quarta-feira, 26 de março de 2008

COMPROMISSO SECULAR

Na decada de 60, Campina Grande comemorava o seu centenário de fundação e o prefeito Severino Cabral decidiu convidar os seus colegas de todo o Estado para a festa.
Mas, o prefeito Francisco Rolim, de Cajazeiras, apesar de muito amigo de Cabral, não pode comparecer.
Dias depois, os dois se encontraram em João Pessoa, durante uma solenidade.
Quando Cabral se queixou da ausência do colega na festa, Rolim respondeu:
- Mas, não se preocupe, prefeito. Na próxima festa do centenário, pode ter a certeza que eu estarei presente. Dou a minha palavra!

O MEDO DE BRIZOLA

Leonel Brizola encontrou Tancredo Neves em um evento político e se derramou em elogios, lembrando que ele fora o último ministro da Justiça de Getulio, indo ao seu encontro e falando em seu túmulo.
- Foi também primeiro-ministro de Jango, compareceu ao seu enterro e discursou junto ao túmulo. O senhor merece o meu apreço – completou.
Quando Brizola se despediu e foi embora, Tancredo brincou:
- Aquilo não é elogio, não. Ele está com medo que eu o enterre. E discurse.

A JOVEM SEDUZIDA

O juiz Hitler Cantalice presidia uma sessão, em que uma senhora denunciava que sua filha tinha sido seduzida por um perigosonamorado da área.
Durante seu depoimento, a jovem contou que estava grávida, e quilo causou comiseração do juiz:
- Mas, minha filha, onde você estava com a cabeça?
A jovem olhou para a mãe em prantos, depois se voltou para o juiz e apenas balbuciou:
- No pára-brisa do carro dele, doutor juiz...

ESCREVER A HISTORIA

“Escrever a história não é nem conhecer veridicamente, nem compreender o passado; é pô-lo em ordem“

Charles-Olivier Carbonell, Historiógrafo

segunda-feira, 24 de março de 2008

SABEDORIA DO BANQUEIRO

Esta situação é real, embora possa ser aproveitada com sugestão para livro de auto-ajuda, igual a muitos outros que estão hoje em voga, objeto de best-sellers, aqui ou no exterior. Só que ao tempo em que se passou, ainda não existiam os livros de orientação pessoal com essa rotulação. Numa retrospectiva histórica, ocorreria um ligeira correlação entre o conteúdo desta história com textos de “Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas”, de Dale Carnegie, ou “Moços de Caráter”, este, livro de leitura obrigatória nos seminários, há 60 anos.
Não tenho nada contra os livros de Auto-Ajuda, nem estaria negando a essa modalidade literária influência ou poder real de transformar o comportamento das pessoas, melhorando o seu relacionamento humano e o seu estilo de vida. Longe de mim tal pretensão. É que, no mínimo, esta história do banqueiro, do carro e do prego contém uma lição de vida.
Um professor de contabilidade de Campina Grande, na Paraíba, Brasil, de origem humilde, chamado Augusto dos Santos, apaixonou-se de tal forma pelos números que se tornou um banqueiro, graças a muito trabalho e devotamento às aplicações financeiras e ás regras do mercado de capital. A partir de então não dispensava um carro novo, o que, na época, tinha que ser importando dada a limitação da industria automobilística.
O seu prazer diário, antes de se dedicar ao trabalho de banqueiro, era estacionar o carro novo em frente do Banco e mostrar os seus sofisticados detalhes aos amigos, que via de regra, não competiam com ele nesse seu “hobby” predileto. Aos admiradores cabia elogiar tão somente o seu bom gosto e apurado requinte.
Um dia, porém, o carro do banqueiro estacionou no lugar do costume com um arranhão de ponta a ponta, produzido por um prego de enorme tamanho, com profundos estragos na pintura metálica do Falcon importado, novo, comprometendo toda a aparência do veículo.
Nesse dia, as lamentações foram gerais, com exceção do banqueiro, que, ao ouvir as imprecações de condenação a tal gesto de selvageria, muitos cobrando punições severas, apenas se limitou a dizer:
“Não. Não houve nada. Não vou tomar nenhuma providencia, visando à punição do malfeitor. Vou continuar ignorando a sua existência e sua maldade. Vai-me ser fácil comprar outro carro melhor e mais novo do que este. Enquanto eu posso ficar com este e adquirir o outro carro mais novo, ele, o malfeitor, jamais deixará de ser, na vida, um mero usuário de pregos. Não passará disso”.
Nada mais disse, nem lhe foi perguntado. Indiferente, entrou no Banco e assumiu os riscos da sua lucrativa atividade, esquecendo-se dos riscos do carro.

‘Evaldo Gonçalves’

DESAFIÁ-LO É UM PERIGO

Itamar Franco disputou pelo MDB, em 1974, contra José Augusto de Castro, da Arena. O horário gratuito era ao vivo e Castro vivia desafiando Itamar para debater, mostrando uma cadeira vazia.
- Não fuja, Itamar – provocava.
Um dia, quando o locutor da Arena repetia o desafio, Itamar invadiu o estúdio e se sentou na cadeira:
- Vim para o debate.
Pânico geral. Castro viu tudo pela TV e foi correndo para o debate, que, é claro, virou bate-boca.
O Tribunal Regional Eleitoral tirou o programa do ar, enquanto – reza a lenda – Castro corria atrás de Itamar, cabo de vassoura em punho.

JÂNIO E A TORTA

Como todo o político em campanha, o estômago de Jânio Quadros tudo aceitava sem direito a queixas e ele se derramava em elogios, às vezes imerecidos.
Foi o caso da torta de odor suspeito oferecida pela mulher de um perfeito, no interior de São Paulo.
Ele mentiu:
- Que delicia! Seria ótimo outro bocado para a viagem de amanhã!
Ao amanhecer, quando se preparava para partir, recebeu da orgulhosa senhora uma nova torta.
Jânio agradeceu, comovido, até enxugou uma lágrima inexistente. Mas a atirou no lixo, tão logo dobrou a esquina.

A PECADORA VAI SE CONFESSAR

Aquela vistosa mulher vai se confessar com o Padre Lourenço, que estranha:
- Faz um tempo que a senhora não se confessa...
A mulher:
- É padre, eu tenho freqüentado outra paróquia...
O padre:
- Está certo. Me conte os seus pecados.
Ela:
- Cometi muitos pecados. Eu menti, fui vaidosa, ambiciosa, cheguei até a trair o meu marido, padre!
O padre:
- Mas com quem filha?
Ela:
- Com o padre da outra paróquia... O senhor me concede o perdão?
O padre:
- Reze cem pai nosso. Mas, não se esqueça, antes de pecar. Nessa paróquia, o padre sou eu...

A MENINA E AS CABRAS

Padre Levi saía do seu programa de rádio, quando viu na rua uma menina de uns dez anos, arrastando dez cabras, com muito esforço.
Ele:
- Minha filha, o que você está fazendo?
A menina controlando os animais:
- Estou levando as cabras para cruzar com o bode de Julião.
Padre Levi:
- Mas minha filha, o malvado do seu pai ou; os seus irmãos não poderiam fazer isto, não?
A menina:
- Que é isso, padre? Tem que ser um bode mesmo...

DOENTES DE PREGUIÇA

Na Seleção brasileira de futebol, os últimos tempos tem sido de muita presença de fadiga...
Ronaldinho alega dores musculares, Kaká dores na coxa, Robinho no abdome...
O Ministério da Saúde adverte desde já:
- Jogar na Seleção faz mal...

PÂNICO NO AR

O piloto grita para a torre de controle em Brasília:
- Atenção, Brasília, precisamos de ajuda!
O controlador:
- E qual é o problema, comandante?
O piloto:
- Motor esquerdo com avarias, motor direito parado, cauda em chamas, aeronave perdendo altura rapidamente... Aguardo instruções.
O controlador pigarreia e manda as suas instruções:
- Torre de controle de Brasília falando. Repita comigo:
Pai nosso que estais no céu...

PROMESSAS, PROMESSAS

Em campanha para a prefeitura de Campina Grande (PB), Severino Cabral, pai do ex-senador e embaixador Milton Cabral, muito intuitivo, tinha uma equipe para fazer os seus discursos e auxiliá-lo ao pé-de-ouvido nos palanques.
Num comício, ele desandou a fazer promessas, ate anunciou que, eleito, levaria para a cidade um grande empreendimento.
Ao ouvido, baixinho, o ex-deputado Raimundo Asfora orientou:
- ... em convenio com o Sudene.
E ele repassou para a multidão o que havia entendido:
- ... e vou construir também um convento para a Sudene!

ACHO QUE DEVEMOS GASTAR A VIDA

Não existe um significado ordinário para a vida,mesmo assim, arrisco uma concepção meramente poética: a vida é uma janela aberta pelo tempo, á vontade da natureza.
Para alguns, principalmente, aqueles que não compreendem o fato da existência humana ser uma dádiva, o fôlego é escasso; e, este, logo se extingue. Outros, no entanto, preservam as instruções e conseguem viver longamente sem excessos; felizes, por assim dizer. Então, o segredo da longevidade está na dosagem correta do elixir?
Acompanhamento espiritual; um pouco de divertimento e ar fresco; amar até onde der para amar; fazer sexo seguro e não inventar certas posições acrobáticas; tomar água quase sempre; comer pouco sal; usar um Lorax para ajudar a dormir; e nada de TV ou filmes que nos façam chorar. Da forma como eu estou colocando deixa a impressão de que a receita da vida está numa bula, dessas de remédio. É! Quem sabe? Acho que devemos gastar a vida. Mas bem melhor é fazer isso a conta gotas.
Dizem que a infância é a pior das fases. Quando jovens, simplesmente, passamos pela vida, igual a um carrossel de cavalinhos, e damos voltas ao redor de nós mesmos, e de repente, tornamo-nos homens. O que criamos na infância? Castelos de areia. Ou será este o segredo: a inocência da idade?
As coisas não acontecem na infância; elas terminam na infância. Nada germina ali... Mas, os sonhos não são como sementes? No máximo há um período de transição, contudo que pode também nem existir. A infância é a fase das poucas definições. A infância é quase o vazio. Isso por que na infância tudo nos conduz a uma formação. Diz-nos quem somos. E ás vezes nem queríamos ser o que nos tornamos.
A infância só nos deixa boas lembranças; até as feridas somem, com o tempo. Os nossos pais parecem que aproveitam mais a nossa infância que nós mesmos. E isso pode ser também uma resposta. Por causa disso, acredito que somos, apenas, meio e não me atrevo a essa parte.
A velhice é a mais serena das idades. É quando já enxergamos tudo. É quando estamos nos desprendendo da vida. Na velhice, aceitamos a idéia do descanso, não como um passamento, mas como um último experimento, o que nos faltava para ser completo, sabe se lá? É um grande triunfo conseguir beirar os setenta na lucidez dos anos, quando o corpo ainda nos deu sinais de decrepitação; não reclamou de inchaços; nem apontou algum riscado que nos remetesse às doenças psíquicas, pois é irremediável a idéia do esquecimento.
O velho é sábio. E, por isso, reaprende a viver. Não conserva os hábitos e prazeres de antigamente, uma vez que não são mais importantes. A velhice é uma graça! Cada ruga que sulca a pele é uma cicatriz de verdade. E dor surge de crescimento. Altivo, o espírito; combalida, a carne. Ambos formam um composto de conhecimento com honradez.
Ser velho é patrimônio. É ser um fiel depositário dos anos. Uma testemunha do que fora o próprio homem. É ser pele escamosa, flácida, pútrida. O velho é quem sabe ser a resposta a todas as perguntas. Quando vai á sepultura descontente, porquanto teve os seus dias na construção da sua própria biografia, é um tolo; um ancião apenas que morre por que assim está escrito.
Porém, se à cova desce um corpo, exaurido, por ter valorizado os seus dias; e, que, antes de se entregar à morte, fez questão de beijá-la, como que agradecendo por seu último suspiro... ali está um homem bem-aventurado, pois sabia que não havia mais o que fazer aqui. Viver é experimentar de tudo, inclusive da morte.
O que não se admite é um obituário antecipado no supérfluo. O zelo exacerbado é a ilusão do diabo. E o diabo é o que não conseguimos alcançar. Rasgo o minuto para expor um testemunho comum: a vida passa; e que bom que passa...
A barriga está mexendo no ventre da mãe. E pulsa; e pulsa; e pulsa; e, expulsa. E o coraçãozinho acelera o ritmo; frenético; alucinante. É a ansiedade. É a dor do parto. E o parto; e o parto; e o parto; e Eu parto sem vontade de ficar. E é na dor onde guardarei todas as saudades; e que só serão apartadas na hora da hora. A janela da vida fica entreaberta e ás vezes também fecha e revela o mistério do ciclo da vida.
No tumulo, uma flor de mato e uma borboleta solitária; havia um corpo, mas nem se fez questão dele. Uma alma agora vaga na espera do lugar onde as flores nunca murcham; onde os velhos serão sempre crianças e onde o tempo será apenas o tempo.

‘Misael Nóbrega de Sousa’

A MULHER...

A mulher infiel tem remorços; a mulher fiel tem lágrimas.

O AMAOR FAZ...

O amor mata os homens e faz viver as mulheres.

VOLUME DE AMOR

O amor é um volume Numa palavra, um oceano Numa lagrima, um milênio num instante.

DESPERTAI

Despertai o homem do sono das palavras e levai-o à contemplação das coisas, mostrando o caminho a quem queira contemplar.

‘Plotino, filósofo neoplatônico’

OUSAR

Apenas aqueles que ousam ir longe demais podem descobrir o quão longe podem ir.

‘Elliot’

DOMINICAL

No domingo a gente ressuscita. Na segunda morre outra vez.

ERRANDO

Os outros estão sempre errados sobre assuntos em temos certezas.

PESANDO

Comida a peso é bom porque você escolhe quantos quilos quer engordar.

DOMINGO É DIA DE FILOSOFAR

Domingo é dia de filosofar. Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.

‘Poetisa Cora Carolina’

quinta-feira, 20 de março de 2008

ESTRANHO CONTATO

Era a primeira vez que Leonel Brizola visitava o Congresso após o exílio, quando alguém se aproximou com os braços abertos:
- Que honra encontrá-lo, governador!
- Sinceramente – respondeu Brizola – não sei se o senhor é quem eu estou pensando, por isso não quero dizer um nome que o ofenda...
O homem fingiu não ouvir aquilo e disse que São Paulo está às ordens de Brizola. Era Paulo Maluf, que foi embora cabisbaixo, por não ter sido reconhecido. Brizola se virou para Pedro Simon e Paulo Brossard:
- Barbaridade, quem é esse cara de pau, tchê?

CANDIDATO METIDO A FALANTE

O deputado Soares Madruga parou em Itaporanga, no restaurante Morumbi, para tomar uma cerveja, e refrescar sob um sol abrsador de verão.
Foi quando chegou um rapaz, pedindo um emprego. Madruga olhou pro jovem, e perguntou o que ele sabia fazer.
Ele:
- Sou doutor em tudo.
E, enquanto Madruga respirava, ele puxou assunto, querendo falar difícil pra impressionar:
- Deputado, mas que calor tão agradável, um banho agora seria horrível...

O PAPA DEFUNTO

O deputado estadual paraibano João Gonçalves (PSDB) tem fama de fazer política freqüentando velórios.
A crônica política local informa que ele acompanha autopsias, ajuda a vestir; defuntos e raramente perde um enterro. Se não conseguir ir a um velório, morre de desapontamento.
O presidente da Assembléia Legislativa da Paraíba, Artur Cunha Lima, também tucano, recentemente acompanhava um velório, quando de repente percebe a chegada de João Gonçalves.
Foi logo avisando:
- Vá embora, João, porque este defunto é meu...

NASCER

Quando a esquerda começa a contar dinheiro, converte-se em direta.

‘Carlito Maia’

NASCER

“Quem nasce de cesariana vai sofrer a vida inteira. Ele não nasce. É arrancado. Não completa o ciclo natural.”

Tomio Kikuchi

GRIPE AVIARIA

“A gripe aviária vai chegar aqui ao Brasil.
O problema é que no Brasil tudo chega atrasado.”

Tomio Kikuchi

SEXTA - FEIRA

“A sexta-feira é o ápice da intranqüilidade. E o celular é a multiplicação da intranqüilidade.”

Tomio Kikuchi

SEMENTE É...

“Semente é esperança, fertilidade. O que temos que fazer é deixar uma semente espiritual e não material.”

Tomio Kikuchi

O AMERICANO PABULOSO

Um dia chegou um americano em Patos, para realizar prospecçao de minerais. E apesar de falar o português, ele irritava a todos com sua pabulagem.
Sempre que alguém elogiava algo do Sertão, ele dizia nos “Estados Unidos é muito melhor...”:
- Lá tem um cânion tão grande que, se alguém gritar dois, ele repete dois, dois... 46 vezes!
Foi quando Benedito de Castro saltou de lado:
- Mas, é um cânion burro. Aqui, na região, tem uma gruta que se alguém gritar dois, dois... o eco faz quaaaatro!

A TRANSFERENCIA DO COVEIRO

O deputado Álvaro Gaudêncio fazia um entusiasmado discurso em favor do governador Oswaldo Trigueiro, e foi aparteado pelo colega Djalma Leite, de oposição, que trabalhara como médico em Piancó:
- O senhor defende o governador, mas não explica por que ele continua me perseguindo em Piancó...
Álvaro:
- Vossa excelência pode explicar que perseguição é essa?
Djalma:
- Ele mandou transferir o coveiro de Piancó, só porque é meu correligionário.
Álvaro:
- Não foi perseguição. É porque, desde que vossa excelência deixou de clinicar em Piancó, não morreu mais ninguém por lá...

REAÇÃO IMEDIATA

Há poucos dias, o jornalista Otacílio Trajano entrava na Câmara, quando, distraidamente, puxou um cigarro da carteira.
Um vigilante de uns dois metros o encarou com severidade:
- O senhor por acaso não sabe que é proibido fumar na Câmara?
Vendo o tamanho da encrenca, Trajano só murmurou:
- Eu sei que fumar é proibido. Mas, só cheirar pode?
E ficou a cheirar o cigarro...

NATUREZA ENSINA

“A natureza ensina inesgotavelmente e tenho muito a aprender. Ela sempre nos responde com um exemplo a seguir.”

Tomio Kikuchi

URSO BURRO

“Um urso burro simpático é melhor do que um delinqüente antipático. Sou um burro simpático. Tenho muito a aprender.”

Tomio Kikuchi

VIRUS É...

“Um vírus é algo microscópico e tem um poder arrasador”.

Tomio Kikuchi

CASAMENTO É...

“Casamento é enganamento. Um relacionamento deve ser algo mútuo e não unilateral. Diálogo deve ser o foco de toda relação.”

Tomio Kikuchi

A EDUCAÇAO É...

“A educação é quem fortalece a personalidade”.

Tomio Kikuchi

ELE ESCAPOU POR POUCO

Ao visitar o Brasil em 1990, o ditador cubano Fidel Castro fez questão de ir à casa de Lula, em São Bernardo do Campo (SP).
Quando saía, o presidente da CUT, Jair Meneguelli, sempre atrasado, tentou juntar-se ao comboio de automóveis da comitiva, super-protegida por seguranças e a Policia Militar.
Ele fez uma manobra brusca e um segurança gritou para os PM’s:
- Atirem! Atirem!
Por sorte, os soldados ignoraram a ordem, mas deram uma fechada no Gol do sindicalista.
Mais tarde, quando finalmente cumprimentou Fidel, trazia um ferimento na boca, fruto da batida numa viatura da policia.

LÓGICA POLÍTICA MINEIRA

O regime militar dava sinais de fraqueza e a oposição se organizava. Em Minas, Tancredo Neves e Magalhães Pinto se uniam para criar o moderadissimo Partido Popular.
Estavam juntos mas queriam a mesma coisa: o governo mineiro.
Um jornalista interpelou Magalhães:
- Tancredo Neves é candidato ao governo de Minas?
- Bom, ele me disse lá em casa que não é não... respondeu para depois concluir:
- Isso quer dizer que ele é...

CONFUSO HORÁRIO

Copa do Mundo de 2002, no Japão. No bar Triangulo das Bermudas, em Vitória, lotado de torcedores, entra o vereador António Pelaes (PMDB-ES).
Senta-se, pede um chope, e diante das imagens da multidão assistindo ao Itália – México, sentencia:
- Dizem que o brasileiro é que gosta de futebol. Quem gosta de futebol é japonês. São duas da manhã e olha como eles torcem!

PELA BOCA...

“Tudo de bom e ruim que acontece conosco começa e passa pela boca. Até a política. Se vamos ter um bom ou mau governo, nossa escolha acontece na boca-de-urna.

Tomio Kikuchi

AÇUCAR E ALCOOL

“O açúcar e o álcool, por exemplo, são os maiores inimigos da saúde humana. A diabetes será a maior doença do século XXI.”

Tomio Kikuchi

TA,ANHO E POTENCIA

“Tamanho não é potência. O pequeno é que tem mais força. O problema não está na forma, nem tamanho”.

Tomio Kikuchi

FE CEGA...

“A fé cega é perigosa. Religião não é entender. É acreditar.”

Tomio Kikuchi

FAZER O BEM...

Não cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvemos desfalecido.

‘Gelatas’

segunda-feira, 17 de março de 2008

O POVO NAO PERDOA

Em 1986, Miguel Arraes voltaria ao governo de Pernambuco derrotando um jovem político, José Múcio Monteiro. Arraes vivia pedindo votos para duas malas sem alça:
O malufista António Farias e o ex-padre Mansueto de Lavor, candidato ao Senado.
O adversário Roberto Magalhães, ex-governador, bem que ajudava Arraes. Em Quipapá, a mulher do prefeito, dono dos votos da região, recebeu feliz o ex-governador:
- Dr. Roberto, passei a noite preparando uma buchada para o senhor!
- Pois fez muito mal, minha senhora. Não como isso. A senhora espere o Dr. Arraes passar aqui com a sua corja de comunistas e ofereça para eles.
Arres, Farias e Mansueto venceram em Quipapá. E em todo Estado!

FIDELIDADE DE CRISTÃO NOVO

A fidelidade do ex-deputado Gilvan Freire ao prefeito de João Pessoa, na Paraíba, Ricardo Coutinho é de causar ciúme a antigos aliados do prefeito, como Edvaldo Rosas, o presidente municipal do PSB ou a vereadora Paula Frassinete, sua fidelíssima escudeira.
Há poucos dias, um jornalista se dirigiu a Gilvan e indagou:
- Qual será o melhor vice para o prefeito Ricardo Coutinho?
Gilvan nem hesitou:
- O escolhido por ele.

A GRAVATA E O CABELEIREIRO

Certo dia no Senado Esperdião Amim (Santa Catrina) e Cid Saboia (Ceara) discutiam a cor da gravata do peemedebista cearense.
O careca catarinense ironizou, sugerindo que o colega exportasse a gravata para a Espanha:
- Suas cores fortes substituiriam com sucesso a capa vermelha usada pelos toureiros.
Sabóia matou a pau:
- Gostaria que você me informasse o endereço do seu cabeleireiro. Um dia eu posso precisar...

MISTERIO MINEIRO

Em Minas, chamavam o senador e ex-governador Magalhães Pinto de “Dr. Magalhães”, mas ninguém sabia informar ao certo por que ele fazia jus ao título.
Afinal, ele era formado em que?
Um jornalista gozador resolveu tirar a dúvida com um dos principais adversários dele, Tancredo Neves, logo ele. Dr. Tancredo apertou os olhinhos e disparou:
- Não sei em que ele é formado, mas posso garantir uma coisa: nunca conheci um colega de turma de Magalhães Pinto...

AS CORES DA DISPUTA

Na campanha acirrada entre Cássio Cunha Lima e José Maranhão, as cores amarela (dos cassistas) e vermelha (maranhistas) dividiram a Paraiba.
Em Campina, uma senhora, cassista, foi avisada da visita da mãe do governador em sua casa e saiu apressada para comprar um novo sofá pra receber a distinta personagem.
Mas, após percorrer todas as lojas de moveis, só encontrou um sofá... vermelho.
Sem saída, comprou aquele mesmo. Quando o caminhão descarregava o sofá em sua casa, uma vizinha não se conteve:
- Engraçado esse povo trabalha para os Cunha Lima, mas quem dá o sofá é Maranhão!...

O ROSTO DO FUTURO

José Sarney foi a sua cidade natal, Pinheiro (MA), para comemorar o seu 50º aniversário.
Na praça principal, uma bandeira cobria a obra de arte que o homenagearia.
Rufaram os tambores, o locutor anunciou e finalmente a bandeira foi retirada, descobrindo o busto do senador-poeta.
O aniversariante ficou desapontado: os olhos arregalados denunciavam o susto diante da expressão envelhecida que o artista atribuiu ao seu rosto de bronze.
Refeito, ele sorriu e brincou, vingando-se do escultor:
- Não tem problema. O busto já está pronto para a comemoração do meu centenário...

UMA NOITE DE RECORDES

A solenidade era ecumênica, noite de terça, na FIEP, pró lançamento do filme “Paraíba, Meu Amor”, com a presença de várias personalidades, inclusive do exterior.
Então, eis que a organização convocou o prefeito Veneziano pra falar.
Ele foi até rápido, e até se dirigiu ao governador Cássio, como Vossa Excelência.
Lá pelas tantas, já tarde, Cássio foi chamado pra falar.
E, visivelmente contrariado, ele foi rápido. Disse que:
- Era o “lançamento de filme mais longo do mundo”. E fim.
Até Dominguinhos, que falou, depois, ficou sem entender e declamou:
- O governador acaba de fazer o menor discurso do mundo...

BANANAS INTOLERANTES

Em 1968, corria o boato de que a ditadura ia endurecer. Presidia a Câmara o deputado mineiro José Bonifácio Lafayette de Andrada, o Zezinho Bonifácio, que anunciou:
- O Congresso permaneceria “em recesso por tempo ilimitado”.
A oposição se revoltou com a falta de empenho dele para evitar aquele ato de força.
No meio da confusão, o também mineiro Celso Passos (MDB) protesta ao microfone:
- Seja mais Andrada e menos Zezinho, nobre deputado!
Zezinho se levantou, fechou a mão, levantou o braço bruscamente e deu diversas bananas em direção ao adversário. E foi embora.

JEANS

Um amigo até ao fim.

‘Anuncio de jeans surrado’

JANTAR...

Não servimos almoço. Levamos o dia inteiro para preparar o seu jantar.

‘Anuncio de um restaurante’

DOAÇÃO

Faça uma doação de horizontes.

‘Anuncio de um Banco de Olhos’

O PRINCIPIO E O FIM

É muito difícil definir onde começa a vida, talvez seja mais fácil definir onde ela termina. E isso nós já decidimos.

‘Professor Luis F. Marques’

O FUTURO

Para os fracos, o futuro é o inatingível, para os temerosos, o desconhecido, para os valentes, a oportunidade.

‘Victor Hugo’

MEDOS

O medo já estragou muitas reputações, mas salvou muitas vidas.

DOAÇÃO

Esmolas nao compram vagas no ceu!

ORTOGRAFIA

A ortografia também é gente

‘Fernando Pessoa’

quarta-feira, 12 de março de 2008

INAUGURAÇÃO SOLENE

Tancredo Neves era favorito par o Senado, em Minas, quando o folclórico Zezinho Bonifácio anunciou que, no caso de vitória, ele trocaria a oposição pelo PDS, de apoio ao regime militar.
Tancredo ficou furioso, quis chamar Zezinho de gagá, mas se conteve. Ficou com aquilo remoendo. Dias depois, chamou um assessor:
- Aqui. Mande isso para a imprensa:
- Essa declaração é pura protérvia do deputado José Bonifácio, e certamente decorreu de sua senectude.
- Mas, Dr. Tancredo, ninguém vai entender isso...
Ponderou o assessor.
- Eu sei, eu sei. Mas vou ter a alegria de obrigar o Zezinho a inaugurar o dicionário, par saber se me xinga ou agradece.

MAJOR NA CÂMARA

O vereador Reinaldo Guedes recebia, anualmente, fardas descartadas pelo Exercito para distribuir pelos pobres.
Naquele dia, ele pegou uma farda bem conservada de um major, mandou a sua filha vestir e ir pra Câmara.
Quando se iniciou a sessão, ele espalhou que tinha um major nas galerias.
Diligente, seu colega Lindaci Medeiros interrompeu a sessão, para conduzir “o militar” até a Mesa e ainda fez uma saudação.
Só quando a sessão encerrou, Erinaldo revelou a farsa. Lindaci se revoltou:
- Pior é que ainda bati até continência...

SEM DESPERDIÇAR BALAS

A política sempre produziu malucos. O ex-governador de Alagoas Silvestre Péricles, certa vez, recebia uma comissão que pretendia a criação de uma Faculdade de Filosofia quando resolveu puxar conversa com um dos presentes, padre Teófanes de Barros, educador emérito:
- Veja padre, que blasfêmia: meus inimigos espalham por ai que eu coloco os retratos deles no quintal do Palácio e fico treinando tiro ao alvo.
- Que calunia, governador – concordou o padre, homem gentil.
- Que besteira! Se fosse para atirar eu não ia ficar gastando munição em retratos. No dia que resolver, saio é atirando na bunda deles!

ABORDAGEM DO PEDIDOR PROFISSIONAL

Um daqueles profissionais do peditório na Assembléia se dirigiu ao deputado Raniery Paulino:
- Deputado... deputado...como é mesmo seu nome?
O deputado:
- Sou Raniery Paulino
O pedidor:
- Ah, deputado, é mesmo. Como vai sua terra, Solânea?
Raniery, com paciência:
- Não meu amigo, eu sou de Guarabira...
O pedidor:
- Ah, é mesmo, e seu pai... é... como é?
Paulino:
- Meu pai é Roberto...
O pedidor:
- Ah, é isto mesmo, eu conheço, é Roberto Cavalcanti...
Raniery desistiu e bateu em retirada.

DESEJO DE SER VEREADOR

Uma noite, Dona Zefinha, mãe do deputado Edivaldo Mota, foi procurada por um dos rendeiros da sua fazenda para um particular.
E ele foi direto ao assunto:
- Dona Zefinha, venho lhe comunicar que vou ser candidato a vereador.
Ela, surpresa:
- É mesmo, Chico? E por qual partido?
Ele:
- Por qualquer um que a senhora indicar.
Então, Dada, irmão de Edivaldo, que presenciava a conversa, não se conteve:
- E o que é que você vai fazer como vereador, Chico?
Ele:
- Vou fazer o mesmo que Edivaldo: beber cana e conversar besteira!

PEDIDO DE BEDUM

Lutero Vargas, filho de Getulio, aceitou um convite para passar uns dias em Fortaleza.
O anfitrião, Renato Solden, era boêmio conhecido na cidade e amigo sincero do visitante.
Num banquete oferecido por Menezes Pimentel ao filho do ditador, Lutero resolveu brincar com Renato:
- Faça um pedido que eu dou um jeito de ele ser atendido.
Com a língua enrolada pela bebida farta, Solden levantou-se, solene:
- Amigo Lutero, quero mesmo pedir uma coisa...
- Pois não. É só falar que eu atendo.
- Quero ser nomeado Bispo auxiliar desta zona...

MÃO NO DESPERDICIO

Espremidos no banco de trás do carro oficial, Tancredo Neves e mais três parlamentares jogavam conversa fora.
Falavam sobre a importância do sexo na vida do homem. Um deles não se sentia à vontade com o assunto – uma deputada correligionária do então governador de Minas, conhecida pelo tamanho do sapato que usava.
O papo prosseguiu e a moça só ouvia os comentários libidinosos dos políticos.
Percebendo que ela não estava mesmo á vontade, Tancredo colocou a mão delicadamente sobre as suas pernas e disse, como um lamento:
- Ah, menina... já pensou se eu pudesse e se você gostasse?

BANANAS INTOLERANTES

Em 1968, corria o boato de que a ditadura ia endurecer. Presidia a Câmara o deputado mineiro José Bonifácio Lafayette de Andrada, o Zezinho Bonifácio, que anunciou:
- O Congresso permaneceria “em recesso por tempo ilimitado”.
A oposição se revoltou com a falta de empenho dele para evitar aquele ato de força.
No meio da confusão, o também mineiro Celso Passos (MDB) protesta ao microfone:
- Seja mais Andrada e menos Zezinho, nobre deputado!
Zezinho se levantou, fechou a mão, levantou o braço bruscamente e deu diversas bananas em direção ao adversário. E foi embora.

CORRELIGIONÁRIO MEIO SABIDO

Um correligionário foi à Assembléia pedir ajuda ao deputado Edivaldo Mota para emplacar o seu carro de aluguer:
- É aquele carro que eu uso para carregar seus eleitores, deputado.
Edivaldo, meio espantado:
- Eu sei, Sebastião. Mas no mês passado eu não dei dinheiro, exatamente para você emplacar esse carro?
O correligionário:
- Deu, deputado. Mas, no mês passado, eu emplaquei a parte da frente do carro. Este mês, é a placa de trás!

SURPRESA É UM TATU

Em campanha ao governo do Ceará, Parsifal Barroso estava sempre às voltas com orgias gastronômicas.
Certa vez, no interior, as senhoras anfitriãs avisaram:
- Temos uma surpresa pro senhor.
Era um Tatu no capricho.
No dia seguinte, ele ganhou uma tremenda dor de barriga.
Mesmo debilitado, continuou em campanha. Outra cidade, outro almoço, e Persifal suando frio.
Seu amigo Peixoto de Alencar resolveu brincar com ele, pedindo a um grupo de mulheres para dizer que tinham “uma surpresa” para ele.
Ao ouvir as mulheres, Parsifal nem quis saber da surpresa: em desespero, pediu licença e abandonou o lugar.

A MELHOR PIADA DO MOMENTO

A melhor anedota contado no momento no Brasil, é nada menos nada mais do que esta:
Um avião, transportando o Presidente, os seus assessores, todos os ministros, deputados e senadores, explode e cai.
Quem se salva?
- O Povo Brasileiro!!!

O PAPA DEFUNTO

O deputado estadual paraibano João Gonçalves (PSDB) tem fama de fazer política freqüentando velórios.
A crônica política local informa que ele acompanha autopsias, ajuda a vestir; defuntos e raramente perde um enterro. Se não conseguir ir a um velório, morre de desapontamento.
O presidente da Assembléia Legislativa da Paraíba, Artur Cunha Lima, também tucano, recentemente acompanhava um velório, quando de repente percebe a chegada de João Gonçalves.
Foi logo avisando:
- Vá embora, João, porque este defunto é meu...

EMBATE NA OAB

Durante a audiência sobre a instalação do TCM, na OAB, o líder comunitário Feitosa do Cristo, aparteou o deputado Jeová Campos, para acusar o PT de ser “um dos partidos mais corruptos do País”.
Jeová tirou de letra, com serenidade. Mas, momentos depois, o comunitário, que defende a instalação do TCM voltou à carga:
- Não é só o PT, não. O deputado é corrupto também.
Jeová desceu da tribuna, tranquilamente, e se dirigiu ao cinegrafista da TV Correio, Alexandre Rolim:
- Deixe ele dizer isto de novo, que eu quebro essa câmera na cara dele.
João Gonçalves, que estava ao lado, não se conteve:
- As câmeras da TV Correio, não, deputado. Use outra!

REAÇÃO IMEDIATA

Há poucos dias, o jornalista Otacílio Trajano entrava na Câmara, quando, distraidamente, puxou um cigarro da carteira.
Um vigilante de uns dois metros o encarou com severidade:
- O senhor por acaso não sabe que é proibido fumar na Câmara?
Vendo o tamanho da encrenca, Trajano só murmurou:
- Eu sei que fumar é proibido. Mas, só cheirar pode?
E ficou a cheirar o cigarro...

PROTESTO COM PREJUIZO

Quando a ditadura fechou o Congresso, em 1966, determinou que os parlamentares se identificassem para entrar no prédio.
O conservador Amaral Neto se revoltou e, numa cena teatral, rasgou a carteirinha de deputado, diante do diretor da Câmara, Luciano Brandão, encarregado de identificar os deputados.
Logo depois ele se lembrou que precisava do documento para viajar de graça (na época era assim) de avião.
- Providencie a segunda via, preciso viajar ao Rio – segredou a Brandão. E passou o resto da vida citando o gesto como sinal da sua “resistência”.

O MUNDO EM PROGRESSO

No seu belo romance “Cloud Atlas” (2004), David Mitchell reconta uma parábola oriental sobre o propósito do Universo. Diz o personagem:
“Um dia o meu avô me mostrou um quadro representando um templo siamês. Não lembro o seu nome, mas dizem que desde o dia em que um discípulo de Buda fez pregações naquele local, séculos atrás, todos os chefes de bandidos, todos os tiranos e todos os monarcas daquele reino o vêm adornando com torres de mármore, arvoredos perfumados, cúpulas folheadas a ouro, murais decorativos nos tetos abobados, esmeraldas nos olhos das estatuetas. Quando o templo finalmente estiver igual à sua contrapartida na Terra da Pureza (reza a lenda) então nesse dia a humanidade terá cumprido a sua função, e o Tempo chegará ao fim”.
Para esse tipo de cosmogonia, o Universo é uma obra-em-progresso que um dia estará pronta – e deixará de existir. Os leitores de Ficção Cientifica irão recordar o conto de Arthur C. Clarke, “Os Nove Bilhões de Nomes de Deus”. Um grupo de monges do Himalaia contrata os serviços de um supercomputador (e respectiva equipe técnica) para fazer todas as combinações de letras possíveis formando todos os possíveis nomes de Deus. Dizem eles que a função da humanidade é descobrir esses nomes, e quando o fizer, seu trabalho estará encerrado. Certa noite, quando o trabalho está na reta final, faltando apenas uns minutos para ser completado, os técnicos resolvem cair fora dali, porque acham que nada vai acontecer e os monges ficarão furiosos. Quando fogem do mosteiro, um deles olha para o céu. E o conto se encerra com a frase hoje celebre:
“No alto, sem alarde, as estrelas estavam se apagando de uma em uma”.
Essas historias tão distantes entre si correspondem á nossa ânsia profunda de que o mundo faça sentido. O mundo (o Universo) é algo que foi montado, tem um desenho, tem um desígnio, tem um propósito. Estamos aqui para remontar esse quebra-cabeças cósmico. Alguém criou o Plano, estilhaçou tudo e misturou as peças. Estamos aqui para reconstituir o que foi estilhaçado e remontar o desenho primordial. Quando conseguirmos essa proeza, ironicamente, a nossa existência deixará de ter propósito, porque a grande pergunta terá sido respondida, o grande vazio terá sido preenchido.
O ser humano é doido por dar um ponto final a si mesmo. O marxismo anunciou que a historia humana se encerraria com o Comunismo. Em tempos mais recentes, um economistazinho de direita anunciou nos EUA “O Fim da Historia”, ou seja, o capitalismo atual seria o ponto final, o ponto mais alto d evolução social. Não admira que exista, do lado oposto, um exercito incansável de exploradores do desconhecido, de poetas do absurdo, de coros de descontentes, de desarrumadores das idéias, todos dizendo:
Não! Não acabou ainda! Falta muita coisa!
E, como Penélope, desmancham a ciência e a filosofia recém bordadas e começam tudo de novo, para adiar o Instante Terrível.

‘Dirceu Cardoso Gonçalves’

ENSINAR TUDO...

Não se pode ensinar tudo a alguém, pode-se apenas ajudá-lo a encontrar por si mesmo.

‘Galileu Galilei’

TODAS AS FESTAS...

Nada mais me impressiona. Eu já fui a todas as festas.

‘Danuza Leão’

PUBLICIDADE E SEXO...

Outro dia perguntei à minha mulher: Você não está sentindo que o sexo e o tesão estão sumindo do nosso casamento?
Ela respondeu:
Não sei. Vamos falar sobre isso no próximo comercial.

‘Milton Berle’

PENSEM...

Pensem que as palavras a que não se segue nenhuma seqüência são ditas para nada.

‘Demóstenes’

PILHA E POLITICO

A diferença entre a pilha e um político é que a pilha sempre tem um lado positivo.

LOBO MAU...

Não procures o príncipe encantado. Procura, antes, o lobo mau:
ouve-te melhor; vê-te melhor e ainda te come.

‘P.M.’

PORTUGAL É...

Portugal é um país geométrico: é rectangular e tem problemas bicudos discutidos em mesas redondas, por bestas quadradas!

‘P.M.’

OS CORNOS...

Os 'cornos' não existem! Isso são merdas que te colocaram na cabeça.
Okey?

‘P.M.’

AMOR E AMNESIA

O excesso de sexo provoca amnésia e outras merdas que agora não me lembro...

‘P.M.’

AMOR E GRIPE

O amor é como a gripe, apanha-se na rua, resolve-se na cama!

‘P.M.’

SE FORES...

Se fores chata as tuas amigas, perdoam;
Se fores agressiva as tuas amigas, perdoam;
Se fores egoísta as tuas amigas, perdoam;
Agora experimenta ser magra e linda!
Tas lixada!

‘P.M.’

LADO DO HOMEM E DA MULHER...

A mulher está sempre ao lado do homem, para o que der e vier; já o homem, está sempre ao lado da mulher que vier e der.


‘P.M.’

CASAMENTO É...

Casamento é um relacionamento a dois, no qual uma das pessoas está sempre certa e a outra é o marido.


‘P.M.’

TRABALHO FASCINANTE

O trabalho fascina-me tanto que às vezes, fico parada a olhar para ele.

‘P.M.’

CALORIAS

As calorias são pequenos animais que moram nos roupeiros e que durante a noite apertam a roupa das pessoas.

‘P.M.’

HOMEM SOALHO

Um homem é como um soalho flutuante: Se for bem montado pode ser pisado durante mais de 30 anos.

‘P.M.’

SEXO E ESTAÇÃO DE SERVIÇO...

O sexo é como uma estação de serviço: às vezes recebe-se um serviço completo; outras vezes tem que se pedir para se ser atendido e há vezes em que temos que nos contentar com o self-service!

‘P.M.’

UMA JORNADA...

Uma jornada de duzentos quilômetros começa com um simples passo.

‘Proverbio chinés’

ESQUERDA...

A esquerda é boa para duas coisas: organizar manifestações de rua e desorganizar a economia.

‘Humberto Castelo Branco’

DOMINICAL

Se estiver gostando da segunda, preste atenção. Já deve ser terça.

TAMANHO

A burrice é como o Universo. Infinita.

terça-feira, 4 de março de 2008

A LOIRA EXUBERANTE

Num encontro de parlamentares em Brasília, o vereador Reinaldo Guedes aprontou com o seu colega Márcio Rocha.
Na portaria do hotel, contratou uma garota de programa, por telefone, deu a descrição de Márcio e disse que a esperaria no bar.
A loira exuberante chegou, localizou Márcio, sentou ao seu lado no bar, e começou a conversar. Ai, o tempo passou, ela se impacientou:
- E ai, bem, não vai rolar nada?
Márcio:
- Rolar?
Ela:
- Sim, o meu pagamento. Já vi que você só quer beber...
Márcio:
- pagamento de que?
Ela partindo para cima dele:
- Ainda por cima é caloteiro...

DESPACHO ON THE ROCKS

O governador mineiro Helio Garcia era famoso por não despachar com secretários.
Houve quem jamais se reunisse a sós com ele. O titular da importante pasta das Obras, Mauricio Pádua, levou três meses tentando agendar um despacho.
Na hora marcada, chegou ao Palácio das Mangabeiras, residência oficial, e Garcia observou lá de cima que ele carregava grande volume de pastas.
Orientou o ajudante de ordens:
- Eu não chamei o Mauricio aqui para despachar, sô, mas para tomar uns uísques. Leve aquelas pastas de volta ao carro dele...

CPI DO ORÇAMENTO

Durante os debates sobre o relatório final do Orçamento, os senadores Efraim Morais, Cícero Lucena e Artur Virgilio criticaram muito a aprovação de um anexo.
Foi quando o senador Zé Maranhão, presidente da Comissão de Orçamento, exibiu à Imprensa pedidos de emendas dos senadores exatamente para o famoso anexo.
Pegou mal pros senadores.
A reação de Artur Virgilio:
- Pois vamos apresentar um pedido de CPI pra apurar tudo viu?
Maranhão:
- Faça isso, Artur, porque faço questão de ser o primeiro a assinar...
Artur ficou sem jeito.

PICOLÉ DE BRASILEIRO

Presidente da União Nacional dos Estudantes no inicio da década de 80, Aldo Rebelo viu-se cercado de convites internacionais. Num belo dia, foi a Moscou, cujo governo, entao soviético, não lhe inspirava confiança.
Militante do PCdoB, Rebelo via nos funcionários do Kremlin repulsivos revisionistas.
Ao desembarcar, um solícito funcionário soviético insistiu para que ele vestisse um casaco térmico.
Camarada Aldo recusou, achando-se agasalhado, e ganhou a rua.
Não deu um passo depois disso.
Repentinamente, perdera todos os movimentos.
A tempertura em Moscou, estava a 39º negativos. O brasileiro, sob a insuficiente lã dos velhos agasalhos, parecia congelado.
Solicito, o russo jogou sobre ele o feioso, porém eficiente, abrigo térmico, e, aos poucos, o presidente da UNE foi recuperando a mobilidade.
Chateado, o revolucionário Aldo ficou devendo esse favor à camarilha revisionista soviética.

O GAROTO DE PROGRAMA

Os vereadores Ivan Cabral e Reinaldo Guedes de Campina Grande, forma a Brasília para um encontro de parlamentares.
Após se instalarem no hotel, Erinaldo desceu ao hall e decidiu pregar uma peça no colega.
Pediu um book de homens, e contratou um garoto de programa, se passando por Ivan Cabral.
O jovem chegou e subiu até ao apartamento de Ivan, que tinha o hábito de cumprimentar as pessoas por “campeão”.
O jovem bateu à porta, e Ivan abriu:
- Diga, campeão!
O jovem foi direto ao assunto:
- Como você via querer?
- Eu começo em você ou você em mim?
Ivan:
- Vote, eu sou é homem, sujeito!

OS ÓCULOS DO LULA

O vereador Reinaldo Guedes, de Campina Grande, gostava de pregar peça nos colegas, com o seu estilo sempre irreverente.
Certo dia, ele conseguiu comprar uma armação de óculos em tudo semelhante aos usados pelo vereador Lula Cabral, só que com um grau muito diferente.
Habilmente, ele trocou os óculos sem que Lula percebesse.
Logo após, Lula pegou os óculos, seu discurso e subiu à tribuna. Quando se preparou para falar, não conseguia enxergar nada.
Antes os risos das galerias e de Erinaldo, ele se queixava:
- Oxente, não faz nem três meses que fiz exame de vista...

A MORTE NO RODEIO

O vereador Cabo Altino era louco por rodeios. Por isso, juntou dinheiro e arribou da Paraíba para ir assistir ao rodeio de Barretos. Até comprou cadeira ao lado da cabine de rádio, pra acompanhar tudo.
Lá pelas tantas, abre-se a porteira, o peão rodopia em cima do boi, cai, termina pisoteado e chifrado pelo animal.
O locutor se apressa em acalmar o povo:
- Minha gente, não foi nada, não. Deus é barretense!
Mas o peão não reage. Morre.
O locutor que tinha esquecido de desligar o microfone, não se contem:
- Puta que pariu. O homem morreu! Bem que eu avisei pra dar o titulo de cidadão a Deus...

ARGUMENTO IRREFUTAVEL

Figura exponencial na zona da Mata alagoana, “coronel” Jorge do Brejo certo dia recebeu um pedido de ajuda da irmã, moradora do distrito de Poxim.
- Meu irmão, o novo padre da igrejinha de São Jose vai vender peças históricas da capela. Diz que a igreja não é tombada oficialmente, e só desiste da idéia se São Jose falar com ele pessoalmente!
Eram tempos do regime militar e Jorge do Brejo tinha imponência napoleônica, embora não fosse capaz de molestar uma mosca.
Foi até á igreja do Poxim, chamou o pároco num canto, discorreu suas razoes mansamente, colocando-lhe o braço esquerdo sobre o ombro. Com a mão direita retirou da cinta uma enorme pistola calibre 45 e perguntou, em voz baixa:
- Padre, o senhor está convencido ou prefere ir conversar diretamente com São José?
O patrimônio da Igreja do Poxim foi preservado. O padre nunca soube que a arma, relíquia da Iª Guerra, não era só um objeto de decoração.

ASSIM TAMBÉM QUERO

Em campanha para deputado federal em Alagoas, Djalma Falcão recebeu a visita de um cabo eleitoral de um pequeno distrito sertanejo.
- Doutor, vou lhe apoiar de graça, por pura admiração ao senhor. Apenas preciso de umas miuçalhas para ajudar os eleitores...
Djalma percebeu onde a conversa ia chegar, mas educadamente, perguntou o que era aquela coisa à-toa. E o cidadão foi listado: um caminhão, um carro de passeio, 200 cestas básicas... O candidato pegou um caderno e uma caneta e começou a anotar, repetindo em voz alta:
- Dois caminhões, dois carros, 400...
Olhos brilhando, sorriso de orelha a orelha, o cabo eleitoraleiro interrompeu:
- Doutor, mas isso é o dobro... – disse o homem, com os olhos brilhando.
- Meu amigo, se eu encontrar quem lhe dê isso, eu também vou querer a mesma coisa para mim!

DUPLA

DUPLA – Segredo é como sexo. Com mais de duas pessoas complica

FULANIZAR

Nao Quero fulanizar o debate

‘Fernando Enrique Cardoso’

Fi-lo...

Fi-lo porque qui-lo

‘Jânio Quadros’