No final do século dezanove, explodiram em todo o mundo obras cujo foco era o poder da mente humana, sobretudo pautadas na conceituação de inconsciente; uma espécie de lado obscuro da consciência, capaz de conduzir alguém por caminhos pelos quais ele jamais seguiria voluntáriamente. Vários autores clássicos escreveram sobre o tema, que é, na verdade, a descrição do processo da perda do bem mais precioso do ser humano: a sanidade mental.
Skakespeare, com Rei Lear, e Cervantes com D. Quixote, são exemplos espectaculares de como a loucura esteve sempre presente na literatura universal em todos os tempos.
Sigmund Freud, então, sistematizou essa discussão e criou uma nova ciência: a psicanálise, dando uma nova e ousada abordagem ao adoecimento mental.
Por essa época, Robert Louis Stevenson lançou "O Médico e o Monstro", livro que retrata, como nenhum outro, o dilema entre duas personalidades em conflito habitando um mesmo corpo. Em um momento, está o Dr. Jekill, um pacato, pudico e zeloso cidadão. No seguinte, o soturno Mr. Hyde, cujo comportamento marginal, cheio de luxúria e irreverência, é oposto ao do obediente médico.
O efeito dessa dictomia pessoal é devastador, e finda com o ceifar da vida desse ser em profundo sofrimento psíquico.
No fundo é tudo isto que nos conduz ao maior dos dilemas da mente humana:
A loucura!
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