quarta-feira, 11 de julho de 2007

BRASIL, BRASILEIRO - RAMALHETES

Acabava Nilo Peçanha, então chefe incontestável da politica fluminense, de formar a Assembleia Estadual, compondo-a de elementos amorfos e de, apenas, duas ou três figuras de valor, quando um amigo lhe observou, intrigado:

- Não sei como é que você, um homem inteligente, organiza uma Assembleia daquelas.

Apenas dois ou três rapazes de talento, para vinte nulidades, quando há tanta gente aproveitável no Estado.

Nilo Peçanha fez dançar no dedo o seu pincenez de aros de tartaruga, pendente de uma grossa fita negra e sorriu:

- Ora, meu filho... Você ja viu esses ramalhetes que as meninas oferecem às professoras nos dias de festa? Pois, as Assembleias devem ser assim.

E com perversidade completou:

- Duas ou três rosas bonitas, o resto manjericão.

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