneghetti disputava o Governo do Rio Grande do Sul pela Frente Democrática e contra os Trabalhistas.

O mote da sua campnha era a honestidade.

Ele tem as virtudes da mulher de César, diziam os adeptos.

O Vereador Trabalhista Temperani Pereira provocou:

- Cuidado com esse negócio da mulher de César, Messalina foi uma delas e teve 156 amantes...

DIALOGO DE FIO DESENCAPADO

Há poucos dias, embarcaram num mesmo vôo de Brasilia a João Pessoa o Governador Cássio Cunha Lima e o Deputado Manuel Junior.

Junior tinha entrado primeiro, se sentou e ficou aguardando os demais passageiros se acomodarem.

Eis que chega o Governador Cássio, que iria se sentar algumas poltronas adiante.

Cássio cumprimenta Junior:

E ai, Manuel Junior, você esta bem?

Júnior:

Comigo está tudo bem, Cássio. Não sei com você... Já cassado...

QUERIDA MARINHA

António Carlos Magalhães era Governador da Bahia e foi a uma cerimônia, em Salvador, com o Comandante do 2º Distrito Naval.

No final, convidou o Almirante ao contato com o povo. Em meio ao corpo-a-corpo, António Carlos Magalhães se vangloriou:

- O senhor viu isso, Almirante?

O milico reagiu com naturalidde:

- Nunca pensei que a Marinha fosse tão querida por estas bandas!...

O Comandante deixou de ser querido naquelas bandas.

MUITO MAL E NEM SABIA

O Deputado Zenóbio Toscano teve problems cardiácos no início deste ano e chegou a passar alguns dias na UTI coronariana.

Num dos momentos em que ficou sozinho com a esposa, a ex-Prefeita Lea , Zenobio pediu para ver televisão.

Na hora, passava um telejornal local que informava o estado crítico do Deputado tucano e especulava sobre um possível infarto.

Surpreso, Zenóbio ficou branco:

"Oxente e eu tó tão mal assim?"

NO LUGAR ERRADO

O Senador do MDB catarinense, Evilásio Vieira resolveu fazer solitário um comício numa pequena cidade de colonização alemã, onde não conhecia ninguém.

Após o seu discurso, de crítica à ditadura, um velhinho, o padre local, pediu a palavra.

Ele adorou. Mas o padre não estava ali para apoiar a sua ladainha:

- Tudo isso serr mentira. Goverrno fazerrr Mobrral Trransamazónico, oposiçon non fazerr nada. Só falarr. Todos deverr irr dorrmirr.

A pequena multidão, obediente, foi embora.

Evilásio também!...

terça-feira, 2 de outubro de 2007

O VENDEDOR DE ASPIRADOR

Uma dona de casa do interior de Minas Gerais, no Brasil, ficou injuriada com um vendedor, que invadiu a sua casa e jogou esterco de cavalo no seu tapete da sala.

- O senhor está doido!...

O vendedor:

- Estou vendendo este aspirdor de pó, e se eu não conseguir limpar todo o seu tapete como ele, eu prometo comer tudinho!...

A mulher, voltando á cozinha:

- Pois, vou pegar uma cachacinha pra abrir o apetite, sal e pimenta, porque aqui não tem energia elétrica, não...

SONHO COMPARTILHADO

Candidato a Senador em 1986, Mauro Benevidez, estava num palanque na praça dos Franciscanos, em Juazeiro do Norte (CE), quando o candidato a Deputado Estadual Marcus Fernandes contou a lorota em forma de sonho:

- Sonhei que Padre Cicero Romão Batista baixava num monte nuvens diante de mim e, com aquela voz tronitoante, que só os Santos possuem, apontou pra mim e disse:

"Marquinhos tu és um dos meus"

Mauro Benevides catocou o orador por trás e implorou, ao pé do ouvido:

- Marquinhos, por favor, me bota nesse sonho!...

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

AH, VIDA DIFÍCIL!

A jornalista Gisa Veiga conta que durante algum tempo a sua mãe teve uma empregada muito curiosa e permanentemente atenta aos termos sofisticados que se usava nas conversas da casa.

Certo dia, a mãe de Gisa, desculpando-se ao telefone por não poder atender ao convite de uma amiga, saiu-se com esta:

- Ah, minha filha, posso ir ai nada. Você não sabe, mas a minha vida é muito cronometrada.

Ouvindo aquilo, a empregada achou bonito e na primeira oportunidade desculpou-se também para uma amiga sua:

- Ah, minha filha, eu não posso, não. Minha vida é muito quilometrada. Só você vendo!

O MANUAL DO IPEP

Esta situação ocorreu no Jornal A União, na época do Governador Ivan Bichara, periodo em que Manuel Fernandes Sobrinho ocupou a presidencia do Instituto de Previdencia da Paraiba, Ipep.

Para orientar o segurado do instituto, Manuel Fernandes mandou fazer um manual com todas as informações aos servidores públicos.

A União noticiou a distribuição desses manuais com a seguinte manchete:

- Saiu o manuel do Ipip.

Na verdade, Fernandes só deixou o cargo no fim do governo Bichara.

A CARTEIRA DA API

Antigamente, quando a Associação Paraibana de Imprensa fazia as suas concorridas eleições, muita gente, sem direito de voto, ia até lá acompanhar o pleito.

Foi numa dessas eleições que o jornalista António Vicente (alias, um campeão de votos na entidade) deu uma boa resposta a um Advogado que, não satisfeito com a sua carteira da OAB, pretendia conseguir uma da API.

E muito discretamente abordou Toinho sobre o assunto:


- Toinho, tu tens condições de arranjar uma carteira da API pra mim?

O jornalista garantiu que podia, sim, conseguir uma carteira da entidade, mas impôs uma condição:

- Eu arrumo uma da API pra tu e tu arruma uma da OAB pra mim.

O sujeito não gostou da insinuação, mas insistiu:

- E não tem outro geito?

Toinho disse:

- Tem. Tu faz vestibular pra Comunicação, passa cinco anos na universidade, tira o diploma, registra na DRT e vem aqui com dois retratos três por quatro. Aí pronto, num instante tu consegue uma. Alguns anos mais tarde!...

O COCO 33

Sendo um orgão de governo, A União sempre troca de diretores.

Basta assumir um novo Governador para que as mudanças ocorram no jornal.

Certa vez, foi indicado para a direção administrativa da empresa um desses técnicos que gosta de mostrar serviço e acha que a melhor forma de fazer isso é baixar portarias e resoluções.

Desconfiando de tudo e todos.

No pátio interno de A União, havia muitos coqueiros.

O tal diretor, zeloso pelo patrimônio público, descobriu que os funcionários roubavam os cocos e não contou conversa.

Determinou que cada um deles fosse numerado. O que facilitaria a fiscalização, que muitas vezes ele fazia pessoalmente.

Na manhã de uma segunda-feira, ainda com cara de ressaca, Pilunga, o eterno chefe de serviços do jornal, entrou no gabinete do diretor e foi logo avisando:

- Doutor, eu não tenho nada a ver com isso, mas quero lhe informar que o coco 33 desapareceu.

Por pouco o diretor, cujo nome a história não se ocupou em guardar, não instala uma comissão de sindicância para apurar o desaparecimento de tão valioso bem próprio público.

PARECIDO COM O PADRE

Um funcionário do cerimonial do Palácio da Redenção, Albeny foi recepcionar o então Deputado federal Ernani Sátyro no Aeroporto Castro Pinto, com a incumbência de leva-lo até ao gabinete do Governador que estava à sua espera.

O "padre", é preciso explicar, quando morava em Patos, costumava fazer duras críticas a Ernani, em programa de rádio.

O Deputado ficou sabendo e não gostou nada do que lhe disseram.

No Aeroporto, assim que Ernani desceu do avião, o funcionário do Palacio se apresentou:

- Bom dia, Dr. Ernani. Sou Alberni Galdino, ás suas ordens.

O ex-Governador olhou de cima a baixo e com voz tonitroante comentou:

- Amigo velho, você se parece muito com um padre safado que tem lá em Patos e vive esculhambando comigo.

Alberny, escolado como sempre, limitou-se a concordar:

- É verdade, Deputado, muita gente acha.

SALVO PELO AURÉLIO

Embora tenham como ferramenta de trabalho a palavra, os jornalistas nem sempre estão familiarizados com os estranhos vocábulos da língua portuguesa.

Exemplo disso ocorreu com o hoje bem falante Josinato Gomes, que em início de carreira, adentrava todo ancho na Redação da Secretaria de Comunicação.

Sempre irônico, o jornalista Paulo Santos fez, lá do fim da sala, em voz alta, o seguinte cumprimento:

- Josinato, você é um bucêfalo.

Vermelho feito um camarão, Josinato não deu resposta, passando a folhear a coleção de jornais. Quiz a providencia divina que na mesa também tivesse um grosso dicionário da língua pátria. Disfarçadamente Josinato consultou o Aurélio e só então, vinte minutos depois é que teve condições de devolver a Paulo o tratamento:

- Cavalo é você, Paulo.

E saiu de mansinho, antes que os animos se acirrassem.

O REDATOR - A - E - I - O - U

O jornalismo é muitas vezes apontado como a profissão da objetividade. Os textos têm que ser enxutos, sem adjetivação e diretos.

Foi com esses ensinamentos na cabeça que o Chefe de Reportagem de A União começou a conversar com o estudante secundarista que teimava em fazer teste para repórter.

- Você tem que dar a notícia sem conversar muito, seja objetivo e rápido.

- Mas sobre o quê eu vou escrever? - quis saber o principiante.

O chefe de reportagem mandou então que ele fosse para o centro da cidade observar o transito de João Pessoa.

- Ande pelas ruas, faça as suas anotações e depois venha pra cá e escreva o texto. Mas não esqueça: tem que ser uma matéria bem objetiva.

O rapaz saiu, percorreu todo o centro e duas horas depois voltou.

Sentou-se à máquina e bateu uma única frase:

- O trânsito em João Pessoa é inapto, enepto, iníquo, inóquo e inútil.

Ficou conhecido como o redator:

- a, e, i, o, u!

Mas poderia entrar para o Guiness:

Redigiu a mais curta nóticia do mundo. E uma das mais verdadeiras

A XEROX DO ANEL

No Governo João Agripino, resolveu-se que os redatores da Secretaria de Divulgaçãoe Turismo seriam colocados no Quadro Permanente do Estado.

Aquela era uma oportunidade de ouro para quem tivesse diploma de curso superior.

Seriam enquadrados com salários bem mais vantajosos.

O então Editor de A União, Marconi Altamirando, que dizia ter se formado em jornalismo em Minas Gerais, foi explicar a José Souto que havia perdido a cópia do diploma e não tinha como provar o título universitário.

Pediu uma sugestão sobre o que fazer.

Tamborilando na mesa, Souto olhou para o anelão que Marconi usava no dedo e tranquilizou o amigo:

- Tem nada não, Altamirando. Você tira uma xerox desse anel!

PALOCA E O PASTOR

Um belo dia, Paloca comentava com um frequentador do famoso Calçadão de Sousa:

- Rapaz, a igreja protestante de Santa Cruz tem um pastor que é ladrão. Pense num cara que rouba!

Um colega:

Você conhece o Pastor de Santa Cruz?

Paloca:

Nem conheço, nem quero.

O colega:

Paloca, o Pastor em questão é este que está ai atrás de você!

Paloca virou-se e encarou o Pastor. Tinha um metro e oitenta de altura e uns 95 kg. Paloca ficou branco:

- Taí Pastor, enorme prazer em conhecê-lo! Interessante, o senhor não tem cara de ladrão... E se escafedeu.

LEI DE PALANQUE

Candidato a Prefeito de Catolé do Rocha (PB) nos anos 60, Benedito Alves Fernandes, o Biu Fernandes, encerrou a campanha usando a famosa expressão do Direito:

- Dura Lex Sed Lex

A lei é dura, mas é a lei.

Como o povão não entendeu, Biu resolveu traduzir a frase:

Lutarei até morrer!

Hoje ele é Deputado Estadual pelo Democratas.

Biu pode não saber o significado da expressão em Latim, mas já deve ter aprendido que, para certos políticos, como diria Fernando Sabino, a expressão mais adequada é:

- "Dura lex sed latex", ou seja:

- A Lei é dura, mas estica...

HÉLIO COSTA VOTOU CONTRA

Durante a votação da medida provisoria que criava a Secretaria de Ações de Longo Prazo, a Sealopra, o ministro Hélio Costa (Comunicações) telefonou ao Senador Wellington Salgado (PMDB-MG), seu suplente, para pedir voto a favor do governo.

Era tarde para isso, mas o Ministro não sabia, nem deixou Salgado falar, pedindo seu voto.

Ainda ponderou, com ar grave:

- Lembre-se, seu voto é como se eu estivesse votando.

- Pois então saiba que você acabou de votar contra o governo - respondeu Salgado, para informar que a MP acabara de ser rejeitada.

O NÚMERO DO SAPATO

Paloca, Advogado muito conhecido em Sousa, decidiu trabalhar numa sapataria, após se desencantar com a advocacia.

Certo dia, chegou uma senhora bem vestida, ansiosa por encontrar um par de sapatos de sua predileção.

Paloca se adiantou para ajudar:

- Qual o número que a senhora calça?

A mulher pensou um pouco, meditou e balbuciou:

- Eu calço 38, 39...

Paloca não se conteve:

- Oxente, quer dizer que a senhora é aleijada, é?...