Contada por José Carlos Beiriz.
O Prefeito Elias Assafora (Serraria) era muito querido da população.
Porém nem o mais fiel aliado sabia explicar por que ele estava tomando banho, quando procurado por alguérm.
Quem o procura-se em sua casa, a qualquer hora, a resposta era sempre:
- Ele está tomando banho!
De tanto ouvir esta mesma resposta o povo começou a chamá-lo de Prefeito-Sabonete.
Certo dia, um gaiato foi à sua casa, e ao ouvir a mesma resposta, não se conteve:
- Ele não come nem dorme não é?
domingo, 29 de julho de 2007
BRASIL, BRASILEIRO - CRÍTICAS AO ANTECESSOR
O Governador Ivan Bichara, que tinha renunciado para disputar o Senado, não concluiu a sua gestão e também não venceu a disputa.
Apesar de seu estilo muito tranquilo, Bichara ficou queixoso com as críticas à sua administração feitas pelo seu sucessor Tarcísio Burity.
Provocado pela imprensa, Burity comentou:
- Só houve um Governador no Brasil que não falou mal do antecessor: Tomé de Sousa... porque foi o primeiro!
Apesar de seu estilo muito tranquilo, Bichara ficou queixoso com as críticas à sua administração feitas pelo seu sucessor Tarcísio Burity.
Provocado pela imprensa, Burity comentou:
- Só houve um Governador no Brasil que não falou mal do antecessor: Tomé de Sousa... porque foi o primeiro!
BRASIL, BRASILEIRO - GRAMPO FILMADO
António Carlos Magalhães era Ministro das Comunicações do governo José Sarney e gostava de conversar com jornalistas para dirigir petardos a politicos nacionais e baianos, sobretudo estes.
Certo dia, convocados, os repórteres sectoriais o encontraram em pé, lívido, diante da tevê, em seu gabinete.
Anunciaria sua demissão? A renuncia de Sarney? Nada disso:
- Chamei vocês para mostrar uma coisa rara: mandei filmar o apartamento que o Waldir Pires comprou em Ipanema com o dinheiro público.
Foi o primeiro grampo filmado da história do Brasil, feito clandestinamente na bela propriedade carioca do então Governador, Waldir Pires.
Certo dia, convocados, os repórteres sectoriais o encontraram em pé, lívido, diante da tevê, em seu gabinete.
Anunciaria sua demissão? A renuncia de Sarney? Nada disso:
- Chamei vocês para mostrar uma coisa rara: mandei filmar o apartamento que o Waldir Pires comprou em Ipanema com o dinheiro público.
Foi o primeiro grampo filmado da história do Brasil, feito clandestinamente na bela propriedade carioca do então Governador, Waldir Pires.
BRASIL, BRASILEIRO - MANHAS DO MALVADEZA
O Jornalista Luiz Cláudio Cunha entrevistava ACM, então Governador da Bahia, para um perfil na revista Playboy que ganharia um título magnifico no filme do baiano em Glauber Rocha: Deus e o Diabo na terra do Sol.
O almoço estava no final quando o telefone tocou. Era Clóvis Rossi, da Folha de S. Paulo.
ACM não queria deixar de atender tampouco falar.
Ele já havia parado de comer, mas meteu uma garfada na boca e pegou o telefone:
- Aô, tubo bem? - disse de boca cheia.
Constrangido, Rossi se desculpou pela interrupção do almoço e desligou.
O almoço estava no final quando o telefone tocou. Era Clóvis Rossi, da Folha de S. Paulo.
ACM não queria deixar de atender tampouco falar.
Ele já havia parado de comer, mas meteu uma garfada na boca e pegou o telefone:
- Aô, tubo bem? - disse de boca cheia.
Constrangido, Rossi se desculpou pela interrupção do almoço e desligou.
BRASIL, BRASILEIRO - DUNGA E KAKÁ
Contada por Vanderlan Farias.
O Secretário Carlos Dunga que, no início de sua carreira politica, foi Perfeito de Boqueirão, e teria externado, há poucos dias, interesse em disputar a Prefeitura de Alcantil, após ser convidado por lideranças da região.
Durante um encontro com professores em Boqueirão, um deles indagou:
- E ai, Secretário, o senhor vai mesmo transferir na terça-feira seu titulo para ser candidato a Prefeito de Alcantil?
Dunga:
- Amigo velho, eu estou como Kaká. Não posso mais recusar nenhuma convocação
O Secretário Carlos Dunga que, no início de sua carreira politica, foi Perfeito de Boqueirão, e teria externado, há poucos dias, interesse em disputar a Prefeitura de Alcantil, após ser convidado por lideranças da região.
Durante um encontro com professores em Boqueirão, um deles indagou:
- E ai, Secretário, o senhor vai mesmo transferir na terça-feira seu titulo para ser candidato a Prefeito de Alcantil?
Dunga:
- Amigo velho, eu estou como Kaká. Não posso mais recusar nenhuma convocação
BRASIL, BRASILEIRO - ACM ERA DUREZA
Foi numa greve de motoristas de ônibus em Salvdor que o falecido Senador António Carlos Magalhães apelidou de "Waldir Moleza" ou "Waldir Lerdeza" o então Governdor da Bahia e actual ministro Waldir Pires (Defesa).
Chamado de "Toninho Ternura" ou "Toninho Malvadeza", dependendo do humor popular ou dos factos politicos, António Carlos Magalhães, viveu dias de glória naquela greve, com o povo revoltado gritando nas ruas:
- Chega de Moleza, queremos Malvadeza!
Tudo o que faltou a Waldir Pires na crise aérea.
Chamado de "Toninho Ternura" ou "Toninho Malvadeza", dependendo do humor popular ou dos factos politicos, António Carlos Magalhães, viveu dias de glória naquela greve, com o povo revoltado gritando nas ruas:
- Chega de Moleza, queremos Malvadeza!
Tudo o que faltou a Waldir Pires na crise aérea.
BRASIL, BRASILEIRO - PALAVRA DA MODA
Deputado de primeiro mandato, Pedro Medeiros queria chegar logo e mostrar serviço, participando de tudo quanto é discussão na Assembleia.
Numa dessas seções, ele travou um embate prolongado com Judivan Cabral, que gostava de ler e de usar um palavredo requintado.
Em certo momento, Pedro disse:
- Pois, eu sou pragmático e prefiro ir à luta.
Judivn:
- Vossa Excelência sabe o que é pragmático?
Pedro:
- Ainda não, mas é a palavra que esta em moda e todo o mundo está usando!
Numa dessas seções, ele travou um embate prolongado com Judivan Cabral, que gostava de ler e de usar um palavredo requintado.
Em certo momento, Pedro disse:
- Pois, eu sou pragmático e prefiro ir à luta.
Judivn:
- Vossa Excelência sabe o que é pragmático?
Pedro:
- Ainda não, mas é a palavra que esta em moda e todo o mundo está usando!
BRASIL, BRASILEIRO - TODO O CUIDADO É POUCO
Costa Rego fez fama como jornalista no Rio de Janeiro e, na decada de 20, voltou para Alagoas, sua terra natal, para se eleger Governador.
Fez um governo austero, mas, incorrigível mulherengo, enfrentou problemas.
Seu secretário da fazenda era Epaminondas Gracindo, avô do actor Gracindo Júnior.
Certo dia, ele tomva o café da manhã e viu Costa Rego abrindo a porta de sua casa e ir entrando com a maior naturalidade.
- Espere aí, Governador! - gritou Epaminondas - Com essa sua fama de garanhão, o senhor não pode entrar em casa de uma familia de respeito.
Governador e Secretário despacharam na calçada.
Fez um governo austero, mas, incorrigível mulherengo, enfrentou problemas.
Seu secretário da fazenda era Epaminondas Gracindo, avô do actor Gracindo Júnior.
Certo dia, ele tomva o café da manhã e viu Costa Rego abrindo a porta de sua casa e ir entrando com a maior naturalidade.
- Espere aí, Governador! - gritou Epaminondas - Com essa sua fama de garanhão, o senhor não pode entrar em casa de uma familia de respeito.
Governador e Secretário despacharam na calçada.
BRASIL, BRASILEIRO - SEQUESTRO DE GALINHAS
Contada pelos jornalistas Fabiano Lima e Marcelo José.
Há poucos dias, a policia prendeu, em Guarabira, um bandido cujo crime é novo na praça.
O bandido roubou um lote de galinhas e, logo depois, telefonou pró dono exigindo:
- Se não me der cinco reais por cada galinha, vou torcer o pescoço delas!
O granjeiro se apavorou e tentou negociar:
- Não dá para fazer um menos, não?
O bandido não aceitou. Mas assustadas, as galinhas começaram a cacarejar, atrindo a policia, que resgatou as penosas... do cativeiro.
Há poucos dias, a policia prendeu, em Guarabira, um bandido cujo crime é novo na praça.
O bandido roubou um lote de galinhas e, logo depois, telefonou pró dono exigindo:
- Se não me der cinco reais por cada galinha, vou torcer o pescoço delas!
O granjeiro se apavorou e tentou negociar:
- Não dá para fazer um menos, não?
O bandido não aceitou. Mas assustadas, as galinhas começaram a cacarejar, atrindo a policia, que resgatou as penosas... do cativeiro.
quarta-feira, 25 de julho de 2007
BRASIL, BRASILEIRO - O LIVRO DE VALADARES
Esta foi contada por um Brasileiro de Minas Gerais.
O Senador Governador Benedito Valadares decidiu escrever um livro, para contar suas aventuras politicas nas Gerais.
Certo dia, ele se encontrou com o Senador José Maria Alkimim e anunciou o lançamento de livro.
Alkimim indagou: - E como é o titulo?
Valadares, todo vaidoso, puxou uma folha onde se lia: A lua cai.
Alkimin:
- Mas Valadares, a lua não cai. A lua sai.
Valadares, sem pestanejar:
- Foi erro do revisor. Basta botar o cedilha no c... A lua çai:
O Senador Governador Benedito Valadares decidiu escrever um livro, para contar suas aventuras politicas nas Gerais.
Certo dia, ele se encontrou com o Senador José Maria Alkimim e anunciou o lançamento de livro.
Alkimim indagou: - E como é o titulo?
Valadares, todo vaidoso, puxou uma folha onde se lia: A lua cai.
Alkimin:
- Mas Valadares, a lua não cai. A lua sai.
Valadares, sem pestanejar:
- Foi erro do revisor. Basta botar o cedilha no c... A lua çai:
BRASIL, BRASILEIRO - CAFEZINHO IMPERTINENTE
O jornalista Aparicio Torelli, o Barão de Itararé, terror dos poderosos, foi preso em 1935 e levado à presença do juiz Castro Nunes.
- A que o sr. atribui a sua prisão, seu Aparicio?
- Tenho pensado muito, excelência, e só posso atribui-lo ao cafezinho.
- Como assim?
- Vou explicar. Eu estava no Café Belas Artes, tomando o meu oitavo cafezinho e pensando e pensando em minha mãe, que sempre me advertiu contra o excessivo consumo de café. Nesse momento, chegaram os policias e me deram voz de prisão. Só pode ser um castigo pelo abuso do cafezinho...
- A que o sr. atribui a sua prisão, seu Aparicio?
- Tenho pensado muito, excelência, e só posso atribui-lo ao cafezinho.
- Como assim?
- Vou explicar. Eu estava no Café Belas Artes, tomando o meu oitavo cafezinho e pensando e pensando em minha mãe, que sempre me advertiu contra o excessivo consumo de café. Nesse momento, chegaram os policias e me deram voz de prisão. Só pode ser um castigo pelo abuso do cafezinho...
BRASIL, BRASILEIRO - PRECISA DE AVALISTA
Antes de se eleger deputado estadual, Judivan Cabral disputou a perfeitura de Aguiar, inclusive como favorito.
Durante a campanha, foi procurado por José Regina, que tinha certa liderança na região, porém era conhecido por mudar de lado com muita frequência.
José Regina foi oferecer o seu apoio em troca da participação no futuro governo.
Judivan:
- Eu aceito. Mas, com uma condição...
José Regina:
- Qual?
Judivam:
- Se você me trouxer dois avalistas!
Durante a campanha, foi procurado por José Regina, que tinha certa liderança na região, porém era conhecido por mudar de lado com muita frequência.
José Regina foi oferecer o seu apoio em troca da participação no futuro governo.
Judivan:
- Eu aceito. Mas, com uma condição...
José Regina:
- Qual?
Judivam:
- Se você me trouxer dois avalistas!
BRASIL, BRASILEIRO - CONFISSÃO A JATO
Joaquim Felizardo era um velho militante e foi logo preso, no golpe de 1964.
Aguardava a vez de ser interrogado no corredor do Dops, ao lado de outro suspeito de ser comunista, um advogado gy, quando o delegado gritou:
- Tragam o pederasta e o comuna!
Progressista mas nem um pouco politicamente correcto, Felizardo deu um salto à frente para confessar rapidinho:
- Doutor, o comunista sou eu?
Aguardava a vez de ser interrogado no corredor do Dops, ao lado de outro suspeito de ser comunista, um advogado gy, quando o delegado gritou:
- Tragam o pederasta e o comuna!
Progressista mas nem um pouco politicamente correcto, Felizardo deu um salto à frente para confessar rapidinho:
- Doutor, o comunista sou eu?
BRASIL, BRASILEIRO - CHEIRO DE VITORIA
Contada por Zé Cavalcanti.
Quando disputou a deputação estadual, o candidato apelou para as mulheres contra a acção dos antigos tarefeiros, que compravam as cédulas já marcadas, que era o modo de votar naquele tempo.
Dizia:
- Só vocês podem me salvar. Peço que vocês coloquem a cédula votada na calcinha, para que os tarefeiros não arrematem.
Terminada a eleição, ele obteve grande votação. Na entrevista, um reporter indagou:
- As cédulas das calcinhas apareceram nas urnas?
Ele:
- Sim.
O reporter:
- Como o senhor sabe?
Ele:
- Pelo cheiro...
Quando disputou a deputação estadual, o candidato apelou para as mulheres contra a acção dos antigos tarefeiros, que compravam as cédulas já marcadas, que era o modo de votar naquele tempo.
Dizia:
- Só vocês podem me salvar. Peço que vocês coloquem a cédula votada na calcinha, para que os tarefeiros não arrematem.
Terminada a eleição, ele obteve grande votação. Na entrevista, um reporter indagou:
- As cédulas das calcinhas apareceram nas urnas?
Ele:
- Sim.
O reporter:
- Como o senhor sabe?
Ele:
- Pelo cheiro...
BRASIL, BRASILEIRO - DEFUNTO ELEGANTE
O Senador Gaúcho Pinheiro Machado marcou uma visita ao hotel onde estava o seu colega Bernardo Monteiro, no Rio de Janeiro.
O anfitrião o recebeu vestindo ceroulas comuns e ele conteve a observação:
- Bernardo, você precisa estar preparado para morrer na rua. Vista-se de seda por baixo. Seja um cadáver decente.
Pinheiro Machado seria assassinado alguns anos depois, no Hotel dos Estrangeiros, no Rio. Vestia ceroulas de seda.
O anfitrião o recebeu vestindo ceroulas comuns e ele conteve a observação:
- Bernardo, você precisa estar preparado para morrer na rua. Vista-se de seda por baixo. Seja um cadáver decente.
Pinheiro Machado seria assassinado alguns anos depois, no Hotel dos Estrangeiros, no Rio. Vestia ceroulas de seda.
quarta-feira, 18 de julho de 2007
BRASIL, BRASILEIRO - O JEITO DE ESCREVER ABACAXI
Contada por Carlos Ferreira do Pará
Um redator da Rádio Marajoara indagou aos companheiros "como se escreve a palavra abacaxi"
O radialista João Adário, da Rádio Marajoara, que não deixava passar nada em branco, indagou:
- Qual é a sua duvida.
O redator:
- Não sei se é com X ou com CH
Adário:
- Realmente, há duvida, mas tenho a solução.
O redator:
- E qual é?
Adário:
- Em vez de abacaxi, bota ai ananás.
O redator:
- Com S ou com Z?
Adário:
- Se for plural é com S...
Um redator da Rádio Marajoara indagou aos companheiros "como se escreve a palavra abacaxi"
O radialista João Adário, da Rádio Marajoara, que não deixava passar nada em branco, indagou:
- Qual é a sua duvida.
O redator:
- Não sei se é com X ou com CH
Adário:
- Realmente, há duvida, mas tenho a solução.
O redator:
- E qual é?
Adário:
- Em vez de abacaxi, bota ai ananás.
O redator:
- Com S ou com Z?
Adário:
- Se for plural é com S...
BRASIL, BRASILEIRO - A CARNE QUE OFENDE
O Deputado Edivaldo Mota percorria o Estado, na campanha de 90, quando decidiu parar em Campina Grande para comer uma picanha.
Sentou-se e pediu um pedaço de carne de um quilo.
O garçon olhou espantado para o Deputado e não se conteve:
- O Senhor tem coragem de comer um quilo de carne? Não tem medo de ofender, não?
Edivaldo olhou com ironia para o garçon e arrematou:
- Ofende coisa nenhuma. Minha mulher, por exemplo, tem mais de 70 quilos e eu não sinto nada!
Sentou-se e pediu um pedaço de carne de um quilo.
O garçon olhou espantado para o Deputado e não se conteve:
- O Senhor tem coragem de comer um quilo de carne? Não tem medo de ofender, não?
Edivaldo olhou com ironia para o garçon e arrematou:
- Ofende coisa nenhuma. Minha mulher, por exemplo, tem mais de 70 quilos e eu não sinto nada!
BRASIL, BRASILEIRO - CROQUIS VOADOR
Estudantes de engenharia curitibanos, do Projecto Rondon, mudaram a face de João Câmara (RN).
Reformaram o coreto, a praça, até construiram um chafariz.
Deixaram saudades.
Meses depois, o Prefeito Chico Bomba recebeu um recado: os estudantes precisavam de um croquis das obras que ajudaram a realizar, para um trabalho de conclusão de curso.
O Prefeiro nao entendeu direito, mas solicito, foi aos correios e ditou telegrama:
- Impossivel encontrar conquis, mas segue a melhor craúna da região.
Em Curitiba, estudantes perpelexos receberam do Prefeito um pássaro preto.
"Teresa Barros e Tiago de Vasconcelos"
Reformaram o coreto, a praça, até construiram um chafariz.
Deixaram saudades.
Meses depois, o Prefeito Chico Bomba recebeu um recado: os estudantes precisavam de um croquis das obras que ajudaram a realizar, para um trabalho de conclusão de curso.
O Prefeiro nao entendeu direito, mas solicito, foi aos correios e ditou telegrama:
- Impossivel encontrar conquis, mas segue a melhor craúna da região.
Em Curitiba, estudantes perpelexos receberam do Prefeito um pássaro preto.
"Teresa Barros e Tiago de Vasconcelos"
BRASIL, BRASILEIRO - O USO DOS CARROS PIPA
No meio de uma guerra da água entre o Governador Cássio Cunha Lima e o Perfeito Veneziano.
Para se precaver, o Perfeito Veneziano teria mandado contratar carros-pipa.
Então no final da tarde de um determinado dia, a justiça mandou a Cagepa religar o fornecimento.
Consultado sobre o destino dos carros-pipa, o Prefeito teria comentado.
- Então, vamos mandar pra Lagoa Seca e outras cidades do Brejo que estão sem água, por falta da adutora...
Para se precaver, o Perfeito Veneziano teria mandado contratar carros-pipa.
Então no final da tarde de um determinado dia, a justiça mandou a Cagepa religar o fornecimento.
Consultado sobre o destino dos carros-pipa, o Prefeito teria comentado.
- Então, vamos mandar pra Lagoa Seca e outras cidades do Brejo que estão sem água, por falta da adutora...
BRASIL, BRASILEIRO - O EXEMPLO DO TÉCNICO
O técnico Filpo Nunes não aceitava erro dos seus jogadores no Pameiras.
Durante uma partida sob chuva forte, em Recife, contra o Náutico, o centro-avante César perdeu um pênalti num jogo duríssimo.
Revoltado, o técnico invadiu o gramado com terno e gravata, pegou a bola, colocou na marca do pênalti e correu pra bater.
Ai, Filpo... escorregou e caiu!
O estádio inteiro riu.
Um reporter se aproximou do técnico:
- O que o senhor foi fazer em campo?
Filpo:
- Fui mostrar pro César como não se deve fazer...
Durante uma partida sob chuva forte, em Recife, contra o Náutico, o centro-avante César perdeu um pênalti num jogo duríssimo.
Revoltado, o técnico invadiu o gramado com terno e gravata, pegou a bola, colocou na marca do pênalti e correu pra bater.
Ai, Filpo... escorregou e caiu!
O estádio inteiro riu.
Um reporter se aproximou do técnico:
- O que o senhor foi fazer em campo?
Filpo:
- Fui mostrar pro César como não se deve fazer...
BRASIL, BRASILEIRO - CONVERSA DE BÊBADO
Sebastião Paes de Almeida fazia campanha para o Governo de Minas Gerais, quando, no interior, viu-se diante do presidente da Liga Contra o Alcool da cidade.
O homem da Liga foi logo metendo a "faca":
- Dr. Sebastião, além da nossa sede, precisamos que o Senhor nos nos compre cinco carros. É para ensinar o povo a deixar de beber.
O candidato respondeu na bucha:
- Meu amigo, por acaso você está bêbado?
O homem da Liga foi logo metendo a "faca":
- Dr. Sebastião, além da nossa sede, precisamos que o Senhor nos nos compre cinco carros. É para ensinar o povo a deixar de beber.
O candidato respondeu na bucha:
- Meu amigo, por acaso você está bêbado?
BRASIL, BRASILEIRO - SENADOR NÃO É LASTRO
O Senador Marco Maciel sobrevoava o interior do Rio Grande do Sul, em meados de 1989, quando o pequeno avião Piper começou a ser sacudido por fortes rajadas de vento.
Preocupado, o piloto fez um pouso em Júlio de Castilhos, longe do destino - municipio de Cruz Alta.
Maciel se fez de mouco, mas contou depois a amigos, achando muita graça, que ouviu o piloto olhar para seu porte de fiapo e murmurar:
- Faltou lastro...
Preocupado, o piloto fez um pouso em Júlio de Castilhos, longe do destino - municipio de Cruz Alta.
Maciel se fez de mouco, mas contou depois a amigos, achando muita graça, que ouviu o piloto olhar para seu porte de fiapo e murmurar:
- Faltou lastro...
BRASIL, BRASILEIRO - O JEITO CERTO DE ESCREVER
O radialista Airton José Bolinha, tinha realizado um trabalho extra na Rádio Tabajara, e foi até à tesouraria da emissora para cobrar o seu cheque de R$ 60.
Era um tempo em que os pagamentos aconteciam na boca do caixa.
Bolinha:
- Eu vim pegar o meu cheque de R$ 60.
A tesoureira começou a datilografar o cheque, quando sobreveio a duvida:
- 60 é escrito com dois ss ou cedilha?
Bolinha:
- Não sei.
A tesoureira:
E agora, o que eu faço?
Bolinha já impaciente:
- Faz dois cheques de R$ 30.
Era um tempo em que os pagamentos aconteciam na boca do caixa.
Bolinha:
- Eu vim pegar o meu cheque de R$ 60.
A tesoureira começou a datilografar o cheque, quando sobreveio a duvida:
- 60 é escrito com dois ss ou cedilha?
Bolinha:
- Não sei.
A tesoureira:
E agora, o que eu faço?
Bolinha já impaciente:
- Faz dois cheques de R$ 30.
BRASIL, BRASILEIRO - O PROBLEMA DO DUNGA
Só no Brasil se pode encontrar disto:
Um grupo de jornalistas se encontrou, casualmente, no Restaurante Guliver com Alexandre Aguiar, genro do Deputado Armando Abílio, e o assunto resvalou para a política e o futebol.
Assunto vai, assunto vem, um Jornalista pergunta como anda a encrenca interna do PTB, entre o Secretário Carlos Dunga e o Deputado Armando Abilío.
Alexandre não comenta, mas se refere à Selecção Brasileira:
- Olha, eu quero dizer que não estou mais torcendo pela selecção brasileira, só por causa do Técnico ser Dunga!
Um grupo de jornalistas se encontrou, casualmente, no Restaurante Guliver com Alexandre Aguiar, genro do Deputado Armando Abílio, e o assunto resvalou para a política e o futebol.
Assunto vai, assunto vem, um Jornalista pergunta como anda a encrenca interna do PTB, entre o Secretário Carlos Dunga e o Deputado Armando Abilío.
Alexandre não comenta, mas se refere à Selecção Brasileira:
- Olha, eu quero dizer que não estou mais torcendo pela selecção brasileira, só por causa do Técnico ser Dunga!
BRASIL, BRASILEIRO - POVO É SÓ UM DETALHE
O ex-Ministro Armando Falcão, aquele que nada tinha a declarar, foi candidato ao governo do Ceará em 1954.
Na ocasião, ele pediu a um amigo, Deputado Estadual Ernesto Gurgel Valente, que o ajudasse a organizar um comício de arromba.
É claro, que o Deputado o atendeu, providenciando palanque, som, iluminação, tudo. Só faltou o detalhe:
- E o povo, seu Ernesto, cadê o povo? - cobrou Falcão, ao chegar.
- Se eu tivesse a capacidade de trazer povo para comício, Armando, o candidato não seria você. Seria eu.
Na ocasião, ele pediu a um amigo, Deputado Estadual Ernesto Gurgel Valente, que o ajudasse a organizar um comício de arromba.
É claro, que o Deputado o atendeu, providenciando palanque, som, iluminação, tudo. Só faltou o detalhe:
- E o povo, seu Ernesto, cadê o povo? - cobrou Falcão, ao chegar.
- Se eu tivesse a capacidade de trazer povo para comício, Armando, o candidato não seria você. Seria eu.
BRASIL, BRASILEIRO - ERA UMA VEZ PIÓ
Campina Grande (PB) também vivia sob a lei marcial da revolução de 1932 quando certa madrugada o Vereador Zé Pio retornava de um farra, em pleno blecaute, e foi interceptado por um sentinela:
- Alto lá!
Zé Pio não percebeu que a advertência era para ele e continuou a andar, tateando a escuridão. O milicio engatilhou o fuzil:
- Quem vem lá? Fale ou leva fogo!
- É Pio! Não atira que é Pio! - gritou o Vereador.
Pior para ele. O soldado achou que era uma provocação e mandou bala.
- Alto lá!
Zé Pio não percebeu que a advertência era para ele e continuou a andar, tateando a escuridão. O milicio engatilhou o fuzil:
- Quem vem lá? Fale ou leva fogo!
- É Pio! Não atira que é Pio! - gritou o Vereador.
Pior para ele. O soldado achou que era uma provocação e mandou bala.
BRASIL, BRASILEIRO - AO VIVO DA VENEZUELA
Na partida de estréia do Brasil contra o México, na Copa América, a Rádio Tabajara anunciou que iria transmitir o jogo directamente da Venezuela.
A transmissão seguia, normlmente, com a habitual competência dos narradores, e até com os flashes dos repórteres no gramado do estádio. Snow de bola.
Até que um ouvinte ligou para a emissora e indagou:
- Esse repórter foi para a Venezuela de email, foi?
O funcionário da ràdio:
- Por que?
O ouvinte:
- Faz meia hora que vi esse repórter em frente ao Sistema Correio...
A transmissão seguia, normlmente, com a habitual competência dos narradores, e até com os flashes dos repórteres no gramado do estádio. Snow de bola.
Até que um ouvinte ligou para a emissora e indagou:
- Esse repórter foi para a Venezuela de email, foi?
O funcionário da ràdio:
- Por que?
O ouvinte:
- Faz meia hora que vi esse repórter em frente ao Sistema Correio...
BRASIL, BRASILEIRO - DIALOGO DE RAPOSAS
Magalhães Pinto era Deputado Federal e, no dia do aniversário de José Maria Alkmin, seu rival na política mineira e nos talentos de raposa, resolveu não enviar mensagem alguma. Mas o destino colocou os dois frente a frente, naquele dia. Magalhães fingiu contentamento:
- Parabéns, Alkmin, muitos anos de vida! Recebeu meu telegrama?
Alkmin foi insincero na resposta quanto o adversário na saudação:
- Mas é claro, Magalhães. Aliás, de todos que eu recebi, o seu foi o que mais me emocionou.
- Parabéns, Alkmin, muitos anos de vida! Recebeu meu telegrama?
Alkmin foi insincero na resposta quanto o adversário na saudação:
- Mas é claro, Magalhães. Aliás, de todos que eu recebi, o seu foi o que mais me emocionou.
BRASIL, BRASILEIRO - DOENÇA MUITO RARA
Dirigentes do PSDB, Teotônio Vilela Filho e Márcio Fortes chegaram atrasados a uma importante reunião, durante o governo Fernando Henrique Cardoso.
- Desculpem o atraso - justificou Fortes - Teotônio teve uma crise de um mal muito raro, o distúrbio cronotopocinético, mas já está tudo bem.
Nem Vilela entendeu nada, já que se sentia bem. Fortes explicou depois.
- Eu também sofro dela: distúrbio cronotopocinético.
"Crono" de tempo, "topo" de terreno ou distância e "cinético" de movimento. Quer dizer que o sugeito chega sempre atrasado.
- Desculpem o atraso - justificou Fortes - Teotônio teve uma crise de um mal muito raro, o distúrbio cronotopocinético, mas já está tudo bem.
Nem Vilela entendeu nada, já que se sentia bem. Fortes explicou depois.
- Eu também sofro dela: distúrbio cronotopocinético.
"Crono" de tempo, "topo" de terreno ou distância e "cinético" de movimento. Quer dizer que o sugeito chega sempre atrasado.
BRASIL, BRASILEIRO - O ASSALTANTE E O TAXISTA
Relato veridico de um taxista.
Diz ele:
Outro dia peguei um assaltante. Apesar de mal vestido, calçava uns tênis de marca, tinha no pulso um relógio caríssimo e usava óculos ray-ban.
Na cintura, trazia uma pistola 765 automática, que fez questão de me mostrar e descrever muito bem como funcionava.
Acrescenta:
Depois, ele me ofereceu o relógio, o tênis e os óculos por uma mixaria. Não comprei nada, claro. Assustado eu perguntei se ele ia me assaltar.
Arremate:
Ele falou que não precisava me preocupar e que não me assaltaria por um motivo muito simples... não assaltava pobres!
Diz ele:
Outro dia peguei um assaltante. Apesar de mal vestido, calçava uns tênis de marca, tinha no pulso um relógio caríssimo e usava óculos ray-ban.
Na cintura, trazia uma pistola 765 automática, que fez questão de me mostrar e descrever muito bem como funcionava.
Acrescenta:
Depois, ele me ofereceu o relógio, o tênis e os óculos por uma mixaria. Não comprei nada, claro. Assustado eu perguntei se ele ia me assaltar.
Arremate:
Ele falou que não precisava me preocupar e que não me assaltaria por um motivo muito simples... não assaltava pobres!
BRASIL, BRASILEIRO - É DURO SER SECRETARIO
O actual líder do governo Lula na Câmara, José Múcio (PTB-PE), é paciente e bem humorado.Provou isso quando foi secretário do Governador de Pernambuco, Roberto Magalhães.
Certa vez, no programa Geraldo Freire, da Rádio Jornal, Magalhães pediu o seu testemunho para uma afirmação:
- Meu governo já fez mais de 12 mil quilômetros em electrificação rural!
José Múcio não deixaria o Governador mentindo sozinho:
- É verdade, foram mais de 12 mil quilômetros...
É mentira - exclamou Magalhães, desistindo da lorota - Não posso mentir ao povo. Na verdade, foram só 8 mil!
Certa vez, no programa Geraldo Freire, da Rádio Jornal, Magalhães pediu o seu testemunho para uma afirmação:
- Meu governo já fez mais de 12 mil quilômetros em electrificação rural!
José Múcio não deixaria o Governador mentindo sozinho:
- É verdade, foram mais de 12 mil quilômetros...
É mentira - exclamou Magalhães, desistindo da lorota - Não posso mentir ao povo. Na verdade, foram só 8 mil!
BRASIL, BRASILEIRO - O GOVERNADOR NO VELÓRIO
Acontecia, naquele dia, em Mossoró, o velório de um cidadão chamado Evaldo Lugon, que era de fora e trablhava na Petrobrás.
Quando o Senador Garibaldi Alves estava chegando à central de velórios, o seu correligionário Rafael Negreiros o interceptou:
- Garibaldi, você está indo para o velório de Evaldo?
Garibaldi:
- Sim, por que, Rafael?
Rafael:
- Home, vá não. Fique neste outro velório daqui que dá mais votos, pois o defunto é daqui de Mossoró mesmo... Evaldo nem de Mossoró era!
Garibaldi concordou na hora.
Quando o Senador Garibaldi Alves estava chegando à central de velórios, o seu correligionário Rafael Negreiros o interceptou:
- Garibaldi, você está indo para o velório de Evaldo?
Garibaldi:
- Sim, por que, Rafael?
Rafael:
- Home, vá não. Fique neste outro velório daqui que dá mais votos, pois o defunto é daqui de Mossoró mesmo... Evaldo nem de Mossoró era!
Garibaldi concordou na hora.
BRASIL, BRASILEIRO - PAIXÃO DE CRISTO
O Vice-Prefeito António Muniz (Pilões) costumava representar Jesus, na paixão de Cristo, durante a semana santa.
Ele sempre vestia uma roupa confeccionada em papel celofane, por causa do brilho.
Naquele ano, uma jovem muito bonita foi escalada para ser a Madalena. Então, naquela cena em que Madalena se ajoelha aos pés de Cristo, a jovem fez questão de exibir os seus belos e imensos seios.
Na terceira vez que ela se ajoelhou exibindo os seus atributos, o Cristo não se conteve:
- Tirem esta Madalen daqui, pelo amor de Deus... senão o papel da roupa vai se rasgar!
Ele sempre vestia uma roupa confeccionada em papel celofane, por causa do brilho.
Naquele ano, uma jovem muito bonita foi escalada para ser a Madalena. Então, naquela cena em que Madalena se ajoelha aos pés de Cristo, a jovem fez questão de exibir os seus belos e imensos seios.
Na terceira vez que ela se ajoelhou exibindo os seus atributos, o Cristo não se conteve:
- Tirem esta Madalen daqui, pelo amor de Deus... senão o papel da roupa vai se rasgar!
BRASIL, BRASILEIRO - SOBRE HOMEM ENGRAVIDAR
O Governador Mão Santa, do Piauí, recebia forte oposição do pefelista Hugo Napoleão, a quem chamava pejorativmente de americano.
Para revidar, Hugo difundiu que Mão Santa tinha um filho natural e não queria assumir. Durante uma colectiva, uma reporter indagou se era verdade.
Mão Samta: Não é de meu conhecimento... Porém é possível. Mulheres engravidam mesmo... agora, tem um americano por ai que, por mais, que tente, não consegue... porque homem não engravida!
Para revidar, Hugo difundiu que Mão Santa tinha um filho natural e não queria assumir. Durante uma colectiva, uma reporter indagou se era verdade.
Mão Samta: Não é de meu conhecimento... Porém é possível. Mulheres engravidam mesmo... agora, tem um americano por ai que, por mais, que tente, não consegue... porque homem não engravida!
BRASIL, BRASILEIRO - NÃO É MAMÃE
Carlos Lacerda fazia mais um discurso devastador, na Câmara dos Deputados, contra o "mar de lama" do Governo Getúlio Vargas.
A Deputada Ivete Vargas, sobrinha do Presidente, pedia - em vão - um aparte. Cansada da insistência e muito irritada, Ivete perdeu a paciência:
- F.D.P. - gritou ao microfone.
Com a sua estonteante rapidez de raciocínio, Lacerda respondeu na bucha:
- Vossa Excelência é muito nova para ser minha mãe!
A Deputada Ivete Vargas, sobrinha do Presidente, pedia - em vão - um aparte. Cansada da insistência e muito irritada, Ivete perdeu a paciência:
- F.D.P. - gritou ao microfone.
Com a sua estonteante rapidez de raciocínio, Lacerda respondeu na bucha:
- Vossa Excelência é muito nova para ser minha mãe!
BRASIL, BRASILEIRO - PRA SALVAR OS PARLMENTARES
Arlindo Chinglia contou no intervlo de uma entrevista para o Correio Debate TV, em Campina. O Congresso Nacional está adoptando algumas medidas para salvar os seus parlamentares.
Arlindo: A primeira é recomendar que não se coma acúcar, para evitar diabetes. A segunda delas é não comer sal em excesso nas refeições, para evitar a hipertenção... Há vários hipertensos na Casa.
O jornlista:
E para evitar casos como o de Renan Calheiros e outros?
A resposta:
Bem, neste caso, a recomendação é evitar as jornalistas...
Arlindo: A primeira é recomendar que não se coma acúcar, para evitar diabetes. A segunda delas é não comer sal em excesso nas refeições, para evitar a hipertenção... Há vários hipertensos na Casa.
O jornlista:
E para evitar casos como o de Renan Calheiros e outros?
A resposta:
Bem, neste caso, a recomendação é evitar as jornalistas...
quarta-feira, 11 de julho de 2007
BRASIL, BRASILEIRO - DESAFIO DE ARAQUE
O Coronel Chico Heráclito, ACM do seu tempo, também sabia jogar pesado naquele Pernambuco dos anos 60. Certa vez, reza a lenda, ele foi desafiado para um duelo pelo valente líder das Ligas Camponesas, Francisco Julião.
Chico Heráclito resolveu enveredar pela baixaria para se livrar do confronto, embora tenha dito que o aceitava:
- Topo, mas impondo condições. O local será em Limoeiro e as armas serão estas; eu entro com as patas, e o Julião com os chifres.
Valadares deu uma olhada, viu o colega, mas insistiu na desculpa:
- É que eu só falo com ele por telefone...
Chico Heráclito resolveu enveredar pela baixaria para se livrar do confronto, embora tenha dito que o aceitava:
- Topo, mas impondo condições. O local será em Limoeiro e as armas serão estas; eu entro com as patas, e o Julião com os chifres.
Valadares deu uma olhada, viu o colega, mas insistiu na desculpa:
- É que eu só falo com ele por telefone...
BRASIL, BRSILEIRO - NA INAUGURAÇÃO DO MONZA
O sonho do Professor União era comprar um Monza, sobretudo após o trauma com o Fiat Uno que, certa vez, o obrigou a usar guarda chuva, em plena Avenida Epitácio Pessoa, para enfrentar uma chuva, tantas eram as goteiras.
No dia da inauguração do Monza, União parou o carro ali na confluência da Ruy Carneiro com a Epitácio Pessoa, para comprar um remédio.
Mas, para seu espanto, ao retornar, encontrou uma senhora no banco de traz.
Ele: Pois não Madame?
Ela: Este alterntivo vai para o Cabedelo?
No dia da inauguração do Monza, União parou o carro ali na confluência da Ruy Carneiro com a Epitácio Pessoa, para comprar um remédio.
Mas, para seu espanto, ao retornar, encontrou uma senhora no banco de traz.
Ele: Pois não Madame?
Ela: Este alterntivo vai para o Cabedelo?
BRASIL, BRASILEIRO - É PAR SEMPRE
José Paulo Freire era figura folclórica da política paulista. Transitava de Jânio Quadros ao adversário Adhemar de Barros com desenvoltura e nenhum constrangimento.
Certa vez, quando o banqueiro Magalhães Pinto articulava a formação do Partido Popular (PP), ele logo aderiu.
- Você no PP, na oposição? - estranhou o amigo mineiro Olavo Drummond.
Partido de governo dura cinco anos - respondeu José Paulo Freire, com um leve sorriso nos lábios - Partido de banqueiro dura a vida inteira...
Certa vez, quando o banqueiro Magalhães Pinto articulava a formação do Partido Popular (PP), ele logo aderiu.
- Você no PP, na oposição? - estranhou o amigo mineiro Olavo Drummond.
Partido de governo dura cinco anos - respondeu José Paulo Freire, com um leve sorriso nos lábios - Partido de banqueiro dura a vida inteira...
BRASIL, BRASILEIRO - O NOME ESTRANHO DO MENINO
Em algumas cidades do Brasil, é comum um Perfeito ser convocado para resolver todo o tipo de pendenga, mesmo que nada tenha a vêr com a sua gestão.
Uma senhora do Conde, por exemplo, foi registar o filho, mas, ao ser impedida pela Juiza de baptizá-lo com o nome de Éfeijão da Silva, procurou o Prefeito Aluísio Régis.
Mesmo contrariado, Aluísio procurou a Juiza, que reagiu:
- Éfeijão não é nome. É coisa de comida.
Aluísio, pondo-se na defesa da mulher:
- Oxente, e a Senhora não acabou de baptizar um menino de nome Emílio?
Uma senhora do Conde, por exemplo, foi registar o filho, mas, ao ser impedida pela Juiza de baptizá-lo com o nome de Éfeijão da Silva, procurou o Prefeito Aluísio Régis.
Mesmo contrariado, Aluísio procurou a Juiza, que reagiu:
- Éfeijão não é nome. É coisa de comida.
Aluísio, pondo-se na defesa da mulher:
- Oxente, e a Senhora não acabou de baptizar um menino de nome Emílio?
BRASIL, BRASILEIRO - O PEDIDO PARA O GARÇOM
Um Perfeito recebeu, em João Pessoa, amigos do Sul do País, que vieram passar férias na cidade. Á noite, solicito, levou os amigos para jantar no Bargaço.
Lá, a esposa de um dos amigos pediu H2O ao garçon. Sem saber de que se tratava, o Perfeito ficou curioso. Então, simulou uma ida ao banheiro, chamou o garçon discretamente e perguntou o que era o tal H2O.
O garçon sussurrou: "É água, Doutor".
Quando retornou à mesa, o Perfeito se dirigiu todo sorridente à mulher:
- Estava pensando que eu não sabia como se fala água em Inglês, não era?
Lá, a esposa de um dos amigos pediu H2O ao garçon. Sem saber de que se tratava, o Perfeito ficou curioso. Então, simulou uma ida ao banheiro, chamou o garçon discretamente e perguntou o que era o tal H2O.
O garçon sussurrou: "É água, Doutor".
Quando retornou à mesa, o Perfeito se dirigiu todo sorridente à mulher:
- Estava pensando que eu não sabia como se fala água em Inglês, não era?
BRASIL, BRASILEIRO - LATINDO POR VOTOS
Na campanha de Tancredo Neves ao governo de Minas, em 1982, o Deputado Ronan Tito espalmava a mão e perguntava que número era aquele. O povão respondia "Cachorro!", numa alusão ao Jogo do Bicho.
- Pois Tancredo será o cachorro que vai expulsar os ladrões do Palácio da Liberdade! - exclamou Tito.
A estratégia de gosto duvidoso preocupava os amigos de Tancredo, que provocavam uma reunião sobre o assunto. O vice Hélio Garcia discordou:
- Se for para ganhar a eleição, tem até que latir...
- Pois Tancredo será o cachorro que vai expulsar os ladrões do Palácio da Liberdade! - exclamou Tito.
A estratégia de gosto duvidoso preocupava os amigos de Tancredo, que provocavam uma reunião sobre o assunto. O vice Hélio Garcia discordou:
- Se for para ganhar a eleição, tem até que latir...
BRASIL, BRASILEIRO - O LOBBY DOS ENFORCADOS
Em 1988, uma comitiva do Ministério da Indústria e Comercio tentava com o governo de Saddam Hussein quitar dívidas de US$ 2 bilhões com empresas brasileiras, entre elas a Mendes Junior.
Ressabiado, o Deputado da extinta Arena Israel Pinheiro avisou ao Ministro Roberto Cardoso Alves:
- O pessoal do Saddam quer saber mais do "contrato dos enforcados"
Pergunta daqui, pergunta dali, "Robertão" matou a charada: Saddam mandou enforcar funcionários Iraquianos subornados pelos brasileiros.
Ressabiado, o Deputado da extinta Arena Israel Pinheiro avisou ao Ministro Roberto Cardoso Alves:
- O pessoal do Saddam quer saber mais do "contrato dos enforcados"
Pergunta daqui, pergunta dali, "Robertão" matou a charada: Saddam mandou enforcar funcionários Iraquianos subornados pelos brasileiros.
BRASIL, BRASILEIRO - CPI COMEÇA ANTES DA HORA
Quando a oposição tentava protocolar, a instalação da CPI para apurar a falta de remédios especiais, houve um inesperado bate-boca entre os Deputados João Gonçalves e Chica Mota.
A Deputada criticou o seu colega João, por ter comandado uma estratêgia de esvaziamento do plenário:
- Justo o senhor que vive acusando a oposição de ser preguiçosa, sem querer trabalhar...
João reagiu chamando a Deputada de "descontrolada".
Chica Mora revidou:
- Eu estou calminha. Vossa excelência é que não está... talvez porque esteja faltando tomar o remédio...
A Deputada criticou o seu colega João, por ter comandado uma estratêgia de esvaziamento do plenário:
- Justo o senhor que vive acusando a oposição de ser preguiçosa, sem querer trabalhar...
João reagiu chamando a Deputada de "descontrolada".
Chica Mora revidou:
- Eu estou calminha. Vossa excelência é que não está... talvez porque esteja faltando tomar o remédio...
BRASIL, BRASILEIRO - CONSCIENCIA
Era Raimundo Correia Juiz em Minas Gerais, quando, ao abrir certos autos, encontrou um envelope com um conto de réis. Chamou o escrivão:
- Foi a parte mesmo quem o deixou, senhor Doutor, em sinal de reconhecimento pela rapidez com que teve andamento o inventário. Eu também recebi um conto de réis.
- Bom - retrucou Raimundo - se é uma remuneração espontânea, cabe à sua consciência resolver sobre o caso.
E entregando-lhe o envelope que lhe coubera:
- Tome... Devolva o meu...
- Foi a parte mesmo quem o deixou, senhor Doutor, em sinal de reconhecimento pela rapidez com que teve andamento o inventário. Eu também recebi um conto de réis.
- Bom - retrucou Raimundo - se é uma remuneração espontânea, cabe à sua consciência resolver sobre o caso.
E entregando-lhe o envelope que lhe coubera:
- Tome... Devolva o meu...
BRASIL, BRASILEIRO - LICENÇA SEM VENCIMENTO
O Doutor Rodrigues Doria era Presidente de Sergipe, quando uma Professora pública, em adiantado estado de gravidez, pediu licença com vencimentos para tratar da saúde, alegando "efermidade".
E o despacho do Presidente foi este:
- Indeferido; porque só pode ser reconhecida como enfermidade, pelo Estado, aquela que o paciente contrai involuntáriamente. E não é este o caso da requerente, que está "enferma" porque assim o quis.
E o despacho do Presidente foi este:
- Indeferido; porque só pode ser reconhecida como enfermidade, pelo Estado, aquela que o paciente contrai involuntáriamente. E não é este o caso da requerente, que está "enferma" porque assim o quis.
BRASIL, BRASILEIRO - GRAMATICA
Resolvida a adesão da provincia ao movimento de 15 de Novembro de 1889, foi constituída no Maranhão uma junta governativa, de que era membro o tribuno Paula Duarte, republicano da propaganda; o Major Tavares, representando o elemento militar e o comerciante Francisco Xavier de Carvalho, homem de poucas letras mas de grande serenidade, que integrava a junta como representante do povo.
Ao fim de alguns dias de governo, apareceu na imprensa de São Luiz um manifesto, assinado pelos três, admiravelmente escrito, mas que se particularizava, do principoio ao fim, pela violência da linguagem.
Espantado com a assinatura de Paula Duarte naquele documento imprudente, um amigo procurou-o por estranhar o facto:
- Que poderia eu fazer? - observou o tribuno, abrindo os braços - Que poderia eu fazer?
E desculpando-se, explicou:
- Imagine você que entre a ignorância e a espada, mal pude salvar a gramática!
Ao fim de alguns dias de governo, apareceu na imprensa de São Luiz um manifesto, assinado pelos três, admiravelmente escrito, mas que se particularizava, do principoio ao fim, pela violência da linguagem.
Espantado com a assinatura de Paula Duarte naquele documento imprudente, um amigo procurou-o por estranhar o facto:
- Que poderia eu fazer? - observou o tribuno, abrindo os braços - Que poderia eu fazer?
E desculpando-se, explicou:
- Imagine você que entre a ignorância e a espada, mal pude salvar a gramática!
BRASIL, BRASILEIRO - PENSÕES ALIMENTICIAS
Um aliado procurou o Deputado Wilson Santiago para pedir ajuda na contratação de um Advogado. Santiago, temendo pelo preço da operação, indagou:
- Estou sem muito dinheiro... Mas é para que?
O aliado:
- Eu pago três pensões alimentícias...
Santiago:
- É mesmo?
O aliado:
- É. Isto consome 80% dos meus salarios... E apareceu outra mulher querendo outra pensão.
Santiago:
- É mesmo?
O aliado:
- É. Se perder a causa, vou ficar sem salário e vou ter que precisar da ajuda dos amigos para viver...
Santiago, temendo ter que empregar o aliado, murmurou:
- Quanto é mesmo o Advogado?
- Estou sem muito dinheiro... Mas é para que?
O aliado:
- Eu pago três pensões alimentícias...
Santiago:
- É mesmo?
O aliado:
- É. Isto consome 80% dos meus salarios... E apareceu outra mulher querendo outra pensão.
Santiago:
- É mesmo?
O aliado:
- É. Se perder a causa, vou ficar sem salário e vou ter que precisar da ajuda dos amigos para viver...
Santiago, temendo ter que empregar o aliado, murmurou:
- Quanto é mesmo o Advogado?
BRASIL, BRASILEIRO - RAMALHETES
Acabava Nilo Peçanha, então chefe incontestável da politica fluminense, de formar a Assembleia Estadual, compondo-a de elementos amorfos e de, apenas, duas ou três figuras de valor, quando um amigo lhe observou, intrigado:
- Não sei como é que você, um homem inteligente, organiza uma Assembleia daquelas.
Apenas dois ou três rapazes de talento, para vinte nulidades, quando há tanta gente aproveitável no Estado.
Nilo Peçanha fez dançar no dedo o seu pincenez de aros de tartaruga, pendente de uma grossa fita negra e sorriu:
- Ora, meu filho... Você ja viu esses ramalhetes que as meninas oferecem às professoras nos dias de festa? Pois, as Assembleias devem ser assim.
E com perversidade completou:
- Duas ou três rosas bonitas, o resto manjericão.
- Não sei como é que você, um homem inteligente, organiza uma Assembleia daquelas.
Apenas dois ou três rapazes de talento, para vinte nulidades, quando há tanta gente aproveitável no Estado.
Nilo Peçanha fez dançar no dedo o seu pincenez de aros de tartaruga, pendente de uma grossa fita negra e sorriu:
- Ora, meu filho... Você ja viu esses ramalhetes que as meninas oferecem às professoras nos dias de festa? Pois, as Assembleias devem ser assim.
E com perversidade completou:
- Duas ou três rosas bonitas, o resto manjericão.
BRASIL, BRASILEIRO - SUSTO NA CAMPANHA
Aluysio Nunes Ferreira era lider do governo na Assembleia e confessou ao Governador Orestes Quércia que, sem tempo para campanha, temia ser derrotado para Deputado. O pior é que o Prefeito de Rio Preto, Manoel Antunes, era seu concorrente na mesma base. Quércia ligou para Antunes:
- Soube da sua candidatura, parabéns. Conte comigo!
Aluysio quase tem um infarto. Quércia tentou acalmá-lo:
- Tenho algo melhor para você.
De facto, ele foi eleito Vice-Governador na chapa de Luiz António Fleury Filho.
- Soube da sua candidatura, parabéns. Conte comigo!
Aluysio quase tem um infarto. Quércia tentou acalmá-lo:
- Tenho algo melhor para você.
De facto, ele foi eleito Vice-Governador na chapa de Luiz António Fleury Filho.
BRASIL, BRASILEIRO - PRA ASSISTIR MAZAROPI
Contada por Edmilson Dias.
Seu Mandurí passou vários dias esperando a oportunidade de ir ao cinema, assistir a um filme de Mazaropi, seu actor predileto.
Naquela noite, ele se arrumou todo, e foi pra fila do cinema, em Patos. Após um tempão na fila, eis que aparece uma vizinha e indaga:
Seu Mandurí, o senhor vai assistir o filme, é?
Seu Mandurí, imediatamente, sai da fila e resmunga se afastando:
Não, eu fiquei esse tempo todinho só pra vêr até onde essa fila ia dar!
Seu Mandurí passou vários dias esperando a oportunidade de ir ao cinema, assistir a um filme de Mazaropi, seu actor predileto.
Naquela noite, ele se arrumou todo, e foi pra fila do cinema, em Patos. Após um tempão na fila, eis que aparece uma vizinha e indaga:
Seu Mandurí, o senhor vai assistir o filme, é?
Seu Mandurí, imediatamente, sai da fila e resmunga se afastando:
Não, eu fiquei esse tempo todinho só pra vêr até onde essa fila ia dar!
BRASIL, BRASILEIRO - REMEDIO PRA BÊBADO
Seu Mandurí estava descansando no primeiro andar de sua residência, quando um bêbado começou a gritar na rua.
Por mais que pedisse silêncio, o bêbado seguia incomodando.
Seu Mandurí, então, pega um pequeno casco de tartaruga, um souvenir que trouxera de uma viagem, e atira lá de cima.
O bêbado fica revoltado: "Por que não joga a mãe?"
Mandurí não se faz rogado. Pega um outro casco de tartaruga maior e joga lá de cima:
- Tá ai o casco da mãe que você pediu!
Por mais que pedisse silêncio, o bêbado seguia incomodando.
Seu Mandurí, então, pega um pequeno casco de tartaruga, um souvenir que trouxera de uma viagem, e atira lá de cima.
O bêbado fica revoltado: "Por que não joga a mãe?"
Mandurí não se faz rogado. Pega um outro casco de tartaruga maior e joga lá de cima:
- Tá ai o casco da mãe que você pediu!
BRASIL, BRASILEIRO - SÓ POR TELEFONE
Benedito Valadares estava no final do último mandato de Senador, nos anos 70, e evitava jornalistas.
Certo dia, acabou encurralado em um corredor do Senado. Atônito, pegou o telefone mais próximo e fingiu que falava com alguém.
Conversa demorada. Os jornalistas se impacientaram e ele reagiu:
- Não têm respeito? Não vêem que estou falando com o Carvalho Pinto?
- Mas o Carvalho Pinto está ali do lado! - apontou um jornalista.
Certo dia, acabou encurralado em um corredor do Senado. Atônito, pegou o telefone mais próximo e fingiu que falava com alguém.
Conversa demorada. Os jornalistas se impacientaram e ele reagiu:
- Não têm respeito? Não vêem que estou falando com o Carvalho Pinto?
- Mas o Carvalho Pinto está ali do lado! - apontou um jornalista.
BRASIL, BRASILEIRO - TEMPO DE ROUBO
Há poucos dias, o Delegado da 10ª Distrital prendeu três bandidos, acusados de roubar equipamentos da Secretaria de Educação de João Pessoa.
O Delegado descobriu, surpreso, que os três eram prestadores de serviço da pasta e indagou:
Vocês trabalham há quanto tempo na Secretaria?
Um deles:
Desde o tempo do Perfeito Cicero Lucena.
O Delegado:
E já roubam desde aquele tempo?
O outro:
Não só agora.
O Delegado, curioso:
Oxente, e por que só agora?
O terceiro:
Naquele tempo não tinha o que roubar...
O Delegado descobriu, surpreso, que os três eram prestadores de serviço da pasta e indagou:
Vocês trabalham há quanto tempo na Secretaria?
Um deles:
Desde o tempo do Perfeito Cicero Lucena.
O Delegado:
E já roubam desde aquele tempo?
O outro:
Não só agora.
O Delegado, curioso:
Oxente, e por que só agora?
O terceiro:
Naquele tempo não tinha o que roubar...
BRASIL, BRASILEIRO - GRAMPO TORCEDOR
Quando se especializava na União Sovietica, o genial pianista Arthur Moreira Lima, e sua familia eram monitorados pela ditadura, que grampava os seus telefones, no Rio de Janeiro.
Certa vez, ele esperou horas por uma ligação para saber o resultado de um jogo decisivo do seu time querido, o Fluminense. Mas a sua mãe de nada sabia, nem havia ninguém por perto para ela perguntar.
Arthur praguejava lá de Moscovo quando o sujeito que escutava a ligação clandestinamente, também adepto do Fluminense doente, gritou:
- O Flusão venceu! Foi 2 a 1!
E desligou.
Certa vez, ele esperou horas por uma ligação para saber o resultado de um jogo decisivo do seu time querido, o Fluminense. Mas a sua mãe de nada sabia, nem havia ninguém por perto para ela perguntar.
Arthur praguejava lá de Moscovo quando o sujeito que escutava a ligação clandestinamente, também adepto do Fluminense doente, gritou:
- O Flusão venceu! Foi 2 a 1!
E desligou.
BRASIL, BRASILEIRO - PRA FUGIR DAS BALAS
Há poucos dias, quando estava no Rio de Janeiro, o Professor União pegou um táxi pro hotel, e se assombrou com a velocidade que o motorista empreendia.
Quando o velocímetro marcava mais de 120 quilometros por hora, ele não se conteve:
- "Meu amigo, não está indo veloz demais, não?"
O taxista:
- "Bem posso ir mais devagar por este trecho da favela, onde sempre tem tiroteio..."
Professor União:
- "Sendo assim, pode acelarar. Não dá pra ir mais rápido que as balas, não?"
Quando o velocímetro marcava mais de 120 quilometros por hora, ele não se conteve:
- "Meu amigo, não está indo veloz demais, não?"
O taxista:
- "Bem posso ir mais devagar por este trecho da favela, onde sempre tem tiroteio..."
Professor União:
- "Sendo assim, pode acelarar. Não dá pra ir mais rápido que as balas, não?"
BRASIL, BRASILEIRO - LIVROS EM ALTA
Após a última reunião do Conselho de Ética do Senado, quando Demóstenes Torres (DEM-TO) garantiu mais alguns minutos de fama também às custas do corregedor, Senador Romeu Tuma (DEM-SP), o ex-Deputado Robson Tuma não se conteve e ironizou o parlamentar:
- Vou presentear o senhor com um livro de Direito...
Torres respondeu:
- E eu vou presentear o senhor com uma biblioteca inteira!
- Vou presentear o senhor com um livro de Direito...
Torres respondeu:
- E eu vou presentear o senhor com uma biblioteca inteira!
BRASIL, BRASILEIRO - MENSAGEM DO ASSALTADO
É a mensagem de um cidadão assombrado com a violência, posta numa faixa colocada à porta da sua casa:
- "Senhor ladrão, solicito que após furtar-me de novo ofereça o produto a mim mesmo!"
Diz ainda:
- "Comprar de novo no mercado legal custa muito caro e sei que o senhor vende baratinho. Prometo sigilo absoluto pois não desejo ser preso por receptação de produto roubado".
Arremate da faixa:
- "Certo de sua compreenção, aguardo tratar aqui. Obs. Favor não roubar a faixa!!!"
- "Senhor ladrão, solicito que após furtar-me de novo ofereça o produto a mim mesmo!"
Diz ainda:
- "Comprar de novo no mercado legal custa muito caro e sei que o senhor vende baratinho. Prometo sigilo absoluto pois não desejo ser preso por receptação de produto roubado".
Arremate da faixa:
- "Certo de sua compreenção, aguardo tratar aqui. Obs. Favor não roubar a faixa!!!"
BRASIL, BRASILEIRO - ESPIRITO GOVERNISTA
O Deputado Paulo Montenegro, de Pianço, era assumidamente governista, em qualquer governo. Costumava dizer:
- Se há um governo, eu sou a favor!
Certo dia, na Assembleia, e após aderir imediatamente a Ernani Sátyro, um jornalista indagou:
- O Senhor já gosta de mudar de lado, não é Deputado?
O Deputado:
- Pelo contrário, meu amigo. Se nós temos um candidato, e ele não consegue ganhar, eu não tenho culpa. eu continuo do lado do governo. Quem muda de lado é quem não se elege governo!
- Se há um governo, eu sou a favor!
Certo dia, na Assembleia, e após aderir imediatamente a Ernani Sátyro, um jornalista indagou:
- O Senhor já gosta de mudar de lado, não é Deputado?
O Deputado:
- Pelo contrário, meu amigo. Se nós temos um candidato, e ele não consegue ganhar, eu não tenho culpa. eu continuo do lado do governo. Quem muda de lado é quem não se elege governo!
quinta-feira, 5 de julho de 2007
BRASIL, BRASILEIRO - O PRESENTE DO DEPUTADO
À algumas semanas, um Deputado Paraibano provocou um seu colega de bancada:
- Você sabe o que eu dei de presente de aniversário para a mimnha mulher?
O outro, pensando na Operação Navalha:
- Não faço ideia. O que você deu?
O Deputado:
- Bem, eu pensei bem e dei um anel de brilhantes.
O outro, espantado:
- Eita! Deve ter sido uma nota preta, Porque não deu um presente mais barato como uma televisão?
O Deputado:
- Que é isso, compadre? Onde ia eu arrumar um televisão falsificada.
- Você sabe o que eu dei de presente de aniversário para a mimnha mulher?
O outro, pensando na Operação Navalha:
- Não faço ideia. O que você deu?
O Deputado:
- Bem, eu pensei bem e dei um anel de brilhantes.
O outro, espantado:
- Eita! Deve ter sido uma nota preta, Porque não deu um presente mais barato como uma televisão?
O Deputado:
- Que é isso, compadre? Onde ia eu arrumar um televisão falsificada.
BRASIL, BRASILEIRO - SAMBA DO CANTOR DOIDO
Nos anos 90 a familia real do Brasil percorria o País em campanha pela volta da monarquia. Em visita ao Pará, os Orleans e Bragança foram recebidos pelo Governador Carlos Santos, um cantor brega, que assumiu no lugar do titular, Jader Barbalho, que renunciou para disputar o Senado.
Natural de Capanema, cidade vizinha ao balneário de Bragança, no Pará, Carlos Santos recebeu os representantes da realeza na porta do palácio:
- Muito prazer. O senhor é de Bragança e eu sou de Capanema, portanto, somos quase conterrâneos!
Natural de Capanema, cidade vizinha ao balneário de Bragança, no Pará, Carlos Santos recebeu os representantes da realeza na porta do palácio:
- Muito prazer. O senhor é de Bragança e eu sou de Capanema, portanto, somos quase conterrâneos!
BRASIL, BRASILEIRO - OS PRONOMES DE DEDEU
Dedeu, jogador do Naútico. Machucado às vesperas do jogo com o Sport, Dedeu foi procurado por um repórter:
- Você acha que fará falta ao Náutico, Dedeu?
Dedeu:
- Comigo ou sem migo, o Nautico vai ganhar esse jogo.
Dedeu e seu colega Jorge Mendonça assistiram ao jogo das arquibancadas.
Quando a partida terminou, uma jovem assediou Dedeu, convidando-o para irem a uma festa.
Encabulado por ela não ter chamado Jorge Mendonça, Dedeu arrematou:
- Jorge, vou eu e tigo...
- Você acha que fará falta ao Náutico, Dedeu?
Dedeu:
- Comigo ou sem migo, o Nautico vai ganhar esse jogo.
Dedeu e seu colega Jorge Mendonça assistiram ao jogo das arquibancadas.
Quando a partida terminou, uma jovem assediou Dedeu, convidando-o para irem a uma festa.
Encabulado por ela não ter chamado Jorge Mendonça, Dedeu arrematou:
- Jorge, vou eu e tigo...
BRSIL, BRASILEIRO - TERMOMETRO DE FUTURO
A pedido do pai, José Rêgo Maciel, o jovem advogado Marco Maciel, ganhou em 1966 um cargo de acessor do Governador de Pernambuco Paulo Guerra.
Certa vez, Chico Heráclito, folclórico chefe politico de Limoeiro, ao chegar no palácio para um encontro com Guerra, encontrou a figura magra e comprida de Marco Maciel, vestindo um terno branco e gravata vermelha.
O "coronel" foi logo perguntando ao Governador:
- O que esse termômetro, filho de Zé do Rego, está fazendo aqui.
Certa vez, Chico Heráclito, folclórico chefe politico de Limoeiro, ao chegar no palácio para um encontro com Guerra, encontrou a figura magra e comprida de Marco Maciel, vestindo um terno branco e gravata vermelha.
O "coronel" foi logo perguntando ao Governador:
- O que esse termômetro, filho de Zé do Rego, está fazendo aqui.
BRASIL, BRASILEIRO - O PODER ENGORDA?
Ministro do Trabalho e da Previdência no governo João Goulart, Almino Afonso estava no cargo há apenas dois meses, mas já havia engordado.
Ao encontrá-lo na Câmara, o Deputado José Maria Alkimin não perdoou:
- Almiro, pelo jeito o poder engorda mesmo. É só dar uma olhada em você.
- A tese é pelo menos discutível - respondeu Almino, irritado.
- Por que?
- Você sempre esteve no poder ou perto dele e, mesmo assim, continua magro como um palito.
Ao encontrá-lo na Câmara, o Deputado José Maria Alkimin não perdoou:
- Almiro, pelo jeito o poder engorda mesmo. É só dar uma olhada em você.
- A tese é pelo menos discutível - respondeu Almino, irritado.
- Por que?
- Você sempre esteve no poder ou perto dele e, mesmo assim, continua magro como um palito.
terça-feira, 3 de julho de 2007
REENCONTRO
Jacó Levy Moreno foi o fundador do psicodrama. Ele está para o psicodrama assim como Freud está para psicanálise. Moreno diz que ao nascermos, saímos da placenta da mãe para sermos acolhidos pela placenta social, que compreende a nossa família e o nosso grupo social e profissional.Deixamos para trás o nosso lar e partimos em busca de nossos sonhos. Na placenta materna vivemos sumamente protegidos e ai nos nutrimos para enfrentar as borrascas da vida. Lá fora, no mundo, tal como o filho pródigo, vamos encontrar graves adversidades que nos fazem querer retornar para o seio materno e ali buscar conforto e energia para prosseguir a caminhada.
É certo que não podemos retornar ao ventre materno. Seria, em muitas situações, a suprema felicidade, o gozo inexcedível. Todavia, o retorno à casa paterna é uma magnífica oportunidade de quase se voltar à placenta, revivendo o doce tempo da “infância querida que os anos não trazem mais” , na expressão memorável de Casimiro de Abreu. Percorrer os primeiros caminhos, beber na fonte do rio dos tempos de menino, subir naquelas arvores que despertaram em nossas mentes infantes a idéia do desafio e da conquista, rever lugares que ficaram marcados em nossa memória, ouvir novamente os sons mágicos que nos transportam ao passado, tudo isso é voltar à placenta, é ser criança de novo. É viver a magia da “ave que volta ao ninho antigo” em busca de energia interior para prosseguir na estrada, em especial no entardecer da vida, quando as forças já começam a minguar, ou talvez à procura da paz perdida e dos sonhos que se apagam num despertar sem esperança.
De vez em quando volto à minha Caiçara, à casa branca n beira da estrada, cercada de centenárias baraúnas, onde minha terna mãe me trouxe a este mundo caprichoso, num janeiro sem chuvas. É ali aonde me reencontro, em longas meditações, envolvido num manto mágico de mil lembranças, ou, n expressão do porta, vivendo em cada canto uma saudade. Pelos desígnios do Altíssimo, sai daquelas plagas aos treze anos de idade, numa manha pesarosa. Minha mãe, retendo o choro, abençoou-me e, rezando em murmúrio, acompanhou a minha partida com o seu olhar afetuoso e triste. Aquela imagem acompanhou-me pela vida afora e hoje, quando lá retorno, vejo com os olhos da alma aquela doce criatura a me saudar da mesma janela. Os ouvidos parecem ouvir os sons de seus leves passos. A sua ternura e o seu perfume ainda envolvem a doce atmosfera materna. Na verdade, agora, só resta o seu retrato no alto daquela parede da varanda, espaço que servia de altar para celebrações religiosas, de sala de visita e também de dormitório da meninada, em redes. Apesar do vazio da sua presença, no mais, tudo permanece igual: a calçada, o curral do gado, o terreiro, o quintal, a montanha em frente onde despontava o sol e a lua, os sons entoados pelo berro das rezes e pelos cantos dos pássaros, as arvores que me davam sobra nas horas de solidão, tudo formando um mundo que me transporta ao começo da existência.
O elo com o passado é fundamental para fortalecer as energias do espírito. É bom percorrer velhos caminhos revivendo lembranças, reavivando marcas, replantando arvores, reaquecendo corações amigos, sem magoas, nem tristezas. Esse retorno não significa saudosismo, nem expressa desencanto com o presente ou desesperança no futuro. Trazer ao sacrário da memória velhas e doces recordações é reviver alegrias, é revigorar o animo com novas forças para prosseguir de passos firmes pelos caminhos do porvir. E para isso é interessante buscar no psicodrama de Jacó Moreno o reconforto de, sempre que possível, retornar ao ventre materno, mesmo que pelos caminhos da imaginação. E ali reabastecer a nossa alma.
- “ Vicente Leal de Araújo” -
É certo que não podemos retornar ao ventre materno. Seria, em muitas situações, a suprema felicidade, o gozo inexcedível. Todavia, o retorno à casa paterna é uma magnífica oportunidade de quase se voltar à placenta, revivendo o doce tempo da “infância querida que os anos não trazem mais” , na expressão memorável de Casimiro de Abreu. Percorrer os primeiros caminhos, beber na fonte do rio dos tempos de menino, subir naquelas arvores que despertaram em nossas mentes infantes a idéia do desafio e da conquista, rever lugares que ficaram marcados em nossa memória, ouvir novamente os sons mágicos que nos transportam ao passado, tudo isso é voltar à placenta, é ser criança de novo. É viver a magia da “ave que volta ao ninho antigo” em busca de energia interior para prosseguir na estrada, em especial no entardecer da vida, quando as forças já começam a minguar, ou talvez à procura da paz perdida e dos sonhos que se apagam num despertar sem esperança.
De vez em quando volto à minha Caiçara, à casa branca n beira da estrada, cercada de centenárias baraúnas, onde minha terna mãe me trouxe a este mundo caprichoso, num janeiro sem chuvas. É ali aonde me reencontro, em longas meditações, envolvido num manto mágico de mil lembranças, ou, n expressão do porta, vivendo em cada canto uma saudade. Pelos desígnios do Altíssimo, sai daquelas plagas aos treze anos de idade, numa manha pesarosa. Minha mãe, retendo o choro, abençoou-me e, rezando em murmúrio, acompanhou a minha partida com o seu olhar afetuoso e triste. Aquela imagem acompanhou-me pela vida afora e hoje, quando lá retorno, vejo com os olhos da alma aquela doce criatura a me saudar da mesma janela. Os ouvidos parecem ouvir os sons de seus leves passos. A sua ternura e o seu perfume ainda envolvem a doce atmosfera materna. Na verdade, agora, só resta o seu retrato no alto daquela parede da varanda, espaço que servia de altar para celebrações religiosas, de sala de visita e também de dormitório da meninada, em redes. Apesar do vazio da sua presença, no mais, tudo permanece igual: a calçada, o curral do gado, o terreiro, o quintal, a montanha em frente onde despontava o sol e a lua, os sons entoados pelo berro das rezes e pelos cantos dos pássaros, as arvores que me davam sobra nas horas de solidão, tudo formando um mundo que me transporta ao começo da existência.
O elo com o passado é fundamental para fortalecer as energias do espírito. É bom percorrer velhos caminhos revivendo lembranças, reavivando marcas, replantando arvores, reaquecendo corações amigos, sem magoas, nem tristezas. Esse retorno não significa saudosismo, nem expressa desencanto com o presente ou desesperança no futuro. Trazer ao sacrário da memória velhas e doces recordações é reviver alegrias, é revigorar o animo com novas forças para prosseguir de passos firmes pelos caminhos do porvir. E para isso é interessante buscar no psicodrama de Jacó Moreno o reconforto de, sempre que possível, retornar ao ventre materno, mesmo que pelos caminhos da imaginação. E ali reabastecer a nossa alma.
- “ Vicente Leal de Araújo” -
SOBRE A CONTEMPORANEIDADE DO MARXISMO
O marxismo de Marx é um dos legados intelectuais mais importantes do século XIX. Trata-se de conhecimento complexo e de refinado conteúdo cientifico e filosófico. É também, ideologicamente comprometido, seguindo às limitações e tradição do pensamento sobre a realidade social, econômica e política. É difícil saber o que no marxismo é filosofia ou ciência. O que mais lhe caracteriza é ser um sistema integrado dessas áreas do saber humano. Ai estariam os fundamentos para a acção política voltada à edificação da sociedade socialista.
Enquanto filosofia, o marxismo, além de revolucionar o método dialético, inspirou.-se num fim preciso: transformar a sociedade. Enquanto ciência pautou-se pela teoria critica do capitalismo. À luz do seu conteúdo filosófico (a dialética materialista), o marxismo enriqueceu o seu conteúdo cientifico (o materialismo histórico), e vice-versa.
Como sínteses do manancial científico-filosófico do marxismo, destaca-se a sua teoria do valor e da valorização do capital. Nela estão os argumentos da luta de classes, que baseiam a teoria da exploração dos assalariados, e a essência das leis do desenvolvimento capitalista, rumo à sua autonegação histórica. A razão disso estaria nas contradições do processo de produção e a acumulação de capital. As evidencias do caminhar traumático desse modo de produção seriam as freqüentes crises de super-acumulação, sub- consumo e desequilíbrio entre os sectores produtivos.
O marxismo se propôs a ser a lógica-histórica do que antes eram utopias socialistas: o sonho de uma sociedade sem classes; a propriedade colectiva dos meios de produção; a superação do modo de produção capitalista e o fim da alienação da essência humana. Em O Capital, Marx dizia:
“A finalidade maior desta obra é descobrir a lei econômica da sociedade moderna”.
Reconhecia, porém, que mesmo uma sociedade descobrindo a lei natural do seu processo de desenvolvimento ela não pode dar saltos ou suprir por decreto as fases naturais desse processo. Nem por isso deixou de ter fé no caminho das soluções políticas capazes de abreviar as dores do parto da sociedade sonhadora.
Avaliar a actualidade do marxismo envolve três aspectos básicos: a sua proposta metodológica e teórico-científica de apreensão da realidade sócio-ecônomica; as suas conclusões sobre as tendências do capitalismo e as limitações de Marx, ao ter como objecto de investigação o incipiente capitalismo inglês de meados do século XIX.
Coerente com Marx, o capitalismo de hoje deve estar mais próximo da sociedade do futuro por ele almejada. O marxismo original carece de ajustamentos. A globalização econômica e a emergência da sociedade do conhecimento são factos. Marx concebeu a tendência dessa ordem futura do capitalismo, não teorizou sobre ela. Mas já sabia que, nesse contexto, o trabalho se tornaria uma fonte miserável de geração de valor e riqueza, comparado à ciência e tecnologia.
O capitalismo aprendeu a administrar melhor ou mascarar as suas crises, mas sem eliminar as suas contradições. Há enigmas de efeitos monumentais a decifrar: a financeirização fetichista da valorização do capital e as pseudo-soluções da intervenção estatal na economia e da criação recorrente, pela iniciativa privada, das bolhas de consumo, investimentos, credito, etc. A fúria consumista compromete o equilíbrio ecológico da Terra. O desejável é que o capitalismo aprimore o cumprimento da sua missão; urge corrigir os seus rumos. É preciso evitar que a sonhada sociedade do futuro deixe de existir, por falta de Planeta.
- “Rômulo Soares Polari” -
Enquanto filosofia, o marxismo, além de revolucionar o método dialético, inspirou.-se num fim preciso: transformar a sociedade. Enquanto ciência pautou-se pela teoria critica do capitalismo. À luz do seu conteúdo filosófico (a dialética materialista), o marxismo enriqueceu o seu conteúdo cientifico (o materialismo histórico), e vice-versa.
Como sínteses do manancial científico-filosófico do marxismo, destaca-se a sua teoria do valor e da valorização do capital. Nela estão os argumentos da luta de classes, que baseiam a teoria da exploração dos assalariados, e a essência das leis do desenvolvimento capitalista, rumo à sua autonegação histórica. A razão disso estaria nas contradições do processo de produção e a acumulação de capital. As evidencias do caminhar traumático desse modo de produção seriam as freqüentes crises de super-acumulação, sub- consumo e desequilíbrio entre os sectores produtivos.
O marxismo se propôs a ser a lógica-histórica do que antes eram utopias socialistas: o sonho de uma sociedade sem classes; a propriedade colectiva dos meios de produção; a superação do modo de produção capitalista e o fim da alienação da essência humana. Em O Capital, Marx dizia:
“A finalidade maior desta obra é descobrir a lei econômica da sociedade moderna”.
Reconhecia, porém, que mesmo uma sociedade descobrindo a lei natural do seu processo de desenvolvimento ela não pode dar saltos ou suprir por decreto as fases naturais desse processo. Nem por isso deixou de ter fé no caminho das soluções políticas capazes de abreviar as dores do parto da sociedade sonhadora.
Avaliar a actualidade do marxismo envolve três aspectos básicos: a sua proposta metodológica e teórico-científica de apreensão da realidade sócio-ecônomica; as suas conclusões sobre as tendências do capitalismo e as limitações de Marx, ao ter como objecto de investigação o incipiente capitalismo inglês de meados do século XIX.
Coerente com Marx, o capitalismo de hoje deve estar mais próximo da sociedade do futuro por ele almejada. O marxismo original carece de ajustamentos. A globalização econômica e a emergência da sociedade do conhecimento são factos. Marx concebeu a tendência dessa ordem futura do capitalismo, não teorizou sobre ela. Mas já sabia que, nesse contexto, o trabalho se tornaria uma fonte miserável de geração de valor e riqueza, comparado à ciência e tecnologia.
O capitalismo aprendeu a administrar melhor ou mascarar as suas crises, mas sem eliminar as suas contradições. Há enigmas de efeitos monumentais a decifrar: a financeirização fetichista da valorização do capital e as pseudo-soluções da intervenção estatal na economia e da criação recorrente, pela iniciativa privada, das bolhas de consumo, investimentos, credito, etc. A fúria consumista compromete o equilíbrio ecológico da Terra. O desejável é que o capitalismo aprimore o cumprimento da sua missão; urge corrigir os seus rumos. É preciso evitar que a sonhada sociedade do futuro deixe de existir, por falta de Planeta.
- “Rômulo Soares Polari” -
segunda-feira, 2 de julho de 2007
A REAÇÃO DE GAIA
Hesíodo, poeta do século 8 a.c., alçava Gaia à categoria de segunda divindade primordial. A origem do nome Gaia remonta ao da deusa grega, conhecida ainda como Geota (geo, em grego, significa terra). O aquecimento global tem levado cientistas a debater o tema Gaia. Esses estudiosos são unânimes em reconhecer o aumento célere da temperatura média na superficie da terra.
A explicação para a vida em nosso planeta surge no século XIX, com a teoria da Evolução das Espécies de Charles Darwin. Para esse biólogo inglês, a evolução dos seres vivos depende da sua adaptação ao ambiente através da selecção natural. Há mais de trinta anos, o químico e ambientalista inglês, James Lavelock, alarga as idéias darwinianas, ao criar a Teoria de Gaia, com visão holística, ao observar os sistemas como um todo, como funcionam e quais as inter-relações existentes entre eles.
Recentemente, Lovelock lançou o livro a Vingança da Gaia, cuja idéia central é aterradora e apocalíptica, por prever que Gea pode se vingar das agressões que lhe são feitas, pois esse superorganismo não fica inerte, está sempre pronto para reagir e se adaptar às acções dos seres vivos, pronto para gerar, manter e regular as condições ambientais necessárias à sua sobrevivência, mesmo que para isso tenha de recorrer à destruição de algumas espécies.
Com essa idéia de vendeta, Lovelok equipara a terra a um ser racional e pensante. E não é isto o que está acontecendo? Parece que sim, basta que se apontem as seguintes catástrofes: o estado febril do planeta caminhando para um estado comatoso, a perda quase total das neves de Kilimnjaro, monte situado na África, tão decantado na pélicula de igual nome, o derretimento da calota polar na região Artica, consequências do desaparecimento do CO2 na atmosfera, do cultivo desordenado de imensas áreas, da devastação das florestas.
E haja furacão, secas, viroses, bactérias... Que fazer? Pressionar os dez maiores poluidores do mundo a aderirem a políticas ambientais sérias, enquanto ainda resta uma esperança.- "Onélia Queiroga" -
A explicação para a vida em nosso planeta surge no século XIX, com a teoria da Evolução das Espécies de Charles Darwin. Para esse biólogo inglês, a evolução dos seres vivos depende da sua adaptação ao ambiente através da selecção natural. Há mais de trinta anos, o químico e ambientalista inglês, James Lavelock, alarga as idéias darwinianas, ao criar a Teoria de Gaia, com visão holística, ao observar os sistemas como um todo, como funcionam e quais as inter-relações existentes entre eles.
Recentemente, Lovelock lançou o livro a Vingança da Gaia, cuja idéia central é aterradora e apocalíptica, por prever que Gea pode se vingar das agressões que lhe são feitas, pois esse superorganismo não fica inerte, está sempre pronto para reagir e se adaptar às acções dos seres vivos, pronto para gerar, manter e regular as condições ambientais necessárias à sua sobrevivência, mesmo que para isso tenha de recorrer à destruição de algumas espécies.
Com essa idéia de vendeta, Lovelok equipara a terra a um ser racional e pensante. E não é isto o que está acontecendo? Parece que sim, basta que se apontem as seguintes catástrofes: o estado febril do planeta caminhando para um estado comatoso, a perda quase total das neves de Kilimnjaro, monte situado na África, tão decantado na pélicula de igual nome, o derretimento da calota polar na região Artica, consequências do desaparecimento do CO2 na atmosfera, do cultivo desordenado de imensas áreas, da devastação das florestas.
E haja furacão, secas, viroses, bactérias... Que fazer? Pressionar os dez maiores poluidores do mundo a aderirem a políticas ambientais sérias, enquanto ainda resta uma esperança.- "Onélia Queiroga" -
MEDO DE ERRAR
Nossas duvidas são traidoras e nos faz perder o bem que poderiamos conquistar se não fosse o medo de errar.- "William Shakespeare" -
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