segunda-feira, 1 de outubro de 2007

O COCO 33

Sendo um orgão de governo, A União sempre troca de diretores.

Basta assumir um novo Governador para que as mudanças ocorram no jornal.

Certa vez, foi indicado para a direção administrativa da empresa um desses técnicos que gosta de mostrar serviço e acha que a melhor forma de fazer isso é baixar portarias e resoluções.

Desconfiando de tudo e todos.

No pátio interno de A União, havia muitos coqueiros.

O tal diretor, zeloso pelo patrimônio público, descobriu que os funcionários roubavam os cocos e não contou conversa.

Determinou que cada um deles fosse numerado. O que facilitaria a fiscalização, que muitas vezes ele fazia pessoalmente.

Na manhã de uma segunda-feira, ainda com cara de ressaca, Pilunga, o eterno chefe de serviços do jornal, entrou no gabinete do diretor e foi logo avisando:

- Doutor, eu não tenho nada a ver com isso, mas quero lhe informar que o coco 33 desapareceu.

Por pouco o diretor, cujo nome a história não se ocupou em guardar, não instala uma comissão de sindicância para apurar o desaparecimento de tão valioso bem próprio público.

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