quarta-feira, 30 de abril de 2008

OBITUARIO – 01 de Maio de 1994 a 2008-05-01


É bom recordar aqueles que por alguma razão nos tocaram especialmente ao longo da vida.

Neste dia 01 de Maio de 1994, morre, vitima de acidente de viação, no circuito automóvel de Imola, em Itália, o para mim, maior piloto de formula um de todos os tempos, Ayrton Senna da Silva.

Simplesmente o meu grande ídolo do automobilismo. Depois dele só recordações...

Passaram 14 anos, mas parece que foi hoje!!!

Obrigado Senna...

http://www.geocities.com/MotorCity/1323/

VOTO NÃO É PROBLEMA

Contam que o senador pontiguar Dinarte Mariz, defensor do regime militar, certa vez argumentava com o presidente da Republica sobre a conveniência de cassar os direitos políticos de um adversário.
- Senador, não é fácil. O homem tem muitos votos - ponderou o general de plantão.
Simples e direto, Dinarte Mariz fulminou:
- Dê muita importância a voto não... Se dependesse deles, o senhor não estaria aí...

SERÁ QUE A MADONA DÁ?

O registro vai por conta da polemica que as declarações da cantora Ana Carolina provocaram na média, após o seu último show, em que o seu principal sucesso é “Eu comi a Madona”.
O expressivo título da música motivou a indagação de um jornalista:
- Chegou ao seu conhecimento se a Madonna soube da sua música?
Ana Carolina, sem perder a fleuma, respondeu na maior naturalidade:
- Não sei, mas acho que ela não vai achar nada. De repente, ela até resolveria dá para mim. Seria uma boa... Dá pra tu, Tião Lucena?

QUESTÃO HIERÁRQUICA

O senador Virgilio Távora foi um dos mais experientes e espirituosos políticos do Nordeste. Chamado de “coronel” até pelos aliados, Távora era governador quando tentava se livrar da pressão de um chefe político do Cariri, que insistia em nomear um fiscal de impostos na sua cidade.
- Isso é muito complicado – desconversou Távora.
- Você não faz porque não quer. É só dar a ordem para o general Edson Ramalho, então secretário da Fazenda do Ceará.
Foi a “deixa” que o governador esperava:
- Onde já se viu um coronel dar ordens a um general?

O TABEFE NO PRESIDENTE

A sessão na Câmara de Sousa, naquele dia, estava alimentada com um pesado bate-boca entre os vereadores Geraldo Batista e Wilson Gadelha.
Foi quando o presidente Abdias Olímpio decidiu intervir. Mas, foi infeliz. Naquele exato momento, Batista desferiu um tabefe na direção de Gilson que, esperto, se abaixou. Ai, o golpe acertou certeiro o pé-de-ouvido do presidente.
O presidente caiu e se zangou:
- Ei, Geraldo Batista, você acaba de agredir a constituinte!
Batista nem pestanejou:
- Pois, saia do meio, porque a constituinte vai apanhar de novo!
E desferiu outra bofetada.

O MICROFONE É UMA ARMA

Foi hilário o que aconteceu na Câmara de Taperoá, há poucos dias. O vereador Geovânio Gonzaga se revoltou com o presidente da Casa, Gerôncio Gouveia:
- Você recebeu 40 cargos pra distribuir com a gente e não distribuiu.
O presidente reagiu, com indignação:
- É mentira, eu só recebi 20 cargos...
E revoltado com a inconfidência, cassou a palavra do colega Geovânio eu, num gesto inesperado, atirou o microfone no presidente.
Resultado: Gerôncio foi hospitalizado e levou cinco pontos. Recuperado do susto, se consolou:
- Apanhei, mas não dei os cargos pra ele...

domingo, 27 de abril de 2008

GROTESCAS

Nas palavras e nas modas, observe mesma regra: sendo novas ou antigas demais, são igualmente grotescas.

‘Pope’

OPORTUNIDADE

É melhor estar preparado para uma oportunidade e não ter nenhuma do que ter uma oportunidade e não estar preparado.

‘Whitney Young Jr’

PERDER O SISO

O homem começa a perder o siso quando ele dá a mordida maior do que é capaz de mastigar.

‘Herb Caen’

CIUME, COBIÇA, INVEJA

Ciúme é querer manter o que se tem; cobiça é querer o que não se tem; inveja é não querer que o outro tenha.

DOMINICAL

As segundas deviam vir com bulas e tarjas pretas.

ETERNO

Deus fez o homem á sua imagem e semelhança. Mas lhe tirou a eternidade.

MANDANDO

Tenho a nitida impressão de que Moisés perdeu alguns mandamentos na descida.

sábado, 26 de abril de 2008

SE OS MEUS OLHOS...

Se os meus olhos mostrassem a minha alma, todos, ao me verem sorrir, chorariam comigo.

‘Kurt Cobain’

SOLDADO NAMORADOR

Certo dia, duas jovens grávidas pediram audiência ao governador João Agripino, em caráter de urgência, para tratar de um assunto muito serio.
João Agripino não tinha protocolo para receber as pessoas. Mandou as duas entrarem de uma só vez. Elas disseram que estavam grávidas de um mesmo homem, um soldado da sua guarda pessoal, e pediam providencias.
João encarou as duas e determinou ao ajudante de ordens:
- Mande chamar este soldado, imediatamente...
E ante a perplexidade das duas, arrematou:
- Eu quero condecorar este soldado!

DESCONTO NA ENCHENTE

Recife sempre conviveu com enchentes, mas o deputado arenista Leal Sampaio se despediu da Secretaria de Obras do Governo de seu irmão Cid Sampaio, com uma frase de efeito da qual se arrependeria:
- Cumpri meu dever: resolvi 40% das enchentes do rio Capibribe!
O deputado Livino Valença (MDB) não conteve o aparte, cheio de ironia:
- Graças a Deus! Na próxima cheia só vou ter lá em casa 1,20 metros de água, porque na última enchente chegou a dois metros.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

A ESCOLHA DA COMADRE

O minerim há muito tempo estava de olho na cumádi e, aproveitando a ausência do cumpádi, resolveu fazer uma visita modi vê se ela não precisava de alguma coisa.
Chegando lá, os dois meio sem jeito, não estavam acostumados a ficar sós, falaram sobre o tempo...
Ele:
- Será que chove...
Ela:
- Pois é...
E ficou aquele grande silencio.
Aí, o cumpadre se enche de coragem e resolve quebrar o gelo:
- Cumadre! Que é que tu acha: coisemo ou tomemo um café?
Ela, já se animando.
- Ah, cumpadre... achu que num temo iscôia, não. Cê me pegou sem pó!

A MARCHA DA MACONHA

O cantor Jorge Marral concedia á dias, entrevista ao jornalista Carlos Magno, para falar do seu novo show “A Volta da Lombra”.
Num certo momento, Carlos indagou:
- E o que é que o senhor está achando dessa marcha da maconha?
Marral:
- Eu sou contra. Não vou participar, não!
Indagado porque, Marral respondeu:
- É uma forma de estimular a maconha. Eu, mesmo, fumo uma maconhazinha, há mais de 20 anos, mas não sou vicido...

A PROMOÇÃO COM O CASAL

O locutor José Madureira, da Rádio Fluminense, fazia a promoção de uma passagem ao exterior para o casal que acertasse as mesmas respostas nas perguntas.
Madureira indagou ao esposo:
- Fez sexo, hoje?
O candidato:
- Sim.
Madureira:
- Que horas?
- Ele:
- Pela manhã.
O locutor:
- Pra encerrar, onde foi?
O marido:
- Na cozinha...
Madureira liga para a esposa.
Ela responde a primeira:
- Fizemos sexo, hoje.
O locutor:
- Que horas.
Ela:
- De manhã.
O locutor:
- E agora, pra ganhar a passagem. Onde fizeram sexo:
- Ela fica hesitante. Madureira insiste.
Ela, envergonhada:
- Por trás...

AS RESTRIÇÕES DE DJALMA

Mesmo os políticos mais experientes, verdadeiros campeões de urnas, fazem lá as suas restrições a campanhas eleitorais.
O veteraníssimo Djalma Marinho, recordista em mandatos, dizia que não era a eleição propriamente dita que o assustava:
- O que me apavora são foguetes, comidas gordurosas e ser carregado nos ombros do povo, três coisas inarredáveis na política potiguar.

BAIXA TOLERÂNCIA A BAJULAÇÃO

Adhemar de Barros estava em plena campanha para presidente, em 1955, quando foi homenageado com uma festa-surpresa por assessores, no dia do seu aniversário.
Iniciados os discursos, travou-se uma curiosa disputa para ver quem adulava mais o chefe.
Cansado e impaciente, Adhemar acabou com a festa com o seu jeito de lorde inglês:
- Agradeço, mas não suporto tanta bajulação. Peço que dêem o fora.
Deu as costas e foi embora.

COMO AFASTAR MALUF

Jânio Quadros disputava a prefeitura de São Paulo, em 1985, quando soube que Paulo Maluf faria uma declaração de apoio à sua candidatura. Provocou um encontro com ele e começou a conversar pelas beiradas:
- Eleito, só indicarei três secretários. Sobram 14. Convoque os seus amigos. Eles estão obrigados ao sacrifício de governar esta cidade comigo.
Maluf se ajeitou na cadeira e abriu um largo sorriso.
Jânio completou:
- Mas, doutor Paulo, o senhor não pode declarar apoio a mim. Não podemos manchar nossos nomes com a acusação de um acordo espúrio.
Jânio venceu, mas jamais convocaria os malufistas para o “sacrifício”.

PERSUADIR

Persuadimos, enfim, pelo discurso, quando mostramos a verdade ou o que parece verdade, a partir do que é persuasivo em cada caso particular.

‘Aristóteles’

SENSO COMUM

Nada é mais justamente distribuído que o senso comum: ninguém pensa que precisa mais do que realmente já tenha.

‘René Descartes’

NÃO SEJA INDIGNO

Não chore; não seja indigno. Entenda.

‘Baruch Spinoza’

FILOSOFIA E ARTE

Há uma proximidade muito forte entre a Filosofia e a Arte. Afinal de contas, ambas trabalham com a invenção do Mundo.

‘Mário Sérgio Cortelha’

DEDICAR-SE Á FILOSOFIA

Uma das coisas mais perniciosas para quem deseja dedicar-se à filosofia é supor que ela serve para ensinar a pensar.

‘Mário Sérgio Cortelha’

O BARULHO NA COLETORIA

Numa das idas ao Sertão, o secretário Êzir Matos, das Finanças, passou em Soledade e ficou impressionado, porque o prédio da coletoria era vizinho à casa do coletor Zé Vinil, separados apenas por uma porta. Da casa vinha um tremendo barulho de crianças brincando.
Êzir chamou Zé e ordenou:
- Não aceito essa relação promiscua entre repartição e casa de um funcionário. Isto tem que acabar. Quero eu cerre esta passagem entre a Coletoria e a sua casa!
Dias depois, ao retornar, Êzir se irritou ao ver a porta da passagem serrada ao meio:
- Zé Vinil, por que não cumpriu as minhas ordens?
Zé:
- Cumpri, doutor. Mandei serrar a porta. Até paguei do meu bolso...

O PODER DA DOÇURA

O viajante caminhava pela estrada, quando observou o pequeno rio que começava tímido por entre as pedras. Foi seguindo-o por muito tempo.a os poucos ele foi tomando volume e se tornando um rio maior.
O viajante continuou a segui-lo. Bem mais adiante o que era um pequeno rio se dividiu em dezenas de cachoeiras, num espetáculo de águas cantantes.
A música das águas atraiu o viajante que se aproximou e foi descendo pelas pedras, ao lado de uma das cachoeiras. Descobriu, finalmente, uma gruta. A natureza criara com paciência caprichosa, formas na gruta. Ele a foi adentrando, admirando sempre mais as pedras gastas pelo tempo. De repente, descobriu uma placa. Alguém estivera ali antes dele. Com a lanterna, iluminou os versos que nela estavam escritos. Eram versos do grande escritor Tagore, prêmio Nobel da Literatura de 1913: “Não foi o martelo que deixou perfeitas estas pedras, mas a água, com sua doçura, sua dança, e sua canção. Onde a dureza só faz destruir, a suavidade consegue esculpir”.

Reflexão:

Assim também acontece na vida. Existem pessoas que explodem por coisa nenhuma e que desejam tudo conseguir aos gritos e pancadas. E existem as pessoas suaves, que sabem dosar a energia e tudo conseguem. São as criaturas que não falam muito, mas agem bastante. Enquanto muitos ainda se encontram à mesa das discussões para a tomada de decisões, elas já se encontram a postos, agindo. E conseguem modificar muitas coisas.

‘Brígida Brito’

O TREM ATROPELADOR

Quando a ferrovia passou na região de Sousa, o Coronel Batista visou a seu morador, Malaquias, que ele tivesse cuidado com gado nos trilhos, porque o trem não tinha freio.
Malaquias, um tanto desleixado, esqueceu da recomendação. Na primeira viagem do trem à região, a locomotiva tropelou umas trinta das melhores reses do Coronel.
O Coronel ficou injuriado:
- Mas, Malaquias, eu lhe avisei!
Malaquias:
- Nós saímos no lucro Coronel!
O Coronel:
- No lucro?
Malaquias:
- O trem pegou de bico no cumprido. Imagina se o bicho pega atravessado...

SOBRE OS INSULTOS E PROVOCAÇÕES

Perto de Tóquio vivia um grande samurai, já idoso, que agora se dedicava a ensinar o zen aos jovens. Apesar da sua idade, corria a lenda de que ainda era capaz de derrotar qualquer adversário. Certa tarde, um guerreiro – conhecido pela sua total falta de escrúpulos – apareceu por ali. Era famoso por utilizar a técnica da provocação: esperava que o seu adversário fizesse o primeiro movimento e, dotado de uma inteligência privilegiada para reparar os erros cometidos, contra-atacava com velocidade fulminante.
O jovem e impaciente guerreiro jamais havia perdido uma luta. Conhecendo a reputação do samurai, estava ali para derrotá-lo e aumentar a sua fama. Todos os estudantes se manifestaram contra a idéia, mas o velho guerreiro aceitou o desafio. Foram todos para a praça da cidade e o jovem começou a insultar o velho mestre. Chutou algumas pedras em sua direção, cuspiu em seu rosto, gritou todos os insultos conhecidos, ofendendo, inclusive, seus ancestrais.
Durante horas, fez tudo para provocá-lo, mas o velho permaneceu impassível.
No final da tarde, sentindo-se já exausto e humilhado, o impetuoso guerreiro retirou-se.
Despontados pelo fato de o mestre aceitar tantos insultos e provocações, os alunos perguntaram:
- Como o senhor pôde suportar tanta indignidade? Por que não usou a sua espada, mesmo sabendo que podia perder a luta, ao invés de mostrar-se covarde diante de todos nós?
- Se alguém chega até você com um presente e você não o aceita, a quem pertence o presente? – perguntou o samurai.
- A quem tentou entregá-lo, respondeu um dos discípulos.
- O mesmo vale para a inveja, a raiva, e os insultos, disse o mestre. Quando não são aceitos, continuam pertencendo a quem os carregava consigo. A sua paz interior depende exclusivamente de você. As pessoas só podem lhe tirar a calma, se você permitir...

‘Brígida Brito’

terça-feira, 22 de abril de 2008

DOMINICAL

A semana começa no domingo. A segunda é o fim!

MODISMO

A nudez nunca saiu de moda.

DEGOLA

Muita gente já perdeu a cabeça por conta da sua ideologia. Literalmente.

SER GRANDE

A melhor maneira de ser grande é fazer-se entender pelos pequenos.

‘Julio Dantas’

ESCREVER É CORTAR

Escrever é a arte de cortar.

‘Ernest Hemingway’

segunda-feira, 21 de abril de 2008

O MÉDICO E O ENGENHEIRO

Até 2002, os deputados Efraim Morais e António Ivo eram adversários ferrenhos.
Certo dia, o jornalista Ricardo Barbosa encontrou-se com Efraim Morais e indagou;
- Dá noticia de António Ivo?
Efraim:
- Quem é mesmo Antonio Ivo?
Ricardo:
- Aquele deputado de Santa Luzia, que é medico.
Efraim:
- Ah, o deputado derrotado. Bem, até onde sei, ele é um bom medico.
Passou.
Dias após, Ricardo se encontrou com Ivo e historiou o caso.
Ivo então, acunhou:
- Fico feliz que me tenha achado um bom médico. Pena que não pense o mesmo dele como engenheiro!

TRAIÇÃO NAO RIMA COM PERDÃO

Na campanha presidencial de 1950, Getúlio Vargas recebeu a adesão de muita gente, inclusive antigos rivais, como um velho desafeto de São Leopoldo (RS), que também aderiu ao seu PTB.
Logo após a eleição, Getúlio mandou chamar o desista, par perpetrar a sua vingança:
- Em 45 o senhor assinou um manifesto contra mim. A política vive da traição, mas liquida os traidores. Raspe-se do meu partido!
E deu por encerrada a conversa.

DEIXANDO O RABO DA GATA

Durante uma recente entrevista para uma emissora de rádio, o governador da Paraíba, Cássio Cunha Lima foi questionado sobre os salários dos policiais civis da Paraíba.
A questão salarial, como se sabe, tem sido o principal obstáculo ao entendimento com os policiais.
O governador nem pestanejou pra responder:
- Os policiais diziam, no ano passado, que a Paraíba pagava o pior salário do País...
Então, arrematou par espanto dos apresentadores e ouvintes:
- Hoje, eles dizem que nós somos o quinto. Isto significa que não estamos mais no rabo da gata...

O GUARDA NÃO ERA FASHION

Prefeito de Campina Grande e vice-governador da Paraiba, Severino Cabral gostava de ser considerado um homem elegante.
Certa vez ele estava no Rio de Janeiro e, ao atravessar uma rua, ignorou a faixa de pedestres.
Um guarda chamou á sua atenção:
- Cidadão, é proibido atravessar em diagonal.
Severino parou, segurou a própria lapela e ensinou ao guarda:
- Não é diagonal, é tropical Maracanã – referindo-se ao tecido do terno.
E foi embora resmungando.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

UMA DOENÇA CHAMADA AMOR

“Especialistas ensinam que insegurança, baixa auto-estima e ciúme são alguns dos sintomas apresentados pelos ‘doentes’”

O amor não se pode tornar uma doença? Parece incrível, mas o amor pode se transformar em um sentimento ruim para algumas pessoas e, quando isso acontece, ele causará dor e sofrimento e passará a ser uma doença. Emm pleno século XXI, onde os relcionamentos são cada vez mais abertos e “descart´veis”, tem sido cada vez mais comum jovens e adultos recorrerem aos consultórios psicológicos em busca de ‘cura’ para uma ‘doença’ chamada amor. Segundo especialistas e estudiosos do assunto, o chamado “Amor Patológico” seria uma doença que causa dependência tanto quanto o álcool e outras drogas e o ‘doente’ precisa de tratamento.
A psicóloga clinica Maria Celene Almeida Leal, que também é terapeuta de casais e família, revela que; tem atendido um número cada vez maior de pessoas que estão sofrendo de amor e o mais impressionante é que a maioria dos ‘doentes’ que procuram o seu consultório são homens acima dos 30 anos.
“Quando o amor é patológico” foi um dos temas discutidos durante um importante Encontro de Relacionamentos Amorosos, com o apoio de um curso de Psicologia.
“O amor é considerado saudável quando existe um sentimento e um comportamento recíproco de prestar atenção e cuidados ao companheiro. Mas quando ocorre falta de controle nesse sentimento ou comportamento e uma pessoa passa a ser prioridade para a outra, em detrimento de outras atividades e pessoas anteriormente valorizadas, está caracterizado o amor patológico. Neste caso, o amor definido em dicionário como sentimento que impulsiona o individuo para o belo, digno ou grandioso, passa a significar sofrimento e dor capaz de levar à destruição de si próprio e de quem se ama”, explicou Celene Leal.

Desencontros nas relações

A psicóloga Celene Leal, que também é mestra em Educação, explicou que o ‘amor patológico’ pode estar presente nas mais variadas formas de relacionamento, como por exemplo, entre casais, amigos, irmãos ou na relação de uma mãe com o filho. “A pré-disposição para desenvolver este tipo de amor varia de pessoa para pessoa”, complementou.
Celene Leal disse que a idéia deste encontro sobre Relacionamentos Amorosos foi justamente pela percepção de que os casamentos considerados sólidos repentinamente são desfeitos. “Isso nos levou a analise de quais os motivos que estriam causando desencontros nos relacionamentos amorosos na atualidade. Um dos problemas seria justamente o amor patológico. Este assunto, inclusive, tem sido motivo de estudos e discussões no âmbito; cientifico mundial”, observou a especialista.

Pessoas que se mostram carentes

Segundo a psicóloga Celene Leal, as pessoas que estão ‘doentes de amor’ apresentam geralmente uma serie de sintomas, entre eles, insegurança, baixa-estima, medo e até ciúme.
“A pessoa que sofre de amor patológico está mergulhada num misto de sentimentos devastadores de baixa auto-estima, rejeição, insegurança, medo do abandono, posse, carência, ciúme, vingança e desespero, o que pode culminar em atitudes inadequadas como perseguições, suicídios e até assassinatos. Esse tipo de amor é próprio de pessoas que não suportam ver o amado viver a sua própria vida de forma livre”, alertou Celene Leal.
Ela explicou, ainda, que num casamento no qual um dos cônjuges sofre de amor patológico, é comum perceber que este sinta a necessidade descontrolada de cuidar do outro, enquanto este sente a necessidade de ser cuidado, ou seja, de se mostrar fraco ou carente.

Mulheres são mais afetadas

A especialista Celene Leal disse que ainda não foram realizados estudos epidemiológicos sobre a manifestação do amor patológico entre homens e mulheres, mas existem indícios de que esse problema parece ser mais freqüente entre as mulheres.
“Entretanto, esta constatação pode estar relacionada ao fato de que os homens são mais resistentes em buscar ajuda,mesmo de profissionais, quando o assunto é relacionamento amoroso. Na minha prática clinica de terapia de casais e família, o maior percentual tem sido em homens acima dos 30 anos de idade”, enfatizou Celene Leal.
Ela explicou que atualmente, o amor patológico já é visto e tratado como um transtorno psiquiátrico e não apenas como um problema de relacionamento, já que alguns comportamentos apresentados estão presentes em outros, tais como o transtorno ansioso e depressivo e o transtorno obsessivo-compulsivo.
“Em termos psicológicos, então, a essência dessa patologia parece não ser amor,mas o medo de estar só, o sentimento de menos-valia, de não merecer amor, de vir a ser abandonado”, destacou a psicóloga.

Tratamento multiprofissional

De acordo com Celene Leal, alguns estudos apontam, ainda, que clinicamente, o “Amor Patológico” se assemelha os critérios de diagnósticos empregados n dependência de álcool ou outras drogas. “Para se vencer o amor patológico, é necessário uma intervenção conjunta de profissionais das áreas da psiquiatria e da psicologia com a família da pessoa portadora. Isto porque a atenção, a compreensão externa e o dialogo aberto e franco sobre o problema são medidas fundamentais para ajudar a aliviar a angustia de quem sofre com um amor que perdeu os limites”, orientou. A psicóloga informou que a psicoterapeuta Eglacy Sophia, pesquisadora do ‘Amore’ (Ambulatório do Amor em Excesso), da Universidade de São Paulo, disse que é possível encontrar semelhanças entre as características desse tipo de amor e da dependência de álcool e outras drogas.
“A doutora cita sintomas de bstinencia, como angustia, taquicardia e suor na ausência ou no distancimento (mesmo afetivo) do amado. O individuo se preocupa excessivamente com o outro, as atitudes para reduzir ou controlar o comportamento de cuidar do parceiro são mal-sucedidas, é despendido muito tempo para controlar as atividades antes valorizadas. Estas seriam algumas características apontadas pela pesquisadora Edglacy Sophia semelhantes aquelas percebidas nos dependentes de drogas”, apontou Celene.

Teste o seu amor

A doutora Eglacy criou um questionário para ajudar na avaliação da ‘dosagem’ do amor com relação ao parceiro. Teste o seu amor e procure questionar-se sobre:

1º Você costuma sentir-se satisfeito com a quantidade de atenção e tempo que despende ao seu parceiro ou percebe que fez mais do que gostaria?

2º Você acha que a quantidade de atenção que dirige ao seu parceiro está sob seu controle ou é comum tentar diminuir e não conseguir?

3º Você mantém outros interesses e relacionamentos ou abandonou pessoas e funções em decorrência da sua vida amorosa?

4º Você continua se desenvolvendo pessoal e profissionalmente após o inicio de seu relacionamento amoroso?

Resultado: Se a maioria das suas respostas foi não; então pode considerar-se um doente de amor.


‘Henriqueta Santiago’

UM DIA DE DOMINGO

Eu preciso te falar
te encontrar
de qualquer jeito
pra sentar e conversar
depois andar
de encontro ao vento
eu preciso respirar
o mesmo ar que te rodeia
e na pele quero ter
o mesmo sal
que te bronzeia
eu preciso te tocar
e outra vez
te ver sorrindo
e voltar num sonho lindo
já não dá mais pra viver
um sentimento sem sentido
eu preciso descobrir a emoção de estar contigo
ver o sol amanhecer
e ver a vida acontecer
como num dia de domingo.

Faz de conta que
ainda é cedo
tudo vai ficar
por conta da emoção.

Faz de conta que
ainda é cedo
e deixa falar a voz
a voz do coração.

‘Michael Sullivan e Paulo Massadas’

QUAL A ORIGEM DO BEIJO

Acredita-se que o beijo tenha surgido 500 anos a.c, época em que os amantes começaram a ser retratados nas esculturas e nos murais dos templos de Khajuraha, na Índia.
Na teoria da evolução das espécies, o inglês Charles Darwin (1809-1882) afirma que a origem desta caricia é mais antiga. Segundo este naturalista, trata-se de uma sofisticação das mordidelas que os macacos trocavam nos seus ritos pré-sexuais. Há também a tese de que seria uma evolução das lambidelas que o homem pré-histórico dava no rosto dos companheiros para suprir a necessidade de sal no seu organismo. Ou um acto de amor das mães na época das cavernas. Sem utensílios para cortar os alimentos, as mulheres mastigavam a comida e depositavam na boca dos seus bebés.
Na idade média era visto como uma forma de; selar acordos. Com a boca fechada, os homens beijavam-se com firmeza. O toque leve demonstrava traição. Com o tempo, foi perdendo a força devido ás pestes que dizimavam a população.
Para Freud, tudo tem a ver com as etapas do desenvolvimento psíquico. Freud começava pelo período que dura até um ano de idade, em que a mãe dá de mamar á criança. Neste período todas as sensações de gratificação associadas á boca. A criança aprende que tocar com os lábios algum objeto macio, proporciona uma sensação calmante e agradável.

‘In: JC’

IDA E VOLTA PARA A LUA

Contam que um bêbado abordou Tancredo Neves e pediu-lhe uma passagem. Tancredo, matreiro, percebeu que o bêbado, na verdade, queria dinheiro para tomar mais umas de cachaça. Então perguntou:
- Passagem pra onde?
O bêbado, irritado, respondeu:
- Pra lua.
Tancredo retrucou, envolvendo um velho adversário:
- Então consiga com Magalhães Pinto a de ida que eu lhe dou a de volta!

O VENCEDOR QUE PERDEU O DESAFIO

O repórter Cláudio Carneiro estagiava na Rádio Metropolitana do Rio de Janeiro, auxiliando os apresentadores Gilberto Freitas e Vaninha Faissal.
Naquela noite, havia um desafio, em que o ouvinte respondia a uma pergunta e ganhava brindes. A pergunta dos paresentdores era:
- Ligue e diga um nome de homem terminado na letra A.
Passou o tempo, demorou. De repente, um ouvinte liga, Cláudio atente.
Do outro lado da linha:
- Djalma!
Cláudio:
- Desculpe, amigo, aqui não tem nenhum Djalma...
E desliga o telefone.
Só depois se tocou, que era o ouvinte respondendo ao desafio...

DEITADO NO CALÇAMENTO QUENTE

Só no Brasil se pode encontrar disto:
Zuminho é personagem folclórico em Brejo dos Santos, simpatizante da família Maia. Naquele dia, Zulminho tomou uma carraspana das grandes, bem além da conta.
Sob o efeito da cachaça, Zuminho se deitou meio-dia em ponto no calçamento escaldante, gemendo:
- Gervásio Maia, vem me buscar pra João Pessoa, vem...
Enquanto o calor aumentava, e já sem agüentar mais a pele queimando, Zuminho começou a gritar:
- Gervásio, vem me buscar. Mas, vem logo, porra, que esse calçamento está pelando minhas costas!

DIÁLOGO DE SURDOS

Só no Brasil se pode encontrar disto:
A abertura política, no regime militar, foi operação tão complicada quanto misteriosa. Certa vez o líder do MDB no Senado, Franco Montoro, soube que o colega Petrônio Portela, líder do governo e artífice da distensão, elaborava um “Projeto Alvorada”.
Procurou-o para confirmar.
- Não sei. Vão reformar o Palácio da Alvorada? – despistou Portela.
- Falo do projeto das reformas políticas.
- Ainda não sei. Primeiro tem as reformas de D. João VI e D. Pedro I.
- E a reforma de D. Pedro II? – Insistiu Montoro, já na galhofa.
- Você está muito apressado, muito radical – encerrou Portela.
E marcou para outra hora a continuação do dialogo com a oposição.

O ROÇADO DO CACIQUE

Só no Brasil se pode encontrar disto:
Cacique que dominou a cena política do Maranhão por três décadas, à custa da política clientelista e da virulência pessoal, Vitorino Freire também se notabilizou por ser um grande frasista.
Disse certa vez:
- Se você encontrar o jabuti em cima de uma arvore, deixe ele quietinho. Porque, se jabuti não sobe em arvore, então foi alguém que colocou lá.
Em 1966, o jovem deputado e poeta José Sarney ousou desafiá-lo.
Já velho e decadente, Vitorino esnobou o adversário:
- Esse menino não conhece o tamanho do meu roçado. É tão grande que de um lado eu grito, do outro ele não escuta.
O menino Sarney conhecia, sim, o tamanho do roçado. Derrotou Vitorino e agora é ele próprio o dono do pedaço. E do mar.

O DETALHE DA LETRA

Só no Brasil se pode encontrar disto:
O locutor José Carlos Araújo, da Rádio Nacional, transmitia um Fla-Flu., tendo como repórteres de pista os “trepidantes” Denis Menezes e Washington Rodrigues.
Lá pelas tantas, Denis interrompe a narração:
- Vai entrar Valdo no lugar de Renato...
José Carlos não entende bem e indaga:
- Quem, trepidante? É Valdo ou Naldo?
Denis repete:
- É Valdo, garotinho...
No que Washington Rodrigues se intromete:
- Garotinho, quem entra é Valdo com V... de Armando Marques...

NUM SALÃO CHIQUE DE BRASÍLIA

O deputado Edivaldo Mota chegou a um dos salões de beleza mais chiques de Brasília com um jovem e se dirigiu ao cabeleireiro:
- Corta o cabelo dele, enquanto vou ali na esquina tomar um uísque.
O cabeleireiro caprichou. Ai passou o tempo e nada dele. O cabeleireiro se impacientou:
- Será que seu pai vai demorar?
O jovem:
- Ele não é meu pai...
O cabeleireiro:
- - Seu irmão, tio, o que for...
O jovem:
- Não é nada meu, não!
O cabeleireiro:
- Mas, quem ele é afinal?
O jovem:
- Eu pedi um dinheiro pra ele, e ele perguntou se eu queria cortar o cabelo de graça...

TORCEDOR SOFREDOR

A linha dura não gostava de votos, nem de políticos, mas teve sempre uma bancada fiel, no Congresso.
O deputado Jorge Arbage (PA) era um entusiasta do jeito tanque de guerra de ser do ex-ministro do Exercito Sylvio Frota, por isso ficou abatido quando Ernesto Geisel demitiu o general, em 1977, após o assassinato de opositores no Dói-Codi.
Arbage ainda estava abatido quando cruzou com o então deputado paranaense Álvaro Dias. A uma provocação, desabafou:
- Isto é como futebol. Perder um jogo no significa perder o campeonato.
Arbage sofreu o pior que pode acontecer a um torcedor: viu o seu time perder o jogo e também o campeonato.

O BÊBADO NO COMICIO

Durante um comício do deputado Enivaldo Ribeiro, em Campina Grande, havia um bêbado num boteco, tomando todas.
Lá pelas tantas, ele olhou para as prateleiras e pediu ao dono do botequim:
- Eu quero tomar uma lapada daquela garrafa preta lá do canto!
O dono do bar:
- Deixe de ser herege. Aquilo é a estátua de Padre Cícero.
O bêbado:
- E quem é esse padre?
O dono do bar:
- Foi um homem santo. Saiba que uma vez ele se encantou em Juazeiro do Norte e foi sair no Crato, viu?
O bêbado:
- Oxente, e isto é um padre ou um peba?

PAIXÃO E BEIJO

“Prova de paixão, para muitos apaixonados, a química que resulta de um beijo é que define a duração da relação”

Há quem diga que um relacionamento vai dar certo quando existe química durante o beijo, um ato extremamente íntimo, que representa a união entre duas pessoas que se encontram e, em determinado momento, conseguem se unir. A explicação é do psicólogo Gleidson Marques, que considera o beijo como o ato de maior intimidade numa relação, e que serve como alicerce para a união entre dois seres.
“É interessante falar que existem vários tipos de beijo. Além daquele ligado às relações amorosas, há ainda o beijo fraterno, afetivo”, observou. Segundo ele, um beijo mexe com uma série de componentes, com o lado comportamental, com a questão afetiva, biológica e social das pessoas. “É no momento de um beijo que o ser humano exprime toda a sua emoção”, afirmou.
Do latim ‘basium’, o beijo é o toque dos lábios com qualquer coisa, normalmente uma pessoa. Na cultura ocidental é considerado um gesto de afeição. Entre amigos, é utilizado como cumprimento ou despedida. O beijo nos lábios de outra pessoa é um símbolo de afeição romântica ou de desejo sexual – neste último caso, o beijo pode ser também noutras partes do corpo, ou ainda, em que as pessoas se beijam mantêm a boca aberta enquanto trocam caricias com as línguas.
Explicações à parte, ninguém sabe ao certo quem instituiu o Dia do Beijo e nem quando surgiu a data, mas conta-se que a comemoração teve inicio por volta do ano 500 a.c., na Índia. Já Charles Darwin acreditava que o beijo era uma evolução das mordidas que os macacos davam nos parceiros nos ritos pré-sexuais.
O beijo também pode ter surgido das lambidelas que os homens das cavernas davam em seus companheiros em busca de sal. Ou pode ser ainda a variante de um gesto de carinho das mulheres das cavernas que mastigavam o alimento e o colocavam na boca dos filhos pequenos.

Primeiros beijos remontam a 2.500 a.c.

Segundo relatos mais antigos, os primeiros beijos remontam a 2.500 a.c., nas paredes dos templos de Khajuraho, na Índia. Diz-se que na Suméria, antiga Mesopotâmia, as pessoas costumavam enviar beijos aos deuses. Na antiguidade também era comum, para gregos e romanos, o beijo entre guerreiros no retorno dos combates.
Eua uma espécie de prova de reconhecimento. Aliás, os gregos adoravam beijar. Mas foram os romanos que difundiram a prática. Os imperadores permitiam que os nobres mais influentes beijassem os seus lábios, e os menos importantes as mãos. Os súbditos podiam beijar apenas os pés. Eles tinham três tipos de beijos: o ‘basium’, entre conhecidos; o ‘osculum’, entre os amigos; e o ‘suavium’, ou beijo dos amantes.
Na Escócia, era costume o padre beijar os lábios da noiva no final da cerimônia. Acreditava-se que a felicidade conjugal dependia dessa benção. Já na festa, a noiva deveria beijar todos os homens na boca, em troca de dinheiro. Na Rússia, uma das mais antigas formas de reconhecimento oficial era o beijo do czar.
No século XV, os nobres franceses podiam beijar qualquer mulher. Na Itália, entretanto, se um homem beijasse uma donzela em público, era obrigado a casar imediatamente. No latim, beijo significa toque dos lábios. Na cultura ocidental, ele é considerado gesto de afeição. Entre amigos, é utilizado como; cumprimento ou despedida; entre amantes e apaixonados, como prova de paixão.

Curiosidades:

- Um só beijo pode queimar de 3 a 12 calorias, dependendo da intensidade.

- As pulsações cardíacas durante um beijo saltam de 70 para 140 por minuto, podendo chegar até a 150.

- Um beijo movimenta, só na face, 29 músculos.

- Filemafobia, ou filematofobia é o termo que usamos para designar o medo de beijar.

O beijo em várias línguas:

Chinês – Qin Wen

Espanhol – Beso

Francês – Baiser

Grego – Felia

Hebraico – Neshiká

Inglês – Kiss

Italiano – Bacio

Japonês – Kissu

Russo – Potselui

Sueco – Xkyss

Tupi Guarani – Pitér

Português – Beijo

‘In: O Norte’

BESAME MUCHO…

A essa altura dos acontecimentos, suponho que praticamente todos os gestos humanos já foram representados na tela cinematográfica. Um dos mais recorrentes tem sido o gesto de beijar, tão recorrente que há quem pense que foi a sétima arte que o inventou. Não foi. Séculos antes de o cinema existir já se beijava á vontade, porém, com certeza foi o cinema que deu ao gesto o seu estatuto – digamos assim – imaginário.
E vejam que a historia do beijo no cinema começou cedo.
Não fazia nem um ano que, em Paris, os irmãos Lumiere haviam mostrado ao público o seu cinematografo – 28 de Dezembro de 1895 – e, em Nova Iorque, já se lançava um filme chamado “O Beijo” (The kiss – 1896).
A estória foi a seguinte. Na Broadway fazia sucesso uma peça chamada “A viúva Jones”, com os actores May Irwin e John C. Rice desempenhando esse casal maduro que se apaixonava, e em dado momento, selava a paixão com um grande beijo. Bastante ativa na época, a companhia cinematográfica de Thomas Edison achou que seria interessante, e lucrativo, rodar um filme sobre o beijo do casal, e May e John foram contratados para, num cenário especial, repetir diante da câmera o beijo, agora sob a direção de William Heise.
Com a metragem padrão da época, um minuto de duração, o que “The Kiss” mostrava era um close dos rostos do idoso casal, que flertava um pouco e, aí, ele ajeitava o vasto bigode e beijava a amada na boca, acariciando o lado esquerdo da sua face com uma das mãos. Descontando o tempo do flerte, o beijo tinha exatamente quinze segundos de duração, e, no entanto, isto foi o suficiente para provocar escândalo junto dos setores mais conservadores da sociedade. Exibido em locais públicos, o filme para alguns pareceu “bestial”. Segundo a imprensa da época, no palco o beijo dos actores era perfeitamente natural e sadio, mas, aumentado para as proporções descomunais da tela cinematográfica ele resultava, obsceno, imoral, pornográfico, e devia ser proibido. Ainda bem que nem todos pensaram assim, e o filme de Edison foi um sucesso, o mais lucrativo daquele ano de 1896.
Logo que os filmes passaram a ser mais longos, contando uma estória com começo,meio e fim, o beijo conquistou o seu papel definitivo no enredo. O cinema mudo está cheio de beijos, e o falado, nem se fala.
Lá pelos anos 30, os beijos e suas derivações começaram ficar tão ousados que, de novo, os setores mais conservadores começaram a protestar e mesmo a mobilizar contra. Foi então que foi crido nos Estados Unidos, o famoso “Código Hays de Censura” que ditava, aos Estúdios, as regras sobre o nível de intimidade a ser mostrado nas telas. A partir de 1934, as encenações osculatórias passaram a ser rigorosamente cronometradas nos sets, pois um beijo que ultrapassasse o número de segundos permitido pela lei do Senador Hays seria sumariamente cortado da película.
O Código Hays vingou até 1964, mas, claro, muito antes desta data, ele já estava fragilizado pela avalanche de beijos atrevidos que o público pagante, aplaudindo, estimulava – um deles, vocês lembram-se bem; o de Burt Lancaster e Deborah Kerr nas areias quentes do Havaí em “A um passo da eternidade” (1953). Aliás, antes disso quem driblou o Código Hays foi o mestre Hitchcock, criando em “Interlúdio” (1946) o que se poderia chamar de “beijo intercalado”. Grant e Ingrid Bergmn se beijavam dezenas de vezes, com pequenos intervalos que davam a cada beijo, a duração exigida pela censura. Resultado: o efeito foi muito mais erotizante do que se o beijo fosse inteiriço.
Na fase áurea do cinema clássico, o beijo não era só um gesto erótico; era o símbolo da consumação do amor romântico, geralmente situado na parte final do enredo, como um sinal benfazejo de happy ending. Com a extinção universal da censura, nos anos setenta, quando uma cópula anal regada a manteiga passou a ser trivial, o beijo perdeu espaço na hierarquia dos gestos amorosos e muitos filmes modernos fazem elipse dele para ir direto a... vocês sabem a que.
De minha parte, sou saudosista dos velhos tempos em que William Holden e Kim Novak se beijavam num paiol de feno, e vendo aquilo e somente aquilo, íamos para casa, excitados, pensando termos visto muito mais.
Enfim, melhor que o beijo na tela, só o beijo fora dela. Muitos e saborosos é o que desejo o leitor, sobretudo neste dia 13 de Abril, dia mundial do beijo.

‘João Batista de Brito’

O QUE SURPREENDE A HUMANIDADE

Perguntaram ao Dalai Lama... "O que mais te surpreende na humanidade?
"Ele respondeu:
"Os homens... Porque perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem dinheiro para recuperar a saúde.E por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem do presente...

BEM FEITO...

Bem feito é melhor do que bem dito.

ANTES TOLO...

É melhor parecer um tolo do que abrir a boca e tirar todas as dúvidas.

LIDAR COM IDIOTA...

É falta de educação calar um idiota e crueldade deixá-lo prosseguir.

PAIXAO Á SEGUNDA

Dominical – Ninguém se apaixona numa segunda.

ARMA DOS ARGUMENTOS

Uma arma ajuda muito nos seus argumentos.

ERROS REPETIDOS

Não cometa o mesmo erro duas vezes. Seja inventivo.

SER OUVIDO

Só quando passei a ser claro é que comecei a ser ouvido.

‘Padre António Vieira’

SEGREDO DA FELICIDADE

O segredo da felicidade é fazer do seu dever o seu prazer.

‘Ulisses Guimaraes’

INFELICIDADE DOS HOMENS...

Toda a infelicidade dos homens provém da esperança.

‘Albert Camus’

segunda-feira, 14 de abril de 2008

UMA DOENÇA CHAMADA AMOR

“Especialistas ensinam que insegurança, baixa auto-estima e ciúme são alguns dos sintomas apresentados pelos ‘doentes’”

O amor não se pode tornar uma doença? Parece incrível, mas o amor pode se transformar em um sentimento ruim para algumas pessoas e, quando isso acontece, ele causará dor e sofrimento e passará a ser uma doença. Emm pleno século XXI, onde os relcionamentos são cada vez mais abertos e “descart´veis”, tem sido cada vez mais comum jovens e adultos recorrerem aos consultórios psicológicos em busca de ‘cura’ para uma ‘doença’ chamada amor. Segundo especialistas e estudiosos do assunto, o chamado “Amor Patológico” seria uma doença que causa dependência tanto quanto o álcool e outras drogas e o ‘doente’ precisa de tratamento.
A psicóloga clinica Maria Celene Almeida Leal, que também é terapeuta de casais e família, revela que; tem atendido um número cada vez maior de pessoas que estão sofrendo de amor e o mais impressionante é que a maioria dos ‘doentes’ que procuram o seu consultório são homens acima dos 30 anos.
“Quando o amor é patológico” foi um dos temas discutidos durante um importante Encontro de Relacionamentos Amorosos, com o apoio de um curso de Psicologia.
“O amor é considerado saudável quando existe um sentimento e um comportamento recíproco de prestar atenção e cuidados ao companheiro. Mas quando ocorre falta de controle nesse sentimento ou comportamento e uma pessoa passa a ser prioridade para a outra, em detrimento de outras atividades e pessoas anteriormente valorizadas, está caracterizado o amor patológico. Neste caso, o amor definido em dicionário como sentimento que impulsiona o individuo para o belo, digno ou grandioso, passa a significar sofrimento e dor capaz de levar à destruição de si próprio e de quem se ama”, explicou Celene Leal.

Desencontros nas relações

A psicóloga Celene Leal, que também é mestra em Educação, explicou que o ‘amor patológico’ pode estar presente nas mais variadas formas de relacionamento, como por exemplo, entre casais, amigos, irmãos ou na relação de uma mãe com o filho. “A pré-disposição para desenvolver este tipo de amor varia de pessoa para pessoa”, complementou.
Celene Leal disse que a idéia deste encontro sobre Relacionamentos Amorosos foi justamente pela percepção de que os casamentos considerados sólidos repentinamente são desfeitos. “Isso nos levou a analise de quais os motivos que estriam causando desencontros nos relacionamentos amorosos na atualidade. Um dos problemas seria justamente o amor patológico. Este assunto, inclusive, tem sido motivo de estudos e discussões no âmbito; cientifico mundial”, observou a especialista.

Pessoas que se mostram carentes

Segundo a psicóloga Celene Leal, as pessoas que estão ‘doentes de amor’ apresentam geralmente uma serie de sintomas, entre eles, insegurança, baixa-estima, medo e até ciúme.
“A pessoa que sofre de amor patológico está mergulhada num misto de sentimentos devastadores de baixa auto-estima, rejeição, insegurança, medo do abandono, posse, carência, ciúme, vingança e desespero, o que pode culminar em atitudes inadequadas como perseguições, suicídios e até assassinatos. Esse tipo de amor é próprio de pessoas que não suportam ver o amado viver a sua própria vida de forma livre”, alertou Celene Leal.
Ela explicou, ainda, que num casamento no qual um dos cônjuges sofre de amor patológico, é comum perceber que este sinta a necessidade descontrolada de cuidar do outro, enquanto este sente a necessidade de ser cuidado, ou seja, de se mostrar fraco ou carente.

Mulheres são mais afetadas

A especialista Celene Leal disse que ainda não foram realizados estudos epidemiológicos sobre a manifestação do amor patológico entre homens e mulheres, mas existem indícios de que esse problema parece ser mais freqüente entre as mulheres.
“Entretanto, esta constatação pode estar relacionada ao fato de que os homens são mais resistentes em buscar ajuda,mesmo de profissionais, quando o assunto é relacionamento amoroso. Na minha prática clinica de terapia de casais e família, o maior percentual tem sido em homens acima dos 30 anos de idade”, enfatizou Celene Leal.
Ela explicou que atualmente, o amor patológico já é visto e tratado como um transtorno psiquiátrico e não apenas como um problema de relacionamento, já que alguns comportamentos apresentados estão presentes em outros, tais como o transtorno ansioso e depressivo e o transtorno obsessivo-compulsivo.
“Em termos psicológicos, então, a essência dessa patologia parece não ser amor,mas o medo de estar só, o sentimento de menos-valia, de não merecer amor, de vir a ser abandonado”, destacou a psicóloga.

Tratamento multiprofissional

De acordo com Celene Leal, alguns estudos apontam, ainda, que clinicamente, o “Amor Patológico” se assemelha os critérios de diagnósticos empregados n dependência de álcool ou outras drogas. “Para se vencer o amor patológico, é necessário uma intervenção conjunta de profissionais das áreas da psiquiatria e da psicologia com a família da pessoa portadora. Isto porque a atenção, a compreensão externa e o dialogo aberto e franco sobre o problema são medidas fundamentais para ajudar a aliviar a angustia de quem sofre com um amor que perdeu os limites”, orientou. A psicóloga informou que a psicoterapeuta Eglacy Sophia, pesquisadora do ‘Amore’ (Ambulatório do Amor em Excesso), da Universidade de São Paulo, disse que é possível encontrar semelhanças entre as características desse tipo de amor e da dependência de álcool e outras drogas.
“A doutora cita sintomas de bstinencia, como angustia, taquicardia e suor na ausência ou no distancimento (mesmo afetivo) do amado. O individuo se preocupa excessivamente com o outro, as atitudes para reduzir ou controlar o comportamento de cuidar do parceiro são mal-sucedidas, é despendido muito tempo para controlar as atividades antes valorizadas. Estas seriam algumas características apontadas pela pesquisadora Edglacy Sophia semelhantes aquelas percebidas nos dependentes de drogas”, apontou Celene.

Teste o seu amor

A doutora Eglacy criou um questionário para ajudar na avaliação da ‘dosagem’ do amor com relação ao parceiro. Teste o seu amor e procure questionar-se sobre:

1º Você costuma sentir-se satisfeito com a quantidade de atenção e tempo que despende ao seu parceiro ou percebe que fez mais do que gostaria?

2º Você acha que a quantidade de atenção que dirige ao seu parceiro está sob seu controle ou é comum tentar diminuir e não conseguir?

3º Você mantém outros interesses e relacionamentos ou abandonou pessoas e funções em decorrência da sua vida amorosa?

4º Você continua se desenvolvendo pessoal e profissionalmente após o inicio de seu relacionamento amoroso?

Resultado: Se a maioria das suas respostas foi não; então pode considerar-se um doente de amor.


‘Henriqueta Santiago’

UM DIA DE DOMINGO

Eu preciso te falar
te encontrar
de qualquer jeito
pra sentar e conversar
depois andar
de encontro ao vento
eu preciso respirar
o mesmo ar que te rodeia
e na pele quero ter
o mesmo sal
que te bronzeia
eu preciso te tocar
e outra vez
te ver sorrindo
e voltar num sonho lindo
já não dá mais pra viver
um sentimento sem sentido
eu preciso descobrir a emoção de estar contigo
ver o sol amanhecer
e ver a vida acontecer
como num dia de domingo.

Faz de conta que
ainda é cedo
tudo vai ficar
por conta da emoção.

Faz de conta que
ainda é cedo
e deixa falar a voz
a voz do coração.

‘Michael Sullivan e Paulo Massadas’

QUAL A ORIGEM DO BEIJO

Acredita-se que o beijo tenha surgido 500 anos a.c, época em que os amantes começaram a ser retratados nas esculturas e nos murais dos templos de Khajuraha, na Índia.
Na teoria da evolução das espécies, o inglês Charles Darwin (1809-1882) afirma que a origem desta caricia é mais antiga. Segundo este naturalista, trata-se de uma sofisticação das mordidelas que os macacos trocavam nos seus ritos pré-sexuais. Há também a tese de que seria uma evolução das lambidelas que o homem pré-histórico dava no rosto dos companheiros para suprir a necessidade de sal no seu organismo. Ou um acto de amor das mães na época das cavernas. Sem utensílios para cortar os alimentos, as mulheres mastigavam a comida e depositavam na boca dos seus bebés.
Na idade média era visto como uma forma de; selar acordos. Com a boca fechada, os homens beijavam-se com firmeza. O toque leve demonstrava traição. Com o tempo, foi perdendo a força devido ás pestes que dizimavam a população.
Para Freud, tudo tem a ver com as etapas do desenvolvimento psíquico. Freud começava pelo período que dura até um ano de idade, em que a mãe dá de mamar á criança. Neste período todas as sensações de gratificação associadas á boca. A criança aprende que tocar com os lábios algum objeto macio, proporciona uma sensação calmante e agradável.

‘In: JC’

DEITADO NO CALÇAMENTO QUENTE

Só no Brasil se pode encontrar disto:
Zuminho é personagem folclórico em Brejo dos Santos, simpatizante da família Maia. Naquele dia, Zulminho tomou uma carraspana das grandes, bem além da conta.
Sob o efeito da cachaça, Zuminho se deitou meio-dia em ponto no calçamento escaldante, gemendo:
- Gervásio Maia, vem me buscar pra João Pessoa, vem...
Enquanto o calor aumentava, e já sem agüentar mais a pele queimando, Zuminho começou a gritar:
- Gervásio, vem me buscar. Mas, vem logo, porra, que esse calçamento está pelando minhas costas!

DIÁLOGO DE SURDOS

Só no Brasil se pode encontrar disto:
A abertura política, no regime militar, foi operação tão complicada quanto misteriosa. Certa vez o líder do MDB no Senado, Franco Montoro, soube que o colega Petrônio Portela, líder do governo e artífice da distensão, elaborava um “Projeto Alvorada”.
Procurou-o para confirmar.
- Não sei. Vão reformar o Palácio da Alvorada? – despistou Portela.
- Falo do projeto das reformas políticas.
- Ainda não sei. Primeiro tem as reformas de D. João VI e D. Pedro I.
- E a reforma de D. Pedro II? – Insistiu Montoro, já na galhofa.
- Você está muito apressado, muito radical – encerrou Portela.
E marcou para outra hora a continuação do dialogo com a oposição.

O ROÇADO DO CACIQUE

Só no Brasil se pode encontrar disto:
Cacique que dominou a cena política do Maranhão por três décadas, à custa da política clientelista e da virulência pessoal, Vitorino Freire também se notabilizou por ser um grande frasista.
Disse certa vez:
- Se você encontrar o jabuti em cima de uma arvore, deixe ele quietinho. Porque, se jabuti não sobe em arvore, então foi alguém que colocou lá.
Em 1966, o jovem deputado e poeta José Sarney ousou desafiá-lo.
Já velho e decadente, Vitorino esnobou o adversário:
- Esse menino não conhece o tamanho do meu roçado. É tão grande que de um lado eu grito, do outro ele não escuta.
O menino Sarney conhecia, sim, o tamanho do roçado. Derrotou Vitorino e agora é ele próprio o dono do pedaço. E do mar.

O DETALHE DA LETRA

Só no Brasil se pode encontrar disto:
O locutor José Carlos Araújo, da Rádio Nacional, transmitia um Fla-Flu., tendo como repórteres de pista os “trepidantes” Denis Menezes e Washington Rodrigues.
Lá pelas tantas, Denis interrompe a narração:
- Vai entrar Valdo no lugar de Renato...
José Carlos não entende bem e indaga:
- Quem, trepidante? É Valdo ou Naldo?
Denis repete:
- É Valdo, garotinho...
No que Washington Rodrigues se intromete:
- Garotinho, quem entra é Valdo com V... de Armando Marques...

NUM SALÃO CHIQUE DE BRASÍLIA

O deputado Edivaldo Mota chegou a um dos salões de beleza mais chiques de Brasília com um jovem e se dirigiu ao cabeleireiro:
- Corta o cabelo dele, enquanto vou ali na esquina tomar um uísque.
O cabeleireiro caprichou. Ai passou o tempo e nada dele. O cabeleireiro se impacientou:
- Será que seu pai vai demorar?
O jovem:
- Ele não é meu pai...
O cabeleireiro:
- - Seu irmão, tio, o que for...
O jovem:
- Não é nada meu, não!
O cabeleireiro:
- Mas, quem ele é afinal?
O jovem:
- Eu pedi um dinheiro pra ele, e ele perguntou se eu queria cortar o cabelo de graça...

TORCEDOR SOFREDOR

A linha dura não gostava de votos, nem de políticos, mas teve sempre uma bancada fiel, no Congresso.
O deputado Jorge Arbage (PA) era um entusiasta do jeito tanque de guerra de ser do ex-ministro do Exercito Sylvio Frota, por isso ficou abatido quando Ernesto Geisel demitiu o general, em 1977, após o assassinato de opositores no Dói-Codi.
Arbage ainda estava abatido quando cruzou com o então deputado paranaense Álvaro Dias. A uma provocação, desabafou:
- Isto é como futebol. Perder um jogo no significa perder o campeonato.
Arbage sofreu o pior que pode acontecer a um torcedor: viu o seu time perder o jogo e também o campeonato.

O BÊBADO NO COMICIO

Durante um comício do deputado Enivaldo Ribeiro, em Campina Grande, havia um bêbado num boteco, tomando todas.
Lá pelas tantas, ele olhou para as prateleiras e pediu ao dono do botequim:
- Eu quero tomar uma lapada daquela garrafa preta lá do canto!
O dono do bar:
- Deixe de ser herege. Aquilo é a estátua de Padre Cícero.
O bêbado:
- E quem é esse padre?
O dono do bar:
- Foi um homem santo. Saiba que uma vez ele se encantou em Juazeiro do Norte e foi sair no Crato, viu?
O bêbado:
- Oxente, e isto é um padre ou um peba?

PAIXÃO E BEIJO

“Prova de paixão, para muitos apaixonados, a química que resulta de um beijo é que define a duração da relação”

Há quem diga que um relacionamento vai dar certo quando existe química durante o beijo, um ato extremamente íntimo, que representa a união entre duas pessoas que se encontram e, em determinado momento, conseguem se unir. A explicação é do psicólogo Gleidson Marques, que considera o beijo como o ato de maior intimidade numa relação, e que serve como alicerce para a união entre dois seres.
“É interessante falar que existem vários tipos de beijo. Além daquele ligado às relações amorosas, há ainda o beijo fraterno, afetivo”, observou. Segundo ele, um beijo mexe com uma série de componentes, com o lado comportamental, com a questão afetiva, biológica e social das pessoas. “É no momento de um beijo que o ser humano exprime toda a sua emoção”, afirmou.
Do latim ‘basium’, o beijo é o toque dos lábios com qualquer coisa, normalmente uma pessoa. Na cultura ocidental é considerado um gesto de afeição. Entre amigos, é utilizado como cumprimento ou despedida. O beijo nos lábios de outra pessoa é um símbolo de afeição romântica ou de desejo sexual – neste último caso, o beijo pode ser também noutras partes do corpo, ou ainda, em que as pessoas se beijam mantêm a boca aberta enquanto trocam caricias com as línguas.
Explicações à parte, ninguém sabe ao certo quem instituiu o Dia do Beijo e nem quando surgiu a data, mas conta-se que a comemoração teve inicio por volta do ano 500 a.c., na Índia. Já Charles Darwin acreditava que o beijo era uma evolução das mordidas que os macacos davam nos parceiros nos ritos pré-sexuais.
O beijo também pode ter surgido das lambidelas que os homens das cavernas davam em seus companheiros em busca de sal. Ou pode ser ainda a variante de um gesto de carinho das mulheres das cavernas que mastigavam o alimento e o colocavam na boca dos filhos pequenos.

Primeiros beijos remontam a 2.500 a.c.

Segundo relatos mais antigos, os primeiros beijos remontam a 2.500 a.c., nas paredes dos templos de Khajuraho, na Índia. Diz-se que na Suméria, antiga Mesopotâmia, as pessoas costumavam enviar beijos aos deuses. Na antiguidade também era comum, para gregos e romanos, o beijo entre guerreiros no retorno dos combates.
Eua uma espécie de prova de reconhecimento. Aliás, os gregos adoravam beijar. Mas foram os romanos que difundiram a prática. Os imperadores permitiam que os nobres mais influentes beijassem os seus lábios, e os menos importantes as mãos. Os súbditos podiam beijar apenas os pés. Eles tinham três tipos de beijos: o ‘basium’, entre conhecidos; o ‘osculum’, entre os amigos; e o ‘suavium’, ou beijo dos amantes.
Na Escócia, era costume o padre beijar os lábios da noiva no final da cerimônia. Acreditava-se que a felicidade conjugal dependia dessa benção. Já na festa, a noiva deveria beijar todos os homens na boca, em troca de dinheiro. Na Rússia, uma das mais antigas formas de reconhecimento oficial era o beijo do czar.
No século XV, os nobres franceses podiam beijar qualquer mulher. Na Itália, entretanto, se um homem beijasse uma donzela em público, era obrigado a casar imediatamente. No latim, beijo significa toque dos lábios. Na cultura ocidental, ele é considerado gesto de afeição. Entre amigos, é utilizado como; cumprimento ou despedida; entre amantes e apaixonados, como prova de paixão.

Curiosidades:

- Um só beijo pode queimar de 3 a 12 calorias, dependendo da intensidade.

- As pulsações cardíacas durante um beijo saltam de 70 para 140 por minuto, podendo chegar até a 150.

- Um beijo movimenta, só na face, 29 músculos.

- Filemafobia, ou filematofobia é o termo que usamos para designar o medo de beijar.

O beijo em várias línguas:

Chinês – Qin Wen

Espanhol – Beso

Francês – Baiser

Grego – Felia

Hebraico – Neshiká

Inglês – Kiss

Italiano – Bacio

Japonês – Kissu

Russo – Potselui

Sueco – Xkyss

Tupi Guarani – Pitér

Português – Beijo

‘In: O Norte’

BESAME MUCHO…

A essa altura dos acontecimentos, suponho que praticamente todos os gestos humanos já foram representados na tela cinematográfica. Um dos mais recorrentes tem sido o gesto de beijar, tão recorrente que há quem pense que foi a sétima arte que o inventou. Não foi. Séculos antes de o cinema existir já se beijava á vontade, porém, com certeza foi o cinema que deu ao gesto o seu estatuto – digamos assim – imaginário.
E vejam que a historia do beijo no cinema começou cedo.
Não fazia nem um ano que, em Paris, os irmãos Lumiere haviam mostrado ao público o seu cinematografo – 28 de Dezembro de 1895 – e, em Nova Iorque, já se lançava um filme chamado “O Beijo” (The kiss – 1896).
A estória foi a seguinte. Na Broadway fazia sucesso uma peça chamada “A viúva Jones”, com os actores May Irwin e John C. Rice desempenhando esse casal maduro que se apaixonava, e em dado momento, selava a paixão com um grande beijo. Bastante ativa na época, a companhia cinematográfica de Thomas Edison achou que seria interessante, e lucrativo, rodar um filme sobre o beijo do casal, e May e John foram contratados para, num cenário especial, repetir diante da câmera o beijo, agora sob a direção de William Heise.
Com a metragem padrão da época, um minuto de duração, o que “The Kiss” mostrava era um close dos rostos do idoso casal, que flertava um pouco e, aí, ele ajeitava o vasto bigode e beijava a amada na boca, acariciando o lado esquerdo da sua face com uma das mãos. Descontando o tempo do flerte, o beijo tinha exatamente quinze segundos de duração, e, no entanto, isto foi o suficiente para provocar escândalo junto dos setores mais conservadores da sociedade. Exibido em locais públicos, o filme para alguns pareceu “bestial”. Segundo a imprensa da época, no palco o beijo dos actores era perfeitamente natural e sadio, mas, aumentado para as proporções descomunais da tela cinematográfica ele resultava, obsceno, imoral, pornográfico, e devia ser proibido. Ainda bem que nem todos pensaram assim, e o filme de Edison foi um sucesso, o mais lucrativo daquele ano de 1896.
Logo que os filmes passaram a ser mais longos, contando uma estória com começo,meio e fim, o beijo conquistou o seu papel definitivo no enredo. O cinema mudo está cheio de beijos, e o falado, nem se fala.
Lá pelos anos 30, os beijos e suas derivações começaram ficar tão ousados que, de novo, os setores mais conservadores começaram a protestar e mesmo a mobilizar contra. Foi então que foi crido nos Estados Unidos, o famoso “Código Hays de Censura” que ditava, aos Estúdios, as regras sobre o nível de intimidade a ser mostrado nas telas. A partir de 1934, as encenações osculatórias passaram a ser rigorosamente cronometradas nos sets, pois um beijo que ultrapassasse o número de segundos permitido pela lei do Senador Hays seria sumariamente cortado da película.
O Código Hays vingou até 1964, mas, claro, muito antes desta data, ele já estava fragilizado pela avalanche de beijos atrevidos que o público pagante, aplaudindo, estimulava – um deles, vocês lembram-se bem; o de Burt Lancaster e Deborah Kerr nas areias quentes do Havaí em “A um passo da eternidade” (1953). Aliás, antes disso quem driblou o Código Hays foi o mestre Hitchcock, criando em “Interlúdio” (1946) o que se poderia chamar de “beijo intercalado”. Grant e Ingrid Bergmn se beijavam dezenas de vezes, com pequenos intervalos que davam a cada beijo, a duração exigida pela censura. Resultado: o efeito foi muito mais erotizante do que se o beijo fosse inteiriço.
Na fase áurea do cinema clássico, o beijo não era só um gesto erótico; era o símbolo da consumação do amor romântico, geralmente situado na parte final do enredo, como um sinal benfazejo de happy ending. Com a extinção universal da censura, nos anos setenta, quando uma cópula anal regada a manteiga passou a ser trivial, o beijo perdeu espaço na hierarquia dos gestos amorosos e muitos filmes modernos fazem elipse dele para ir direto a... vocês sabem a que.
De minha parte, sou saudosista dos velhos tempos em que William Holden e Kim Novak se beijavam num paiol de feno, e vendo aquilo e somente aquilo, íamos para casa, excitados, pensando termos visto muito mais.
Enfim, melhor que o beijo na tela, só o beijo fora dela. Muitos e saborosos é o que desejo o leitor, sobretudo neste dia 13 de Abril, dia mundial do beijo.

‘João Batista de Brito’

O QUE MAIS SURPREENDE NA HUMANIDADE?

Perguntaram ao Dalai Lama... "O que mais te surpreende na humanidade?
"Ele respondeu:
"Os homens... Porque perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem dinheiro para recuperar a saúde.E por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem do presente...

BEM FEITO...

Bem feito é melhor do que bem dito.

PARECER TOLO...

É melhor parecer um tolo do que abrir a boca e tirar todas as dúvidas.

CALAR IDIOTA

É falta de educação calar um idiota e crueldade deixá-lo prosseguir.

PAIXÃO DA SEGUNDA

Dominical – Ninguém se apaixona numa segunda.

ARGUMENTOS

Uma arma ajuda muito nos seus argumentos.

NAO REPETIR ERROS...

Não cometa o mesmo erro duas vezes. Seja inventivo.

CLARO PARA SER OUVIDO

Só quando passei a ser claro é que comecei a ser ouvido.

‘Padre António Vieira’

SEGREDO DA FELICIDADE

O segredo da felicidade é fazer do seu dever o seu prazer.

‘Ulisses Guimaraes’

INFELICIDADE DOS HOMENS

Toda a infelicidade dos homens provém da esperança.

‘Albert Camus’

quinta-feira, 10 de abril de 2008

UM CAUSO…

Maria procurou o seu ginecologista para reclamar que não conseguia engravidar.
O medico, então, se preparou para fazer o exame regulamentar e, então, pediu para a paciente:
- Por favor, tire a roupa e se deite naquela maca!
Maria, indecisa com o pedido do medico, apenas murmurou:
- Mas, doutor, eu queria que o meu filho fosse do meu marido Manuel!

SUBTILEZAS JURIDICAS

Um advogado de Brasília foi oferecer propina a um juiz e procurou ser muito subtil.
Aproximou-se do magistrado e fez a proposta, do modo que lhe parecia ser o mais inteligente:
- Excelência, o senhor já viu assim R$ 10 mil?
O magistrado nem pestanejou. Respondeu rápido e na maior tranqüilidade.
- Meu filho, R$ 10 mil já vi. O que não vi ainda foi R$ 100 mil!

terça-feira, 8 de abril de 2008

SOBRE A DEFICIÊNCIA

“Deficiente” é aquele que não consegue modificar a sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino.

“Louco” é quem não procura ser feliz com o que possui.

“Cego” é aquele que não vê o seu próximo a morrer de frio, de fome, de miséria. E só tem olhos para os seus míseros problemas e pequenas dores.

“Surdo” é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês.

“Mudo” é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.

“Paralítico” é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam da sua ajuda.

“Diabético” é quem não consegue ser doce.

“Anão” é quem não sabe deixar o amor crescer.

E, finalmente, a pior das deficiências é ser miserável, pois “miserável” são todos que não conseguem entender-se a si próprios.

‘Mario Quintana’

O DELEGADO PROFESSOR

Tancredo Neves, recém-formado, foi para São João Del Rey exercer a promotoria. Com aquela conversa que o levaria ao poder anos mais tarde, foi chegando e arranjando namorada. mal sabia que o delegado havia proibido namoro nas praças, por isso ele se misturou aos muitos casais que ocupavam um dos jardins públicos da cidade. A polícia chegou de repente e expulsou todo o mundo.
Tancredo se preparava para protestar contra a violência quando foi notado pelo delegado.
Rápido no gatilho, o policial mostrou que tinha muito a ensinar a Tancredo:
- Doutor, botei esse pessoal para fora para deixar o senhor à vontade...

ARMADILHAS DO AO VIVO

A jornalista Tânia Maia foi uma das pioneiras, na Paraiba, em programas de TV ao vivo, inclusive com apresentação de merchandising.
Naquele dia, um patrocinador contratou um espaço em seu programa para a publicidade de um remédio. E para mostrar que o medicamento era bom para curar doenças e até para beber, Tânia botou uma dose numa colher e... emborcou de vez. No ar.
Mas, ela não esperava por todo aquele amargor. Imediatamente, deu retorno:
- Eita como esse bicho é ruim!...
No ar.

COMO ‘DESOCUPAR’ UM MINISTRO

Durante um mês, o deputado Salatiel Carvalho (PMDB-PE) tentou ser recebido pelo então ministro de Minas e Energia de FHC, Rodolpho Tourinho. Cansado, Saltiel recorreu a Severino Cavalcante, que era vice e estava no exercício da presidência da Câmara. Severino também não conseguia falar com o ministro, sempre “ocupado”.
Resolveu blefar:
- Tem aqui um pedido de CPI para investigar corrupção no ministério...
Em trinta segundos Severino falava com quem queria e em poucos minutos o deputado Salatiel seria procurado pelo solícito ministro.

BRONCA MAL COMPREENDIDA

Locutor da rádio Tabajara, do governo da Paraíba, Pascoal Carrilho transmitia a chegada do presidente Ernesto Geisel a João Pessoa.
Ao anunciar o desembarque do general com sua voz engraçada, ouviu-se uma sonora vaia.
Enquanto a comitiva descia do avião, ele atacou:
- Acaba de desembarcar o Presidente... e esses moleques...
O ênfase em “moleques” soou como um xingamento aos ministros e assessores.
Pascoal não pôde concluir a frase: a transmissão foi interrompida.
E ele passou boa parte dos anos seguintes tentando explicar que sua bronca era contra a multidão, e não contra o ditador.

QUINTO, JOÃO E CHURCHILL

Piadinha perversa que circula nos corredores da Assembleia. Há poucos dias, o deputado João Gonçalves ocupou a tribuna para se queixar do seu colega Quinto.
Quinto havia declarado para a Imprensa que tinha deputado enchendo a lata antes de ir pra Assembléia.
Quinto ironizou que ele não se preocupasse, “porque o regimento da Casa não proíbe quem bebe...” e geria acrescentado: “Inclusive, Churchill bebia, e muito; antes de ir pro parlamento...”
Ao que o deputado João Gonçalves teria perguntado curioso:
- Mas, ele já parou de beber?

NO TEMPO EM QUE OS ANIMAIS FALAVAM

Quando eu era criança, grande parte das histórias iniciava com duas frases, a primeira e mais conhecida é:
“Era uma vez...”
A segunda, e também muito conhecida era:
“No tempo em que os animais falavam...”
Talvez esta tradição tenha começado com as fabulas de um antigo escravo, Esopo, que viveu há mais de 2.500 anos. Sua origem é também lendária; seu lugar de nascimento varia, segundo a enciclopédia consultada, da Grécia à Etiópia. Mas isso não tem a menor importância, seu legado atravessou o tempo, fez sucesso em todas as gerações, e continua vivo até hoje.
Volta e meia releio os seus ensinamentos, e me parecem mais importantes que o de muitos filósofos atuais. A seguir, algumas das fabulas onde usa a raposa como tema; a força das suas histórias é tão forte que até hoje o pobre animal passou a ser sinônimo de esperteza.

A raposa e o rei macaco

Os animais decidiram que o rei do grupo seria eleito por aquele que dançasse melhor. Depois de uma grande festa, onde todos participaram, o macaco recebeu a coroa.
Ciumenta a raposa foi passear pelas redondezas. Ali descobriu uma armadilha intacta, com comida dentro. Mais do que depressa, pegou-a e a trouxe até ao grupo:
- Achei este banquete, e me vi na obrigação de entregá-lo ao nosso rei, que terá prioridade sobre tudo.
Sem pensar muito o macaco colocou a mão para pegar a comida, e ficou preso na armadilha.
- Você me traiu – gritava ele.
- Como assim? Eu nem tentei pegar a comida! Mas pelo menos vimos que não estás preparado para o cargo; um animal inteligente jamais toma uma decisão sem antes pensar muito sobre todas as possibilidades e perigos envolvidos.

A raposa com o rabo cortado

Uma raposa caiu por acaso em uma armadilha. Conseguiu escapar,mas teve seu rabo cortado. A partir daí, passou a considerar-se monstruosa. Mas achou uma solução, ao encontrar-se com suas amigas:
- Penso que a nova moda é cortarmos o rabo. Desperta a cobiça dos caçadores, não nos serve para nada, e é um peso inútil que carregamos.
- Querida irmã – respondeu uma delas – Se tivesses rabo, estrias nos dando este conselho? Somos sábias o suficiente para saber quando alguém deseja o nosso bem, ou quando está querendo apenas nos igualar às suas deficiências.

A raposa e o lavrador

Cansado de ver sua colheita sempre sendo parcialmente destruída por aquele pequeno animal, o lavrador conseguiu capturar a raposa. Sem a menor piedade, colocou aguardente em seu corpo e ateou fogo.
Sabendo que ia morrer, ela começou a correr pelo meio da colheita, e tudo á sua volta começou a incendiar-se também. Enquanto se afastava, dizia:
- Da próxima vez, procura ser compreensivo e indulgente! É melhor sempre dar um pouco do que se tem, do que querer guardar tudo! Sempre que fazemos o mal, ele termina se voltando contra nós mesmos!

A raposa e o corvo

O corvo roubou dos pastores um pedaço de queijo, e foi instalar-se numa arvore para comê-lo. Naquele momento passava uma raposa esfomeada, que pediu um pedaço, mas o corvo fez um sinal negativo com a cabeça.
Foi então que ela começou a dizer que ele tinha todas as qualidades: era sagaz, voava, tinha uma linda plumagem negra. Só tinha um defeito: não saia cantar como os outros pássaros.
Para provar que ela estava errada o corvo abriu a boca para cantar, e o queijo caiu no chão. Ela o pegou imediatamente, e saiu dali dizendo:
- Querido amigo, esse é o preço da vaidade! Quando alguém está lhe elogiando muito, deves sempre ficar desconfiado!

‘Paulo Coelho’

SER BOM

Seja tão bom que eles não possam ignorar você.

‘Jerry Dunn’

O CHEIRO DO DINHEIRO

Dinheiro não tem cheiro.

‘Vespasiano’

COMO GASTA A ESQUERDA

As esquerdas brasileiras fora do poder são festivas. No poder, são aquisitivas.

‘Roberto Campos’

COMO GASTAR

A questão não é que o Governo gasta muito, mas que gasta mal.

‘Edmar Bacha’

GOVERNAR NÃO É FACIL…

Você tem quatro anos de governo e deve ter descoberto que governar é muito mais difícil do que discursar no palanque durante a campanha.

‘Luiz Inácio Lula da Silva – Presidente do Brasil’

GRAVIDA GATA

Por fora a gente é gata, mas o óvulo não malha, não faz botox, não passa filtro solar.

‘Monica Martelli – Actriz sobre engravidar aos 39 anos’

CARREIRA FUGAZ

Ronaldinho Gaucho conseguiu acabar com a sua carreira em apenas duas temporadas.

‘Juca Kfouri – comentador desportivo’

DOMINICAL...

Tenho a certeza que fomos expulsos do paraíso numa segunda.

RIEZ

A marcha-á-ré foi inventada para os indecisos.

TRÁGICOS

Urubus e jornalistas. Adoram tragédias.

AUTODIDATA

Autodidata – ignorante por conta própria.

‘Mário Quintana’

sexta-feira, 4 de abril de 2008

BOM DA CABEÇA

O governador do Ceará, Virgilio Távora, adorou ser aplaudido com entusiasmo ao chegar ao Asilo de Pirangaba.
A direção do hospício havia preparado um bela festa para o governador, na esperança de que ele resolvesse as suas eternas dificuldades financeiras.
No meio da festa, um assessor de Távora percebeu que apenas um doente não aplaudia o seu chefe.
Foi até ao homem e perguntou por que ele não batia palmas. A resposta foi imediata:
- Porque eu não sou doido, oras!...

TRABALHISTA O ACORDO

Foi parar na Junta do Trabalho uma questão envolvendo seu Matusalém, dono de uma sapataria, e seu ex-empregado Joacil, que disse o diabo dele nos autos.
Na audiência de conciliação, o juiz indagou ao seu Matusalém, que era conhecido pela extrema ignorância, se estava disposto a entrar num acordo, pra encerrar tudo.
Seu Matusalém, furioso disparou:
- Seu juiz, meu acordo é o seguinte: ele retira o que disse de mim na petição e eu não mato ele, concorda?

UM AMOR DE CINCO ANOS

Durante sessão na Assembleia, deputado Ivaldo Morais narrou recente escândalo ocorrido na escola estadual Monsenhor Jorge Borges Nova, quando um servidor homossexual foi flagrado tendo relações com o seu amante dentro do educandário.
A diretora da escola, então, procurou o dito cujo para pedir que ele parasse com aquilo. Ele revidou na hora:
- Não posso acabar um amor de cinco anos!
Ela:
- Mas, assim é demais!
O servidor falou grosso:
- Por que?
A diretora, intimidada:
- Vá pelo menos procurar um cantinho lá no mato...

A CASA ALEGRE DE ALCEU VALENÇA

Entre goles de tequila e pedaços de beiju, á dias o presidente Lula, o empresário Ricardo Salinas e o cantor Alceu Valença elogiavam Olinda quando o mexicano disse que vai instalar ali a sede brasileira da sua Fundação Azteca.
Lula o elogiou e Valença, morador da cidade, convidou o mexicano a almoçar “qualquer dia desses” em sua casa.:
- Salinas, passa lá e você vai ver que casa alegre e bonita é a minha. Agora é minha mesmo! Fui casado quatro vezes e cada mulher que entrava fazia uma reforma. Quase quebrei. Agora, chega! É meu ultimo casamento e quem manda lá sou eu!
Salinas e Lula caíram na gargalhada.

terça-feira, 1 de abril de 2008

UMA CAMA EM BRUGES

Morreu á poucos dias o escritor belga Hugo Claus. Nascido em 1929, era romancista e poeta. Está em português o seu espectacular romance «O Desgosto da Bélgica». Era, a par do holandês Harry Mulisch, um eterno nobelizável de língua neerlandesa. Um dos seus mais célebres poemas, «Een bed in Brugge», vai aqui, em tradução publicada em 1997.

Uma cama em Bruges

«Sou empregado dos Produits Chimiques, meu caro senhor,
empregado na morte lenta.
Ao fim de dez anos pode ter-se a reforma
por causa do gás no bandulho.Estou lá há catorze já, meu caro senhor,
há dois deles como motorista.
E nesses dois não precisei de vomitar nem uma vez,
por causa do ar fresco.
Nós, belgas, somos os melhores condutores da Europa inteira,
e eu já estive em todo o lado.
Porque somos perigosos a guiar.
E assim temos mais em conta os outros
que também são perigosos a guiar, mas sem quererem sabê-lo.
E sabe a coisa mais linda que estes olhos já viram?
E repare que estive na Capela Sixtina,
e que vi o rabo da Gisela do Mocambo ─
bom, foi numa loja de Bruges,
uma cama carmesim. Em Empire. Ou seria Luís XV?
Aí deitado, com a Gisela, havia de esquecer os meus três filhos
e o calendário inteiro.
O amor, caro senhor, tem de ser de cetim.
E a morte, caro senhor, é o que se sente no estômago
quando se sabe que nunca poderá comprar-se uma cama dessas.»

Tradução do neerlandês - Fernando Venâncio – In: Aspirina - B

SÓ FALTA A SENHA

Há coisas que ainda me conseguem espantar. No sábado à noite aconteceu-me algo absolutamente…ridículo. Nem sei muito bem como classificar. Senti-me estar numa verdadeira montra. Espantem-se os que me conhecem: este fim-de-semana saí à noite…até bem noite! É verdade, algum dia tinha de ser. O que me aconteceu foi tão inusitado (embora digam que é normal em determinados sítios), que percebo por que opto por outras distracções.
Imaginem que eu e as pessoas com quem estava acompanhada decidimos ir a um sítio, que se distinguia dos demais por ter uma fila enorme à porta. Depressa percebemos que se tratava da fila para entrar. Colocámo-nos a jeito e qual não é o meu espanto quando vejo pessoas do meio ou final da fila a entrarem primeiro do que as que estava à frente. Cumprimentavam o segurança com grande à-vontade. Pensei: vamos ficar aqui o resto da noite sendo que nenhuma de nós conhece aquela figura. Pouco depois escolheram-nos e outras pessoas que já estavam na fila lá continuaram a aguardar. Afinal qual é o critério de selecção? Depende da carinha de palmo e meio? Do que se tem vestido? Do cheiro do perfume já misturado com o fumo do tabaco transferido de um outro sítio? Senti-me muito mal, como se estivesse numa montra. Além disso, achei injusto entrar primeiro que outras tantas pessoas, à espera há mais tempo do que nós! Porquê?
Mais uma vez percebi por que não gosto de sair à noite. Há pessoas que fazem daquilo uma missão de engate: elas preferem habilitar-se a uma valente constipação, desfilando os modelitos, em vez de andarem vestidas; eles roçam em todas as raparigas com que se cruzam e se alguma lhes dá uma resposta, disparam “hum…gosto desta. É das que gosta de se fazer de difícil”. A somar, é o incómodo do fumo, do falar alto porque ninguém se ouve no meio de tanto barulho e música alta e as figuras tristes que fazem porque bebem sem saber. A maioria das pessoas não sabe beber. Acham que só se divertem se estiverem demasiadamente “alegres” e, porque actuam por psicologia de grupo, não sabem dizer “não”. Eu não actuo pela maioria nem minoria: as minhas atitudes dependem apenas das minhas convicção e vontade.
Uma amiga desafiou-me a sairmos todos os fins-de-semana até porque mantém acesa a esperança de arranjar um namorado. Nunca se sabe onde está a “cara-metade”, mas num ambiente daqueles… A analisar pelo cenário de sábado…é contra-gosto que repita a experiência.

In. Gosto e contra-gosto

O KIT VERGONHA

Foi sugerido por um conhecido, Anastácio Pereira, um curioso Kit Vergonha.

É assim:

Vai transar?
O Governo dá camisinha.
Já transou?
O Governo dá pílula.
Engravidou?
O Governo dá o aborto.
Teve filhos?
O Governo dá o Bolsa Família.
Está desempregado?
O Governo dá Bolsa Desemprego.
Vai prestar vestibular?
O Governo dá a Bolsa Cota.
Não tem Terra?
O Governo dá o Bolsa Invasão.
Roubou?
Se elege na próxima eleição.

MOVIMENTO SUBVERSIVO

Ovideo de Abreu, secretário do Interior de Minas Gerais nos anos 70, gostava de falar difícil e isso sempre criava confusões.
Certa vez ele soube que a cidade de Bom Sucesso sofreria um pequeno tremor de terra. Preocupado, expediu um telegrama ao prefeito local:
- Movimento sísmico previsto nessa região. Provável epicentro movimento telúrico sua cidade. Obséquio tomar providências cabíveis.
Quatro dias depois, recebeu a resposta do prefeito, por telegrama:
- Movimento sísmico debelado. Epicentro preso, incomunicável, cadeia local. Desculpe demora. Houve terremoto na cidade.

MOVIMENTO SUBVERSIVO

Ovideo de Abreu, secretário do Interior de Minas Gerais nos anos 70, gostava de falar difícil e isso sempre criava confusões.
Certa vez ele soube que a cidade de Bom Sucesso sofreria um pequeno tremor de terra. Preocupado, expediu um telegrama ao prefeito local:
- Movimento sísmico previsto nessa região. Provável epicentro movimento telúrico sua cidade. Obséquio tomar providências cabíveis.
Quatro dias depois, recebeu a resposta do prefeito, por telegrama:
- Movimento sísmico debelado. Epicentro preso, incomunicável, cadeia local. Desculpe demora. Houve terremoto na cidade.

CAIR NO GOVERNO DÓI

Competente assessor de imprensa do presidente Itamar Franco, Francisco Baker convocara os jornalistas para uma coletiva sobre a demissão do ministro da Fazenda, Gustavo Karuse.
Compareceram o ministro interino, Paulo Haddad, além do gaúcho Pedro Simon e o pernambucano Roberto Freire.
A entrevista demorou tanto que Simon acabou cochilando. Despertado no final, Simon se levantou ainda meio grogue e caiu no espaço entre o pequeno palco e a parede, na sala de entrevistas do Planalto, Roberto Freire mostrou a sua presença de espírito:
- Assim não dá:
- Já é a segunda queda do dia no governo!

DISCURSO PARA INGLES VER

Gustavo Amorim era candidato a prefeito de Guarabira, pelo MDB, e resolveu convidar lideranças estudantis de João Pessoa para abrir o seu comício.
Lá pelas tantas, um acadêmico de Medicina pegou o microfone e acunhou:
- Já não é tempo que dormais na letargia da tirania e da escravidão!
Um matuto, que ouvia tudo, se espantou:
- Eita que a campanha do doutor Gustavo está é forte! Trouxe até um inglês pra falar...

CURTO E GROSSO

Eleito Governador de Alagoas, Silvestre Péricles de Gois Monteiro recebeu antes da posse um amigo oferecido:
- Governador, estou numa situação complicada. Comentam na cidade que eu farei parte do seu secretariado. Todo mundo pergunta se é verdade e eu fico sem saber o que dizer.
Silvestre encerrou a conversa mole:
- Faz o seguinte: quando o incomodarem com isso, diga que nunca passou pela minha cabeça a idéia de convidar você para coisa nenhuma.

OS MESES DO ANO NA FRANÇA REVOLUCIONÁRIA

O calendário revolucionário francês, ou calendário republicano, foi instituído pela Convenção Nacional em 1792, no contexto da Revolução Francesa de 1789. politicamente importante, pois era um elemento simbólico de ruptura com a ordem antiga, possuía meses de trinta dias cada um, distribuídos em três semanas de dez dias – chamadas décadas. Os dias de cada década recebiam nomes de origem latina:
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http://www.youtube.com/watch?v=4K1q9Ntcr5g&feature=related

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http://www.youtube.com/watch?v=nmQFOePKBRY&feature=related

primidi, duodi, tridi, quartidi, quintidi, sextidi, septidi, octidi, nonidi e decadi.

O dia era dividido em 10 horas de 100 minutos cada uma, cada minuto com 100 segundos. Cada dia tinha uma designação que só se repetia no ano seguinte, com nomes de plantas, flores, frutas, animais e pedras. 360 nomes, portanto.

Aos 360 dias acrescentavam-se, anualmente, cinco dias complementares e um sexto a cada quadriênio, todos consagrados à celebração de festas republicanas. O ano começava no dia 22 de Setembro, data da proclamação da republica francesa e os nomes dos meses, concebidos pelo poeta Fabre d’Églantine, pseudônimo de Philippe Fabre, e pelo escritor André Chénier, baseavam-se nas condições climáticas e agrícolas das estações na França.

Esse calendário só vigorou de 22 de Setembro de 1792 a 31 de Dezembro de 1805, quando Napoleão I ordenou o retorno do tradicional calendário gregoriano, introduzido pelo papa Gregório XII em 1582, reconhecido aos poucos pelos diversos povos e no qual, o primeiro dia do ano era 1 de Janeiro.

Eis os nomes dos meses do calendário revolucionário nos quatro trimestres do ano e sua respectiva explicação física:

PRIMEIRO TRIMESTRE – OUTONO

Vindemiário, vendémiaire.
De 22 de Setembro a 21 de Outubro, do latim vindemia, vindima, primeiro mês do calendário revolucionário, época da colheita das uvas na França.

Brumário, brumaire.
De 22 de Outubro a 21 de Novembro, o mês das brumas, do francês brume, bruma, época em que esse fenômeno meteorológico se registrava no país.

Frimário, frimaire.
De 21 de Novembro a 20 de Dezembro, do francês frimas, nevoeiro denso e frio.

LUSIADAS

As armas e os barões assinalados,
Que da ocidental praia Lusitana,
Por mares nunca de antes navegados,
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados,
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram

Luis Vaz de Camões in Lusiadas

REVOLUÇÃO

Revolução é uma idéia que encontrou armas.

Napoleão Bonaparte

REVOLUCIONARIO

O revolucionário bem sucedido é um estadista, o mal sucedido é um criminoso.

Erich Fromm

COMIGO...

Se avançar, sigam-me; se parar, me empurrem; e se recuar, me matem.

Che Guevara

VENTOS

Os tristes dizem que os ventos gemem. Os alegres, que eles cantam.

Fernando Pessoa

ACÇÕES

Pequenas ações que realizamos são melhores do que as grandes que planejamos.

Confúcio

DOMINICAL

Até R. Crusoé preferia a Sexta-feira.

ENSINO

Quando a gente sai da escola chega a hora de aprender.

CONTANDO

Os três Mosqueteiros eram quatro. Dumas podia ser um bom romancista, mas péssimo matemático.

SEXO

Subir ao palco é como sexo. É um vicio. É por isso que ainda estamos aí, fazendo isso.

Miker Jagger – líder dos Rolling Stones

NOVA RELAÇÃO

Comeram juntos tanto camarão que passaram a viver mariscalmente.

In Certamente

GEOGRAFIA

«A Geografia para nós vale tanto como a História»

Vitorino Nemésio

IMPORTANTE

Importante empurrar o dia como quem come a dieta do nada sem ter fome? Importante é extrair de sua substância vazia alguma ânsia.

Ivo Barroso